31.8.01

Bomba!


Enquanto isso, o Pedro Doria ataca de jornalista investigativo -- e revela fatos surpreendentes sobre o ministro, seu irmão e o homem mais rico do mundo (o cozinheiro ainda não foi incriminado). A reportagem, que acrescenta elementos explosivos à por si só explosiva relação entre o governo e a Micro$oft, acaba de ser publicada no no. Dá-lhe, Pedro!

A voz da razão


No corre-corre do fechamento da edição de segunda do Info etc., em que daremos destaque, naturalmente, à maracutaia dos micros escolares movidos a Windows, bateu na minha mailbox uma troca de e-mails entre a Cris De Luca, jornalista de larga experiência na área da TI, e o Carlos Afonso, um dos "pais" da internet comercial no Brasil, hoje responsável pela parte de desenvolvimento tecnológico da Rede de Informações para o Terceiro Setor (RITS), e figura respeitadíssima na área. Leiam, vale a pena:

From: Carlos A. Afonso
Sent: sexta-feira, 31 de agosto de 2001 17:52
To: Cristina de Luca
Subject: RE: Duas perguntas

Há muito o que falar do FUST - uma pena que isso só seja discutido na imprensa quando um partido de oposição resolve tentar virar a mesa etc. É um processo todo de cima para baixo, e há um monte de questões muito sérias a respeito, que vão desde a participação ou controle social no processo decisório e de controle sobre a alocação desses recursos até o fato de esses recursos estarem planejados para voltarem em grande parte às próprias operadoras. Não há um conselho gestor com representação da sociedade, e os partidos de oposição dormiram um bocado no ponto nisso -- só agora, depois da lei aprovada e dos regulamentos e prioridades enfiados por nossas goelas é que começo a ouvir alguns gritinhos.
Apesar de tudo isso, é uma oportunidade espetacular, inusitada para um país em desenvolvimento.
Enfim, vamos às respostas objetivas a suas perguntas :) Curtas, só se for em inglês! Em idioma latino, sempre nos expressamos mais abundantemente ;;))


A tarifa unica para acesso Internet, em estudo na Anatel, e o micro popular, proposto pelo CG, são suficientes para democratizar o acesso à Internet no país ou é preciso atacar o problema baixa capilaridade da infraestrtura de acesso?

Primeiro: no caso desse micro "popular", nada de novo foi inventado, nada de novo foi feito -- apenas o conceito foi agitado com exemplos feitos na UFMG no meio de um bocado de confusão, e o conceito certamente é muito importante. Segundo: qualquer menino conhecedor de Linux pode pegar componentes disponíveis em qualquer fornecedor e configurar um micro "popular". Claro, em grande escala é preciso definir alguns padrões, até porque pode-se montar tudo isso com uma rede de suporte e atualização automática dos servidores e das máquinas clientes (será que o MEC pensou nisso?) -- mas é questão de configurar e padronizar o que já existe. Terceiro: não se resolve a inclusão digital apenas com o micro barato ou "popular" e tarifa fixa -- mas obviamente
estes são componentes importantes da solução do problema.

Antes da privatizacao, uma das metas da Telebras era levar a telefonia pública (os famosos orelhões) a todas as comunidades,
inclusive aos lugarejos mais remotos, interioranos. Vale a pena fazer o mesmo com a Internet, sem transformar o computador em um instrumento de poder, diante de tãos poucos brasileiros letrados?


Em primeiro lugar, antes da privatização, tínhamos uma estatal que, infelizmente, tinha como missão na prática reprimir a demanda por telecomunicações e não efetivamente desenvolver as telecomunicações. Não porque era estatal, mas porque era assim que essa estatal em particular pensava e agia. E, esquizofrenia à parte, ela não poderia bater nela mesma se não cumprisse as metas, já que na prática ela regulava a si mesma (e sob as prioridades de determinados interesses que não vou comentar aqui). Em segundo lugar, a expansão da infra-estrutura hoje é movida pela "cenoura-e-porrete" dos contratos de concessão (se não cumprir as metas, a concessionária é multada e tem seu território invadido pelas que cumpriram as metas), e é uma infra-estrutura necessariamente digital por razões óbvias (ninguém vai comprar centrais telefônicas velhas para essa expansão). Ou seja, o que já está chegando aos municípios (e deverá chegar a todos eles em no máximo dois anos) é uma
infra-estrutura de comunicação de dados, em que a própria telefonia será digital.
Então, a base dos serviços Internet já estará nos municípios. O que vai faltar vai ser, em cada localidade, criar condições de acesso e aprendizado comunitário (telecentros, cibercafés etc). Para quem não pode pagar tarifa (mesmo fixa) e a prestação de compra de um micro, estarão os telecentros, cibercafés, quiosques etc. O FUST vai ajudar efetivamente a garantir isso? Tenho dúvidas no "efetivamente", do modo como os recursos estão sendo alocados e priorizados.
Quanto à Internet ser instrumento de poder, em um país dividido socialmente como o nosso, já é - e temos que mudar isso buscando alternativas de acesso e de aprendizado. Lembro, por exemplo, que há telecentros operando no Brasil (sem ajuda estatal nenhuma) em que os membros da comunidade produzem jornais online em que os repórteres não sabem ler nem escrever. Isso é dar um poder inusitado a essas pessoas que de outro modo não conseguem ser ouvidas nem dentro de casa!

bs
--c.a.

Bonequinha de luxo



Depois de dois anos, um milhão de dólares e 25 alentados volumes de provas e documentos legais de toda a espécie, a Mattel perdeu o processo que movia contra o fotógrafo Tom Forsythe, que teve a ousadia de fazer fotos "eróticas" da Barbie (isso porque eles possivelmente nunca viram o Plastic Paradise, um site de fotos "pornô"). Felizmente, o processo caiu em mãos de um juiz sensato, que achou perfeitamente ridícula a alegação da Mattel, que queixava-se de que as fotos prejudicavam as vendas da sua galinha dos ovos de ouro (honni soit...). Desde que a sentença foi anunciada, semana passada, a rede pipoca com as perigosas fotos -- às quais jamais teríamos prestado atenção, já que, cá entre nós, são umas bobagens, seja como fotos, seja como idéias. Em suma: um caso bem parecido com o do Napster, que estava quieto na mão de meia dúzia de usuários, até a RIAA resolver implicar... Quando é que essa turma aprende?!

Abram as janelas!



Escreve o André Lemos, professor da Universidade da Bahia e e pesquisador de cibercultura:
"Estou criando um projeto chamado Janelas do Mundo. O objetivo é relatar aquilo que cada um dos participantes vê a partir da sua janela (qualquer janela - carro, casa, trabalho...). O funcionamento se dá a partir de um weblog criado para o projeto. Pode-se incluir sons, fotos, vídeo. Se quiserem participar, por favor me mandem um email, que eu os inscrevo no weblog e explico como funciona. Aguardo confirmações, André Lemos."
Eu achei a idéia ótima! É dessas maluquices que se faz a rede.

30.8.01

Site do dia


O da Ideo, sugerido pelo André Breitman. A Ideo é uma empresa que bola coisas, de um cubículo modular pros dilberts da vida a cartões de visita inesperados e divertidos. Simplesmente o máximo.

Pausa que refresca



Será que, depois de ver anúncio da Coca-Cola em tudo o que é lugar, a gente ainda quer ver anúncio de Coca-Cola... em casa? No aconchego da web? A resposta a esta angustiante indagação poderá ser obtida em breve: dentro de dois dias, a Coca-Cola estréia o seu site oficial no Brasil. Eu, que tenho uma curiosidade intelectual insaciável, já fui (não adianta, é mais forte do que eu: não consigo resistir a um clique aqui). O pior é que o site está bem simpático, com promoções e tour pelos sites da Coca-Cola ao redor do mundo. Uma ótima trip para se fazer, sobretudo bebendo uma Pepsi.

29.8.01

Se essa moda pega...


Dica do Botequim.com peneirada pelo André Machado:
"Para se vingar do FDP do spammer, acesse Spam Devil e cadastre o e-mail do sujeito. Ele será cadastrado em 154 listas e receberá até 4Mb diários de lixo. Você deve se cadastrar no site para poder utilizar o serviço e seu e-mail fica protegido de eventuais ataques no mesmo site. Utilize SpamDevil duas vezes ao dia e a saúde do seu e-mail estará garantida!"
Fica, em compensação, muito prejudicada a saúde da internet em geral; mas que a idéia é irresistível, lá isso é. Vou pensar seriamente no caso...

