30.4.02



Maluquice eleitoral francesa

Texto by Cat; cut-and-paste by Cora:

Será que os eleitores franceses que hoje se declaram favoráveis a Le Pen teriam sofrido alguma influência da precipitação radiativa decorrente do acidente nuclear de Chernobyl, em 1986? Essa é difícil de engolir. Ou é coisa de maluco ou então se trata uma oportuna brincadeira. Seja como for, a coincidência geográfica é notável, e pode ser vista AQUI. (Carlos Alberto Teixeira)


Emergência felina no Rio




Entre um preparativo e outro (o quê? tirar férias dá um trabalhão!) chegou à minha mailbox esta msg da Susana Barbagelata, com um pedido que não posso deixar de atender. Aos que não gostam de gatos, e acham que estou exagerando nos posts felinos, peço desculpas: o blog tem mesmo andado meio monotemático, mas leiam, que vocês vão entender o problema. Eu prometo posts radicalmente diferentes da viagem, tá?

"Estou te escrevendo no ensejo da história do acidente da Cloé, gatinha da Marilia. Estava passando pelo Campo de São Bento, um parque aqui em Niterói, onde moro, e me deparei com um gatinho lindo, de patinha sangrando. Levei o sujeitinho para uma clínica vet, onde foi constatada uma fratura na patinha.

A partir de então, foram dois dias mandando os raios-x dele por e-mail para vários vets, recebendo orçamentos que variaram de R$ 950,00 a R$ 400,00, até me decidir por um vet recomendadíssimo pelos vets de Niterói, cuja clínica fica em São Gonçalo, município vizinho a Niterói. O vet foi muito legal, o orçamento foi em conta e ainda me ofereceu a hospedagem do gato por 15 dias, sem acréscimo no orçamento, afinal o gatinho nem era meu. O gatinho teve um pino implantado na patinha e já está bastante bem. Ontem fui visitá-lo e fotografei o bonitão.

Ele ainda não se apoia na patinha, está cedo mesmo, mas se locomove, de patinha recolhida mesmo. Segundo o vet, houve uma lesão no nervo da patinha, mas somente parcial, e ele acredita que o gatinho provavelmente irá apoiá-la no chão, normalmente, no futuro. Por enquanto, estamos esperando os resultados da cirurgia.
Ele está bastante bem, fica junto com outros gatinhos no gatil da clínica, pega sol, brinca, cautelosamente. Quando chegamos, mostrou até a barriga para a titia aqui e ronronou, com toda a atenção que recebeu. Estou te escrevendo para saber se vc topava fazer uma propaganda dele no seu blog, pois agora está precisando de um lar. Se você souber de alguém que aceite adotar um gatinho muito lindo e carinhoso, mas que possivelmente vai manquitolar de uma das patinhas, por favor me avise. O vet acredita que ele já está em condições de seguir para um lar.

28.4.02



Falta pouco!




Gente, por favor não reparem se este blog entrar em banho-maria. É que já estou em contagem regressiva para as minhas férias, que começam, apropriadamente, no Dia do Trabalhador. Há mil coisinhas por fazer, providências a tomar, cuidados, recomendações, compras bobas de última hora. Eu não vou sumir: o velho ThinkPad e as câmeras digitais vêm comigo, de modo que não faltarão nem notícias, nem fotos. O que talvez falte seja tempo para contar tudo...

27.4.02





A Nancy, que tem um dos melhores blogs que eu conheço, o Taperouge, me deixou este presente lá no álbum de visitas: não é uma gracinha?

Adendo, às 2h30 do dia 28: Acabo de ler a série de posts que a Marília (que deixou um comentário aqui embaixo sobre a acne dos gatos) escreveu sobre o acidente da sua gatinha Cloé, e só posso dizer uma coisa: não deixem de ler, mesmo que vocês não tenham gatos ou animais de estimação. É uma maravilha de carinho e, sobretudo, sensibilidade: um momento blog extremamente bonito.


E agora, o quê?!

Tá. Era só o que faltava: três dos gatos -- a Tutu, o Mosca e a Keaton -- estão com acne. É, gente: acne! Os três estão com cravos no queixo, e o Mosca tem até uma espinha. É muito ridículo, e acho que, no fundo, eles estão se sentindo humilhados com a situação. Já começamos o tratamento com um shampoo veterinário especial, mas se não funcionar eles vão precisar usar... Benzac! Pode?!


