Domingo, como sempre
Eu estava com o domingo todo agendadinho, bem bonitinho: primeiro andar na Lagoa, depois Cobal e, de lá, Canecão, para um show de tangos com a galera.Aí acordei, comecei a ler o jornal, brinquei com os gatos, dei a comida da Tati -- que já se alimenta sozinha, mas só quer atum de lata, e mesmo assim se a gente estiver ao lado dela -- fui para a janela, olhei aquela gente toda andando, correndo e brincando com os cachorros no Baixo Cão... e desanimei.
Catei o resto do jornal e fui pra rede.
Logo depois ligou a amiga que estava encarregada das entradas pro show de tangos: ela e o marido estavam
Tarde da noite conseguimos nos arrastar para fora dos nossos tugúrios e fomos todos jantar no Margutta, que está ótimo.
No começo da tarde, conversei pelo telefone com um amigo cínico que só. Ele disse: "Estou começando a assumir que não faço mais nada aos domingos. Não marco compromissos, não faço exercício, não saio com filho, nada, nada, nada. Ontem, aliás, enganei o meu filho e levei ele para a Bienal do Livro. Ficaram num engarrafamento monstruoso ele e a mãe e se sentiram muito amados. O ser humano é mesmo otário."
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