Mundo animal



Estou apaixonada por um livrinho que está, acho eu, deixando todo mundo meio bobo: "Um dia daqueles". É um livrinho pequeno, em P&B, com algumas das fotos mais lindas de animais que já vi. Acho que ninguém sabe o nome do autor -- eu mesma não me lembrava, até descobrir esta entrevista no site da Sextante, sua editora brasileira. É Bradley Trevor Greive, e eu gostei dele de cara porque, falando da sua inspiração para fazer o livro, ele disse que ela veio num dia em que estava deprimido, foi ao cinema e voltou pior, porque o filme era com o Kevin Costner. Um cara que gosta de bichos e detesta o Kevin Costner não pode ser de todo mau, né? Se você ainda não conhece o livro, clique aqui: este link leva a uma página com dez das fotos, que podem ser enviadas como e-postais.
The day Microsoft makes something that doesn't suck
is probably the day they start making vacuum cleaners.


O grande Cat redescobre um gato fora de série



Lendo uma parabólica do Cat, fui parar neste site que, de fato, merece a visita. Nele é estudada a fundo uma das Maiores Questões do Terceiro Milênio: por que Bill Gates é mais rico do que você? Boa pergunta. Ontem passei horas olhando estupefata para as minhas contas, com uma pergunta muito parecida, inda que mais modesta, na cabeça: por que Steve Ballmer é tão mais rico do que eu?! Mas o melhor da dica do Cat foi me levar de novo a Travels With Samantha, uma das primeiras grandes aventuras em comunicação na então (1994) jovem Web, que li encantada naqueles tempos, e hoje surfei feliz e cheia de saudade. Philip Greenspun , professor e pesquisador do MIT, e fotógrafo extraordinário, é o autor dos dois sites. Ele continua sendo uma das personalidades mais interessantes da rede, e um dos escritores mais prolíficos que já vi, lá, cá ou em qualquer parte. Além de tudo, ele é, inquestonavelmente, um gato (a outra pessoa da foto é, naturalmente, um cachorro).

28.8.01

Corram para a Ponte Aérea!



São Paulo, SP -- Comdex ou Fenasoft? Esta é uma dúvida constante de não-paulistas interessados em TI, em geral, e de expositores, em particular. Ninguém tem grana para bancar presença nas duas feiras. Mas a resposta me parece bem clara: Comdex, disparado. Esta feira, distanciada do público, com entrada rigorosamente proibida para menores de 14 anos, é o point dos profissionais. A idéia aqui não é varejo, mas atacado. Em vez de promoções especiais, lançamentos. Muito bom! Passei a tarde toda zanzando entre os estandes, e uma coisa me pareceu óbvia: estamos em plena fase de mudança de paradigma em monitores. Mais ou menos como, na época do computador a vapor, de um mundo CGA, digamos, passava-se a um mundo EGA, agora estamos passando de um mundo CRT a um mundo LCD. Em palavras mais compridas, estamos deixando para trás os monitores de tubo e passando para os de cristal líquido, que é só o que se vê por aqui, dos ubíquos 15" (cuja superfície de tela se compara às de 17" dos "normais") ao mock-up das impressionantes 40" da Samsung (tela da qual existe, por enquanto, apenas um exemplar que, neste momento, está em exposição numa feira alemã). Sony, Philips, LG, Waytec, Proview -- todo mundo tem algo bonito de se ver a mostrar. A campeã indiscutível desta Comdex, porém, é a Samsung, que não só fez o maior e mais espetacular estande da feira como, ainda por cima, contratou a Intrépida Trupe para fazer pequenos números de circo a cada hora... O efeito é, no mínimo, surreal: aquela sensacional turma de atores-acrobatas subindo e descendo cordas e dançando em elásticos fazendo o show das unidades de carbono no meio daquele show de tecnologia. Completamente *U*A*U*, no melhor de dois mundos.