O vírus que não é

É de lei: a cada três meses alguém manda um email desesperado para todos os seus amigos, conhecidos e fornecedores, alertando-os a respeito de um vírus terrível contra o qual o Norton nada pode, e que passa despercebido pelo Panda, pelo MacAfee e por mais quantos antivírus haja na máquina. O texto tipicamente informa que o remetente recebeu uma mensagem de alerta de outro conhecido, e que, quando foi verificar a existência do dito vírus, lá estava ele, de fato, esperando sorrateiramente a ocasião de entrar em ação, enviando-se automaticamente para todos os nomes do caderninho de endereços eletrônicos da vítima.

“Apague este vírus imediatamente!” avisa o email, informando, solícito, como fazê-lo: localizar o vírus pelo nome; certificar-se de que de fato ele está no drive C; apagá-lo e, de quebra, eliminá-lo também da lixeira, caso contrário a operação toda de nada terá adiantado. O nome do vírus muda de vez em quando, mas o teor da mensagem não; os seus efeitos, porém, podem ser mais ou menos desagradáveis, já que o que o usuário apaga, ao tentar livrar-se do “vírus” é, geralmente, um arquivo do Windows. A bola da vez é o jdbgmgr.exe, um arquivo do Internet Explorer, sem o qual torna-se impossível acessar sites que tenham componentes em Java.

Só esta semana recebi pelo menos umas dez mensagens iguais de amigos e conhecidos bem-intencionados - que agora, certamente, estão tendo grande dificuldade em surfar na Web.

Outra característica típica deste fenômeno é, aliás, um segundo alerta, ainda mais desesperado do que o primeiro, enviado algum tempo depois: “Não façam isso! Não é um vírus!”. Mas aí, freqüentemente, já é tarde demais...

Então, para que todos possamos ficar sossegados em relação às nossas máquinas, vamos combinar uma coisa? Em primeiro lugar, vamos, pelamordedeus, manter os antivirais sempre atualizados: a coisa está feia e tende a piorar, já que a cada dia aparecem mais e mais idiotas sem assunto dispostos a chatear a humanidade. Em segundo lugar, vamos, todos, ignorar solenemente qualquer alerta antivírus que nos mande apagar o que quer que seja, OK? E vamos, sobretudo, refrear o impulso humanitário de passá-lo adiante.

Em caso de dúvida muito, mas muito cruel, vale ainda ir ao site da Symantec ou ao do CERT (um consórcio para questões de segurança em redes mantido pela Carnegie Mellon University), e lá verificar as últimas informações a respeito de vírus reais e de trotes como este, que põem em ação o vírus mais perigoso de todos: aquele, grandão, que fica sentado na frente do teclado.

26.4.02



Personalidades à venda

Eu sempre detestei as carinhas pontilhistas que, durante muito tempo, foram as únicas ilustrações do Wall Street Journal, e que acabaram se tornando sua marca registrada: mesmo agora, com uma nova paginação que já inclui cores e (santos céus, onde vamos parar?!) fotos, as carinhas continuam lá...

Mas gosto não se discute. Basta dar um pulinho no e-Bay para ver quanto o público está pagando para levar para casa a sua carinha favorita. O leilão está sendo promovido pelo jornal para angariar recursos para o Dow Jones Newspaper Fund. As carinhas não são originais, mas provas de prelo, e os preços variam muito. Quando estive lá, você podia levar um Steven Brill por U$ 9.99 (preço mínimo), uma Tina Brown no capricho por U$ 26.77 ou um inflacionado Larry Flynt por U$ 101.98. Ah, sim: o Dan Rather aí de cima era o segundo mais caro, a U$ 100.99.


Gato para download: aqui

24.4.02



Blog.
Blog.



Sombras!

Este blog tem o prazer de informar aos seus leitores, amigos e co-autores que há uma página de sombras novinha no Assombração. Para quem já conhece o site e já viu as outras páginas, o atalho é aqui.




"Who are you?" said the Caterpillar. . . .
"I -- I hardly know, Sir, just at present," Alice replied rather shyly, "at least I know who I was when I got up this morning, but I think I must have changed several times since then."

