CDMA x GSM
A
Cássia fez um comentário interessante no post abaixo:
Falando em empresas de telefonia celular, queremos mesmo é que funcionem. A cobertura da Vivo, por aqui, continua sendo das melhores, ainda que haja sombras(?!) -- as regiões onde o sinal fica fraco... Muitos tentamos migrar para outros sistemas de chips, saindo da tecnologia GSM (é isto mesmo?!) e... só vale a pena para os que viajam para o exterior e precisam do telefone móvel com eles. Sim! Todos somos unânimes em continuar com Vivo ex-Telefonica ex-Telemar...
Bem, aí... Aí, nos defrontamos e enamoramos por aparelhos cuja tecnologia é da tecnologia dos chips... Buááááá snif snif snif
Moral da história: continuamos com nossos aparelhinhos que falam, que se conectam, porque a operadora nos atende no requisito mínimo, que é falar!
Pois é: a função primordial de um celular, por incrível que pareça, é falar. E, sob este aspecto, pelo menos aqui no Rio, os CDMA (ou seja, a Vivo), que têm cobertura maior, ainda dão conta do recado melhor do que os GSM (Tim, Oi, Claro). Por outro lado, a variedade de modelos dos GSM é infinitamente maior do que a dos CDMA.
Grande dilema!
Leio sobre isso constantemente, vou a fóruns e congressos sobre essas tecnologias mas, até hoje, não consegui me decidir emocionalmente. Resultado: ando sempre com dois telefones, um CDMA e um GSM.
O CDMA, um
Samsung Twist, é descendente do primeiro celular que tive, que era um
Nokia bom mas enorme, que troquei por um Ericsson pequenino mas péssimo, que troquei por um
Startac, bonitinho mas com uma bateria ordinária, que troquei por um
Motorola 720 que, quando passei para o Samsung (que tem câmera) dei para a Bia.
Este Samsung é um ótimo aparelho, com uma bateria muito bem resolvida, uma tela maravilhosa com wallpapers da National Geographic que eu amo, e uma durabilidade lamentável; há tempos torço para que algo aconteça com ele para poder trocá-lo, mas que nada! Ele sobrevive impávido à convivência comigo, que é páreo duro para qualquer aparelho.
O que há de errado, então? Três coisas periféricas, mas todas muito importantes para mim: ele só aceita 12 caracteres nos nomes da agenda, o que me obriga a inventar abreviaturas das quais nem sempre me lembro depois. A câmera, basculante, que em tese seria simples de usar, é muito complicada -- e já conseguiu o milagre de me bater duas fotos que simplesmente não consegue enviar por não ter capacidade de processamento suficiente. Resultado: não uso a câmera. E, finalmente, não me acertei com o design. Hoje tenho um grande carinho por ele, que é um fiel companheiro, mas, aos meus olhos, ele está longe de ser um objeto bonito.
Com todos esses problemas, o bom e velho Samsung está sempre comigo por dois motivos básicos: o primeiro é que é o número que tenho desde sempre, e que todos os meus amigos conhecem. O segundo é que, sendo CDMA, ele funciona na casa inteira, ao passo que os GSM só funcionam na sala.
Num certo momento do passado, a Nokia lançou o mais lindo telefone que eu vira até então: o
8260. Este, porém, era um TDMA, exclusividade da ATL e, seduzida por aquelas formas, fui feliz com ele. Nessa época, a Telerj Celular estava virando Telefonica e as coisas andavam péssimas por lá; o serviço da ATL era o melhor do Rio de Janeiro.
Mas o tempo foi passando, o TDMA ficou irremediavelmente obsoleto e, pior, a ATL virou Claro, numa das maiores confusões de que se tem notícia no mundo das operadoras. Cancelei a conta e me despedi do meu querido 8260; no seu lugar, entrou o telefonino do meu coração, o
Nokia 7650, GSM Oi, primeiro celular com câmera integrada, um show de bola. A Oi, que teria tudo para dar errado, deu certíssimo, e é uma ótima operadora, pelo menos aqui no Rio.
O 7650, aberto, tri-band, era o meu telefone ideal para viagens... até aparecer o
Razr V3, da Motorola, que não só é quad-band, como é, disparado, o telefone mais bonito que já vi, uma perfeição de aparelho que não me canso de olhar.
Os países usam diferentes freqüências, ou bandas, de rádio para os celulares; os tri-bands podem ser usados nas três principais, 900/1800/1900 MHz. Os quad-bands pegam também 850 Mhz, usado em alguns países da América Central -- Panamá, por exemplo -- e áreas rurais dos EUA.
Hoje, os meus companheiros constantes são o Samsung da Vivo e o Razr V3, da Tim. O barato dos GSM é que se pode usar o mesmo chip em vários modelos de telefones; assim, o mesmo chip que hoje está no V3, amanhã poderá estar em outro telefone qualquer -- com toda a minha agenda.
Resumo da ópera: na minha experiência, o CDMA é melhor de cobertura, mas os GSM são imbatíveis em charme e em viagens. Os telefones são mais bonitos, pode-se trocar de aparelho à vontade e, na ponta do lápis, no fim do mes a conta é mais barata.
Qual tem sido a experiência de vocês? Quais os telefones de que gostam mais, qual a sua operadora favorita -- ou, considerando a quantidade record de reclamações do setor, qual a menos pior? Se não fosse pelo número, vocês trocariam de operadora? E, se não fosse pela grana, trocariam de telefone?