Ying & Yang


Não, é óbvio que eu não preciso de mais prova alguma para saber que os homens são completamente diferentes das mulheres. Mas, se precisasse...
Hoje à noite o Millôr estava no computador quando pedi a ele que chamasse a página da FuckedCompany, aquela que dá quase tanta dor de cabeça aos editores americanos quanto o-artista-antes-e-agora-acho-que-novamente-conhecido-como-Prince. Não me lembro mais o que queria mostrar a ele, mas o fato é que nunca chegamos lá, porque, sem querer, ele clicou em cima da foto da modelo que exibe a camiseta do site. Assim que viu que tinha caído num formulário de compra, Millôr voltou. Mas logo estava clicando nela novamente. E de volta, e na modelo, e de volta... Perguntei o que raios estava fazendo, e ele explicou: queria ver quantas moças diferentes havia lá. Ahn? Moças diferentes?! Ué, não é que é mesmo?! Gente, eu vou a esta página todo santo dia, e nunca reparei nisso antes... [*]

Depois a gente duvida que mulher pelada (ou quase; ou vestida, mesmo) vende qualquer coisa.

[*] Agora, conferindo a URL, vi que não só há um link para se desligar as fotos como, ainda por cima, que há até modelos se beijando. Putz, um feature inteiro, e eu nem aí... Ó céus.

27.8.01

Pesquisa de$virtuada


No dia 14 de novembro começa, em Dallas, uma conferência sobre máquinas de busca. Promovida pela Search Engine Watch, ela promete ser muito movimentada. É que associações de defesa de consumidores, como a Comercial Alert, não estão achando nada engraçado o fato de ver os resultados de pesquisas feitas pela internet alterados de acordo com a grana paga pelos interessados. É assim: digamos que você queira fazer uma pesquisa sobre as vantagens das rações secas sobre os patês para a alimentação do seu gato. Você vai ao seu site de busca favorito, entra os dados... mas, em vez de ver, em primeiro lugar, os estudos eventualmente desenvolvidos por veterinários, encontra, de saída, as home-pages de fabricantes de rações, que pagaram por este tipo de publicidade que não ousa dizer seu nome. Algumas ferramentas honestas, como o Google ou o Lycos, ainda indicam esta relação comercial com expressões como sponsored links e featured listings, respectivamente. As outras, nem isso. Resultado: a Comercial Alert já deu queixa no FCC contra esta prática malsã. Fez bem.

Arte muderna


Em fins do ano passado, junto com a famigerada história dos gatinhos bonsai, começou a circular pela rede um outro alerta contra a ilimitada maldade das gentes: na China, diz a indignada mensagem, bebês mortos podem ser comprados por cerca de US$ 70. Haveria excelente mercado para eles, considerados fina iguaria gastronômica. Como na China, de fato, comem-se cachorros, gatos e macacos, não é de todo impossível acreditar na história, ainda por cima porque o texto traz, anexas, fotos de um chinês gulosamente devorando uma criancinha (no sentido literal da expressão). Resultado: pessoas de bom coração desandam a mandar esta bobagem para todos os conhecidos, desconhecidos e, claro, jornalistas . Pois essa lenda urbana, que andava sumida, está novamente circulando por aí. Não se desesperem, portanto, caso venham a recebê-la. É tudo mentira. As fotos do tal chinês comendo o bebê não passa de uma "obra de arte" exibida na última Bienal de Taiwan.

Protesto!


A comunidade digital está no auge da indignação, e em pé de guerra, contra o edital da Anatel, que determina que as máquinas destinadas às escolas públicas têm que rodar Windows. Já há pelo menos um manifesto online a favor do software livre, feito pela galera do GnuBR; quando assinei, mais de 2450 cidadãos indignados já haviam passado por . Em tempo: não deixem de ler o excelente artigo que o Sérgio Abranches escreveu pro no.

Escravidão digital por concorrência pública



Pessoal, é o seguinte: temos que ser menos maliciosos! Nós aqui achando que Steve Ballmer veio ao país para fazer lobby, quando, pelo contrário, o que ele veio fazer foi agradecer ao presidente Fernando Henrique e ao ministro Paulo Renato a gentileza que tiveram ao detonar o Linux das salas de aula...!
No próximo dia 31, quando se encerra o prazo para a apresentação de propostas para a concorrência FUST/ MEC da Anatel, que estabelece que as máquinas para informatização da rede escolar deverão rodar Windows, estes esclarecidos senhores estarão entregando à Micro$oft, de bandeja, a nossa soberania digital. “Educadas” em Windows, as crianças brasileiras estarão, para sempre, escravizadas a uma única companhia, à qual terão que pagar dízimos mensais (definidos cientificamente como "licenças de uso"); precisarão ter sempre máquinas caras, já que, ao contrário do Linux, Windows não roda em qualquer sisteminha; e passarão a achar perfeitamente normal que todos os PCs à sua volta dependam de uma empresa que, em seu país de origem, está sendo processada pelo governo por práticas monopolistas.
Tem que estar mesmo muito agradecido o Mr. Ballmer, do alto dos seus 14 (é, quatorze!) bilhões (isso, bilhões!) de dólares.
Duvido que, nos Estados Unidos, uma simples prefeitura do interior conseguisse emplacar uma vergonha dessas às custas do contribuinte.
País bacana, o Brazil.