23.4.02



Jornalista mutante

Eu não sou especialista em sapos, mas se alguém me mostrasse a foto ao lado eu diria, sem hesitação, tratar-se de um momento romântico rudemente interrompido por um humano sem noções de privacidade -- e mandaria o dito humano procurar assunto, em vez de empatar a vida dos outros. Já a interpretação de um coleguinha do MetroWest Daily News, de Boston, foi radicalmente diferente: ele ficou tão empolgado com o que lhe pareceu ser um sapo mutante com duas cabeças que deu a notícia da "descoberta", com foto e tudo... e nem era primeiro de abril!!! Era 15 de abril; três dias depois, compungido, o jornal teve que retificar a nota sobre o exótico batráquio, esclarecendo aos seus prezados leitores que a "mutação" não passava de um casal de sapos em atividade. Eu hein. Acho que este rapaz anda passando tempo demais na redação.


Gatos que ralam



Quem me chamou a atenção para este site foi a Susana, num comentário feito no post dos gatos de bibliotecas. O Shop Cat, mais abrangente, está aos poucos catalogando todos os gatos que trabalham em estabelecimentos comerciais nos Estados Unidos, e já abriu brechas para alguns gatos ingleses, canadenses e australianos.

É interessante observar, pelas fichas, que eles exercem as mais diversas funções. Vários (como Miss Moppet, da Califórnia, ou Pekaboo, do Novo Mexico) são proprietários dos estabelecimentos; outros, como Shopkat, que trabalha numa importadora de automóveis em Michigan, são seus gerentes.

A grande maioria, como Matilda (na foto), do Algonquin Hotel, em Nova York -- que conheço pessoalmente de diversas estadas -- desempenha o papel de relações públicas, recebendo e entretendo a clientela. Já Big Z e sua irmã Little Z têm uma tarefa singular: testar as casas e brinquedos para gatos fabricados por Annie & Ray Smith, em Wilson, Kansas.

Curiosamente, há muito poucos contratados para trabalhos pesados, como Skeeter, um especialista em camundongos -- que, por sinal, ainda não mostrou a que veio a seus patrões numa loja de presentes, em Massachusetts. Da turma de trabalhadores braçais, a mais competente é Chloe, empregada numa loja de plantas em São Francisco, que caçou quatro ratos num único dia, com isso estabelecendo um recorde entre os 323 felinos já registrados no site.

22.4.02



Qu'est-ce que se passe-t-il?



PARIS - Desembarco na capital francesa na manhã do Day After e encontro os nativos em estado de choque diante dos resultados das eleições de ontem. Os franceses acordaram e comprovaram que as notícias da véspera não eram piada nem delírio de alguma festa dominical regada a Bordeau. Seu próximo presidente será da direita ou da extrema direita. (Sílio Boccanera, mandando muito bem -- como sempre. O resto deste artigo está aqui.)



Achei essas gracinhas neste ótimo blog.


Leitura obrigatória: entrevista com a Danuza. O máximo!


Dúvida atroz

O grande dilema do dia é, naturalmente, decidir se vou ao lançamento do CD do Geraldinho Carneiro (Por Mares Nunca Dantes) -- a bordo de uma escuna atracada na Marina da Glória, vejam vocês! -- ou à inauguração da exposição de caricaturas de personagens da MPB, lá no Florentino... Organizada pela Eliana Caruso (mulher do Chico idem) -- que ainda deu uma de designer na criação do convite e do catálogo -- a exposição está simplesmente maravilhosa (e, graças à Meg, está, também, sendo a mostra mais badalada do universo blog...)

Hmmm... pensando bem, a melhor forma de acabar com dúvida tão cruel é... ir aos dois lugares, ora essa! Tão simples, né?


O Dia da Marmota


Punxsutawney Phil, a marmota

Domingo à noite, com preguiça de sair de casa, a Bia e eu resolvemos assistir a um vídeo. Eu propus "O Feitiço do Tempo" (Groundhog Day), um dos meus filmes favoritos para domingo à noite -- vocês se lembram? Aquele em que o Bill Murray faz um meteorologista de televisão que tem que ir a uma cidadezinha no fim do mundo para fazer uma reportagem sobre uma marmota, e fica preso no tempo? Já perdi a conta do número de vezes em que assisti a este filme, que sempre acho ótimo; a Bia, que nunca tinha assistido, achou ótimo também. Assim, morremos as duas de rir, enquanto os gatos nos olhavam com aquele ar de imperturbável superioridade que guardam desde os tempos em que foram deuses no Antigo Egito.

