18.9.01

Enquanto isso, aqui em casa...



Pois é: resolvi trocar o chão da casa toda. O chão original era taco, ainda por cima peroba, que nem existe mais e acho muito bonito, mas estava soltando todo e, segundo especialistas, não agüentava mais passada alguma de máquina. Pensei em algumas alternativas quase indolores, como aquelas tábuas que a gente cola por cima dos tacos velhos, ou aquela coisa meio-sintética-meio- sei-lá-o-quê que vem, se não me engano, da Suécia (vocês vêem que me informei bem sobre o assunto) mas mamãe e Laura, minha irmã, foram taxativas:

-- Se é pra fazer, faz direito de uma vez! Tira todo o taco e põe o que você quiser, mas não põe nada em cima de taco porque, com o tempo, marca tudo e fica uma porcaria.

Bom. Pra quem mora com oito gatos, carpete está inteiramente fora de cogitação; tábua corrida é legal, mas quando um deles resolve se vingar de alguma maldade que eu tenha porventura (ainda que involuntariamente) cometido -- como, por exemplo, viajar -- fica difícil limpar. Se eu fosse inteligente, tivesse seguido os conselhos da minha mãe e ido atrás de uma profissão séria, a escolha estaria entre mármore, granito ou cerâmica.

A cerâmica do quarto da Bia já foi toda colocada. Hoje de manhã atacaram o escritório (na foto) e eu estou me sentindo um peixe fora d'água: os computadores estão desligados e desmontados lá na sala, numa confusão que me faz prever dois dias de trabalho só pra reconectar tudo -- já nem estou falando de coisas secundárias, como repor os livros nas estantes. A televisão está em cima da mesa, morta; sem BBC e CNN não sou ninguém numa hora dessas. Tudo está coberto de poeira. A banda larga é apenas um modem encostado num canto, mas como dói...

Neste momento estamos encolhidos aqui no quarto, os quadrupes e eu, respondendo a e-mails, escrevendo notinhas pra Globo.News e atualizando o blog no meu lindo, valente e fiel ThinkPad 560Z, conectado à rede via IP discado a (diz ele) 44.200Kbps. Não, não é o Pentium IV que está solto lá na sala, nem oo menos o Pentium III; e não, o monitor não é o lindo Samsung de 17" polegadas da minha vida, mas é, ainda assim, uma nobre e utilíssima máquina, que já me acompanhou a muitos lugares estranhos (Miami e Orlando, para citar apenas dois).

Não estranhem, portanto, se a atualização deste blog ficar meio capenga ao longo dos próximos dias...

Nenhum comentário: