17.4.02



FOGO!!!

Deviam ser umas três da manhã quando aconteceu. A Bia já tinha ido dormir, os gatos estavam todos desmaiados em diversos cantos do escritório e eu estava começando a conferir a colheita de sombras do dia quando senti um cheiro de queimado fortíssimo. Principais suspeitos: os trocentos cabos que se cruzam aqui entre as máquinas e os periféricos. Olhei um por um, tudo OK. Suspeitos secundários: os aparelhos de ar refrigerado. Dei uma geral pela casa, tudo parecia em ordem. Olhei pela janela, e o mundo parecia tão calmo lá fora quanto aqui dentro. Deixei o cheiro pra lá e voltei pro computador.

Mal havia retomado o trabalho quando ouvi a gritaria -- quase que imediatamente seguida pelas sirenes dos bombeiros. Corri para a janela novamente. Agora, de uma janela quatro prédios adiante, saiam densos rolos de fumaça, e os bombeiros se preparavam para entrar em ação. Acordei a Bia, peguei a máquina e descemos correndo para a rua, onde uma pequena multidão de vizinhos acompanhava o drama. Entre os moradores do prédio do incêndio, animais de estimação: um gato assustado dentro de uma caixa de transporte de bichos, alguns cachorros aparentemente contentes com aquele movimento todo. Os bombeiros estavam acabando de debelar chamas e fumaça, e já recolhiam a escada Magirus. Fiquei impressionadíssima com a velocidade, tanto do fogo quanto dos bombeiros.

Felizmente, ninguém se machucou. O apartamento deve ter sofrido um estrago e tanto, e o prédio, naturalmente, vai precisar de uma mão de pintura. A origem do incêndio? Não podia ser mais carioca: uma vela de andiroba, para afastar os mosquitos.











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