Mais tarde, conversando sobre o filme e relembrando as melhores cenas, resolvemos checar na internet se Punxsutawney, a cidade onde se passa a história, existe mesmo -- e, se existe, se lá se celebra mesmo o tal Dia da Marmota. Chamamos um Google básico, e dito e feito: lá está Punxsutawney em toda a sua gória. O Dia da Marmota, comemorado em dois de fevereiro, é a maior atração turística da região e, este ano, quebrou todos os recordes, atraindo mais de 40 mil pessoas. Vocês se dão conta disso? Mais de 40 mil pessoas, amontoadas numa praça ainda escura, às sete da manhã, a uma temperatura polar sub-ártica, só para ver... uma marmota?! São todos uns anormales...!

Ainda que tenha sérias dúvidas em relação ao potencial de diversão do Dia da Marmota, sou forçada a reconhecer que procurar por ele na web foi uma grande viagem. Para um vilarejo do seu porte (6.800 habitantes), Punxsutawney está surpreendemente bem documentado, com excelentes websites comunitários e, desnecessário dizer, dúzias de sites e álbuns de fotografias feitos por gente que foi até lá, visitar a marmota em pessoa (em pessoa?).

Mas o filé mignon está mesmo no site oficial de Punxsutawney Phil, a Marmota -- onde há um capítulo exclusivamente dedicado ao filme que pôs a cidade no mapa. Para mim, o mais estranho foi descobrir, ao fim dessa aventura toda, que "Feitiço do Tempo" não foi filmado em Punxsutawney, na Pennsylvania, e sim em Woodstock, Illinois, a quase mil quilômetros de lá.

Vai entender...

PS -- Este post é pro Victor.

21.4.02



O Livro dos Gatos



Um dos sites mais bonitos que eu conheço está de cara nova. Mas completamente nova! Se você ainda não conhece O Livro dos Gatos e o trabalho da Leila Galvão, não deixe de conhecer; se já conhece, corra lá para ver como ficou diferente...

A Leila, é bom que se diga, não é apenas um bípede apaixonado por gatos (atualmente cuidando de 45 gatinhos ex-abandonados!) e uma pessoa de bom coração; ela é uma ilustradora fantástica, que faz, com desenhos e colagens, os gatos mais bonitos que se possa imaginar.

19.4.02



Um blog para blogs falecidos.


Aviso aos assombrados:
há uma página novinha de sombras no PS (Projeto Sombras), com algumas das melhores sombras que chegaram até agora: show de bola mesmo! Para quem já viu as outras e quer cortar caminho, basta clicar aqui.





A nova geração

Paulinho mandou fotos novas da Emília e do Joseph, isto é: fez como faz, hoje em dia, um pai conectado. Subiu uma coleção completa para o ofoto, para que a parentada coruja possa escolher as suas fotos favoritas e mandar imprimi-las, guardá-las em CDs ou em álbuns e até mesmo emoldurá-las, a seu bel prazer. Essas foram as de que mais gostei:






18.4.02



No verdadeiro mundo das sombras

Uma das notícias mais deprimentes dos últimos tempos -- que, vamos combinar, não andam sendo propriamente tempos de notícias exultantes -- foi a do fim do no., onde se fazia, além de jornalismo da melhor qualidade, um exercício contínuo de pensamento. Não há como não lamentar o desaparecimento de forma de vida tão inteligente num país que, a cada dia, se supera em baixarias, e em que os heróis da hora são os ninguéms expostos à curiosidade mórbida de um público que a televisão cultiva, cuidadosamente, para a mais completa e insensível imbecilidade.

Sim, eu sei que nós não temos a exclusividade universal da estupidez humana; na verdade, até importamos os piores modelos de fora. Mas em países que se pretendem civilizados há, pelo menos, um equilíbrio de forças, uma margem de escolha. Numa banca de jornais americana, a gente encontra o pior lixo produzido no planeta -- mas encontra também revistas como o New Yorker ou o Atlantic Monthly, escritas por, e para, animais racionais. A Inglaterra tem, sim, os piores jornais do mundo -- mas tem também uma revista como a The Economist, e um teatro que há mais de 500 anos exalta a palavra e a inteligência. Os franceses têm uma televisão ridícula e uma visão do mundo grotesca -- mas dão aos seus escritores o status de popstars. E por aí vai.