(O Globo, 26.08.01)

26.8.01

O macaco (não) estava certo


Esta, ao que eu saiba é inédita: um crítico pede desculpas ao público!
Aconteceu com Geoff Pevere, crítico de cinema do Toronto Star, que deu quatro estrelas para "O Planeta dos Macacos". Mais tarde, assistindo ao filme novamente junto com a filha de 13 anos, ficou chocado consigo mesmo. "Mas o que é que eu estava pensando? Eu estava pensando?" indaga ele, aflito. O diagnóstico: Geoff acha que se deixou seduzir pelo ótimo papo que teve com o diretor Tim Burton. O castigo? Ele vai fazer a crítica do novo filme do bonitinho Freddie Prinze, Jr., na semana que vem.
Merece.

ABSOLUTamente genial



Depois de patrocinar a melhor série de anúncios impressos de todos os tempos, a vodka Absolut parte para mudar radicalmente a forma como nos relacionamos com a publicidade online. Para isso, pôs no ar um website sensacional, onde o navegante pode criar o seu próprio filme a partir de clips de um obscuro filme japonês de ficção científica. Ou, se preferir, ver o que fizeram com ele outros diretores - entre os quais... tchan-tchan-tchan-tchan... Spike Lee!
Sinceramente, há tempos eu não perdia tanto tempo com um anúncio (mas, apesar disso, continuo preferindo beber guaraná diet).

Este pode ser o começo de uma bela aventura



Sábado de madrugada, depois de dar comida pra Família Gato e checar minha mailbox, comecei a brincar com este blog. Deviam ser umas duas da manhã. Agora são quatro e tanto (vocês podem checar pela marca da hora, aí embaixo) e, finalmente, a coisa parece estar funcionando. Por que demorou tanto? Porque eu sou fresca e levei horas escolhendo um template legal e fazendo nele as modificações que me pareceram necessárias. Com o tempo, se eu tiver paciência -- e talvez tenha -- vou tentar incluir fotos e inventar outras gracinhas. Por enquanto, até para poder fazer uma avaliação legal do Blogger, estou trabalhando apenas com os recursos mais óbvios, e deixando este blog hospedado gratuitamente no Blogspot.

Steve Ballmer: melhor do que a encomenda


Na terça-feira à tarde participei, na TV Cultura de São Paulo, das gravações de um Roda-Viva com Steve Ballmer, o CEO da Microsoft. Confesso que estava esperando alguém da Escola Bill Gates de Relações Públicas, mas fiquei muito agradavelmente surpresa com o quarto (ou quinto?) homem mais rico do mundo. Ele foi simpático e engraçado e, ainda que driblando todas as perguntas que realmente tinham importância, demonstrou um jogo de cintura que, acreditem, não aprendeu com Bill Gates.


Submeteu-se pacientemente a quase duas horas de estúdio, o que, em termos steveballmerianos, deve ser mais do que eu e/ou você faturamos no ano inteiro [*]; e, depois disso, ainda ficou alguns minutos de papo com a gente. Foi aí que perguntei como ele se sente em relação à sua imensa popularidade cinematográfica na internet, onde um dos mpegs mais baixados é o de uma estranha dança tribal que leva a cabo, em solo inesquecível, durante uma convenção de funcionários da M$. Ele ficou meio sem graça. "Bom. Quer dizer, não me incomodo muito que isso esteja rolando por aí..." Eu ri, e ele completou: "Mas a minha mulher acha ridículo".


Bom para ele. Nada como uma alter-crítica em casa.

[*] Fiz o cálculo: US$ 159.817,35