23.5.03




Matrix Reloaded
Cinema é a maior diversão

Corre por aí a idéia de que para gostar de “Matrix reloaded” é preciso gostar de computador e/ou videogame. Não é verdade. Para gostar de “Matrix reloaded” basta gostar de se divertir e de ir ao cinema sem esperar a revelação do Terceiro Segredo de Fátima. Afinal, o filme é engraçado, tem cenas de perseguição de arrepiar e lutas tão bonitas que se pudessem ser encenadas no Municipal todo mundo sairia dizendo que adorou o balé.

Sim, claro: a seqüência não é tão boa quanto o original. Mas como poderia ser? O primeiro “Matrix” aliava uma interessantíssima premissa filosófica a um look que fez escola e influenciou moda, clipes e até outros filmes.

O visual já não surpreende e é impossível superar o impacto da descoberta inicial. Apesar disso, “Matrix reloaded” é um ótimo filme, em que voltamos a encontrar velhos conhecidos com novos truques e a nos encantar com uma cinematografia à prova de bala (literalmente!).

A trama ainda é confusa o suficiente para que os fãs tenham o que discutir até o lançamento do próximo episódio, em novembro; mas aqui ela é quase secundária. Se há uma coisa que os irmãos Wachowski (que bolaram todo o conceito “Matrix” e escreveram e dirigiram os filmes) sabem fazer é bom cinema, em que a verdadeira viagem é o supremo prazer de ver.

(O Globo, Rio Show, 23.5.2003)

Por que escrevi de novo? Simples: porque o Arnaldo Bloch, que foi fazer a crítica para o Rio Show, detestou o filme, e deu um Bonequinho dormindo. Como eu adorei, fizemos uma coisa que sempre topo, os Bonequinhos em Conflito.

Por que o título está diferente, no jornal? Muito simples também. Este, que eu dei, ficou grande demais para a página. Ponto pra internet.

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