A vulgaridade, em alta geral, aparece mais e paga melhor em toda a parte, mas não há como negar que, nos EUA e na Europa, existe uma consciência social em ação que preserva o mínimo de cultura necessário à sobrevivência intelectual da espécie. Ainda há lugares em que, acreditem!, um bom cérebro é mais valorizado do que uma bela bunda; mas todos, infelizmente, ficam muito longe daqui.


No mundo das sombras

Poucas novidades por este blog hoje, já que a blogueira que vos tecla vem dando uma de webmaster no Assombração. Tive que fazer uma geral no site, para facilitar a sua atualização daqui pra frente -- aliás, se alguém ainda não sabe porque os blogs são o sucesso que são, recomendo: faça um website, e depois vamos conversar...

Há dois links novos do incansável Tom Taborda e algumas novas sombras acrescentadas; mas há inúmeras outras em estoque esperando aquela brechinha de tempo para irem ao ar. Ah, sim: o projeto tem, agora, um link fixo aí ao lado, acima do da Família Gato. E está fazendo sucesso: teve mais de 300 pageviews ontem...

É o que eu sempre digo: assombração sabe pra quem aparece!


Formiguinhazzzz



Foi descoberta entre a Riviera Italiana e o nordeste da Espanha a maior super-colônia de formigas do mundo. O mais preocupante: são Formigas Argentinas! Batem panelas, saqueiam supermercados e se acham os melhores insetos do mundo. (Roubado, sem a menor cerimônia, do Hiro Kozaka)

17.4.02



Concurso Flash

A Intel e a Macromedia avisam: estão lançando um concurso de animações em Flash, o .FLA (Festival Livre de Animação), para premiar trabalhos realizados em Macromedia Flash MX ou nas versões anteriores do Macromedia Flash. Os trabalhos ficarão expostos nos sites www.pontofla.com (português) e www.puntofla.com (espanhol).

A escolha dos vencedores será feita por um juri profissional ainda a ser escolhido e por voto popular via web. Entre os prêmios, computadores Compaq, pacotes de softwares da Macromedia, câmeras digitais e MP3 players da Intel. A inscrição, gratuita, vai até o dia 10 de junho; o período de votação online começa no dia 26 de abril, e termina em 20 de junho.

É uma iniciativa legal, mas tem um belo paradoxo embutido no nome, Festival Livre de Animação: é que há um tema para os trabalhos! As animações devem ter algo a ver com "Responsabilidade Social". Portanto, meninos, sejam responsáveis socialmente -- e, sobretudo, bem criativos...


Assombração

Não deixem de dar uma conferida no nosso projeto de sombras. A novidade de hoje é uma sensacional página de links, um melhor do que o outro, descobertos pelo Tom Taborda.


FOGO!!!

Deviam ser umas três da manhã quando aconteceu. A Bia já tinha ido dormir, os gatos estavam todos desmaiados em diversos cantos do escritório e eu estava começando a conferir a colheita de sombras do dia quando senti um cheiro de queimado fortíssimo. Principais suspeitos: os trocentos cabos que se cruzam aqui entre as máquinas e os periféricos. Olhei um por um, tudo OK. Suspeitos secundários: os aparelhos de ar refrigerado. Dei uma geral pela casa, tudo parecia em ordem. Olhei pela janela, e o mundo parecia tão calmo lá fora quanto aqui dentro. Deixei o cheiro pra lá e voltei pro computador.

Mal havia retomado o trabalho quando ouvi a gritaria -- quase que imediatamente seguida pelas sirenes dos bombeiros. Corri para a janela novamente. Agora, de uma janela quatro prédios adiante, saiam densos rolos de fumaça, e os bombeiros se preparavam para entrar em ação. Acordei a Bia, peguei a máquina e descemos correndo para a rua, onde uma pequena multidão de vizinhos acompanhava o drama. Entre os moradores do prédio do incêndio, animais de estimação: um gato assustado dentro de uma caixa de transporte de bichos, alguns cachorros aparentemente contentes com aquele movimento todo. Os bombeiros estavam acabando de debelar chamas e fumaça, e já recolhiam a escada Magirus. Fiquei impressionadíssima com a velocidade, tanto do fogo quanto dos bombeiros.

Felizmente, ninguém se machucou. O apartamento deve ter sofrido um estrago e tanto, e o prédio, naturalmente, vai precisar de uma mão de pintura. A origem do incêndio? Não podia ser mais carioca: uma vela de andiroba, para afastar os mosquitos.











