Conversa de telefone
Há uma historinha curiosa em relação ao mundo Matrix. Os telefones, conforme sabem todos a essa altura, têm papel preponderante na série. Além dos velhos aparelhos analógicos, que funcionam como fio terra e transporte entre a realidade e o sonho, celulares futuristas faziam figuração no primeiro filme.Eles eram apenas brinquedinhos cenográficos, mas uma quantidade tão grande de gente escreveu à Warner perguntando onde poderia comprá-los que o estúdio viu, ali, uma bela chance de faturar.
Resultado: em “Matrix Reloaded” foi feita uma parceria com a Samsung, que desenvolveu um celular de verdade a partir daqueles celulares de mentirinha. Tal como acontece com seus irmãos da ficção, a parte superior do aparelho real desliza, engenhosamente, para proteger ou revelar uma tela nítida e luminosa — mas, pelo menos para mim, seus encantos terminam por aí. Achei que o “conjunto de obra”, por assim dizer, deixa muito a desejar: é grande demais pelos padrões atuais, e tem toda a elegância e delicadeza de um jeep em miniatura. O coitado é, provavelmente, o mais feio dos celulares existentes.
Até a Samsung sabe que não tem um campeão de popularidade em mãos; o Matrix Phone (também conhecido como SPH-n270) está à venda apenas nos Estados Unidos, ao preço nada convidativo de US$ 500. A associação com o conceito Matrix, porém, é um grande trunfo e, na sua esteira, viajam alguns produtos maravilhosos, de outros celulares altamente cobiçáveis, com câmera e tela giratórias, a DVD players, aparelhos de TV e monitores LCD, um mais bonito que o outro — nenhum, infelizmente, disponível no Brasil, pelo menos por enquanto.
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Ainda assim, quando ele apareceu na tela, logo depois, fiquei com a estranha sensação de estar vendo um conhecido contracenando com Keanu Reeves.
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(O Globo, Info etc., 26.5.2003)
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