20.5.05



Saia Justa

Voltar das férias dá nisso, blog devagar, email acumulado, essas coisas; não tive tempo nem para comentar que vi a versão 1.0 do Saia Justa 2.0.

Assisti duas vezes à configuração anterior e detestei, achei uma baixaria sem limites, em que absolutamente não me via representada a nível de gente, enquanto mulher; pois agora acho que nem haverá uma segunda vez, de tão chato que está.

Alguém pode me explicar por que diabos mesmo as mulheres mais inteligentes fazem questão de parecer umas tontas em programas ditos femininos?

Que cretinice é essa?!

Curiosamente, a única que me passou uma sensação de sinceridade e de bom senso foi a Luana Piovanni, muito honesta quando falou na sua "nova relação com os livros" e, sobretudo, quando disse o que tanta gente pensa, mas pouca gente diz, por medo das patrulhas corporalmente corretas: a noite virou um mercado de carne, com todo mundo de barriga de fora, perna de fora, peito (mais ou menos, em geral mais) de fora.

Claro que Luana não escapou à patrulha.

As outras imediatamente pularam: "Mas é um direito que as mulheres têm!", "Se eles podem caçar nós também podemos" etc. e tal.

Ah, me poupem!

É claro que é "um direito"; usar melancia no pescoço também é. Mas é vulgar demais, é deselegante, é grosseiro; em pleno acordo, aliás, com a cultura da boçalidade reinante.

Acho ótimo que tenha sido justamente a Luana, que é linda e pode usar absolutamente o que quiser, que tenha levantado essa bola; e acho patético que senhoras que já deveriam ter mais juízo, discernimento e vivência, continuem achando que falta de senso do ridículo é "um direito".

Dito isso, aos deveres; tenho que terminar de escrever a coluna de segunda-feira antes de morrer congelada. A redação está um iglu e esqueci o casaco em casa.

Tem café na garrafa térmica e água gelada na jarra azul. Fiquem à vontade, a casa é sua.

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