16.4.02



Mais assombração!

Galera, sinto informar que, hoje, não há posts novos. É que me empolguei com o projeto das sombras, e acabei fazendo uma coisa que não fazia há séculos: páginas web. Usei o Homestead, que em tese seria rápido (não é) e simples (é). De modo que aquela idéia que nasceu aqui outro dia, com aquela minha sombra seguida da sombra da Olivinha Byington, agora ganhou casa própria, e mora aqui.

Detalhe: o André Arruda, que já tinha mandado duas sombras sensacionais, mandou outras duas. O conjunto todo é tão bonito que acabou ganhando uma página especial, na seqüência da página de abertura. Aviso: este é um projeto inteiramente aberto!

Aceitam-se sombras, idéias, links e o que mais vier. Afinal, a gente está aqui pra se divertir...

15.4.02



Assinaturas

Monsur Hossain é o autor do Bloglet, o esperto sisteminha que permite a leitores de blogs assinarem seus favoritos. Instalei o Bloglet aqui ontem; quem quiser se tornar assinante do internETC. deve preencher com o seu email a nova caixinha que fica na coluna da esquerda, logo abaixo do link para o álbum de visitas. Com isso, passará a receber avisos sobre as atualizações do blog.

O sistema ainda está começando, e tem algumas coisas a serem melhoradas. Do ponto de vista do blogueiro, ele é pouco flexível, já que só permite três opções de aviso: o limpo, que não diz nada, apenas alerta para uma atualização; o que envia o post completo para a mailbox do assinante; e um terceiro, que envia apenas os cem primeiros caracteres do post.

Eu optei pelo primeiro na minha configuração. Pois se o divertido do blog é justamente a experiência coletiva, a interatividade! É bom que vocês apareçam por aqui, freqüentem os comentários e dêem palpites; se cada um for ler os posts sozinho, no isolamento da sua mailbox, a coisa perde a graça. Já enviar os cem primeiros caracteres me pareceu esquisito demais. O ideal, acho, seria enviar o título do post, ou um teaser que pudesse ser redigido separadamente.

Outra falha: por enquanto, embora eu possa ver, lá no Bloglet, que já tenho 14 assinantes, não tenho acesso a seus emails, de modo que não tenho a mais pálida idéia deste meu micro-universo; o que é uma pena, porque ter a lista de assinantes me permitiria eventualmente mandar recados mais personalizados do que o alerta automático de atualização. Escrevi a respeito disso para Monsur, que prontamente me respondeu dizendo que tanta gente já reclamou disso, que esta será a primeira coisa que ele modificará no Bloglet. Meno male.

Nos comentários do primeiro post que fiz a respeito do Bloglet senti que vários co-autores deste blog não acham a menor graça na idéia da conexão por email: eles preferem vir até aqui e descobrir por si mesmos a quantas andam blog e blogueira. Eu gostaria de ter mais opiniões sobre isso; e, sobretudo, gostaria de ter um feedback de quem assinou o internETC. O serviço está funcionando direito? Vale a pena mantê-lo no ar? Vocês estão gostando? Vocês têm alguma sugestão que gostariam de encaminhar ao Monsur?

Desde já, galera, muito obrigada pelo help.

14.4.02



Assombração

Atenção: temos duas novas lindas fotos da sombra do André Arruda no ar!

Mas, gente, isso está indo muito devagar...! Cadê as sombras de vocês? Vamos aproveitar o domingo: basta uma câmera na mão e uma sombra na parede (ou no chão, ou no teto... vale tudo!); aí é só mandar o JPG pra .


Chamando todas as bibliotecas!


Bessie, que viveu na biblioteca do Instituto de Mecânica de São Francisco nos anos 40

Há um novo e interessante projeto felino na rede: fazer o levantamento completo de todos os gatos que vivem ou viveram em bibliotecas públicas no mundo. Por enquanto, estão registrados apenas gatos americanos e canadenses, mas os organizadores da página pedem a bibliotecários e freqüentadores de bibliotecas de todas as partes do planeta que cooperem com a simpática empreitada.

Os gatos são catalogados por região, nome, tempo de casa e biblioteca adotada. Muitos têm fotos online e até links para seus próprios websites, como Max, da Biblioteca Pública de Pasadena, Hemingway, da Biblioteca Pública de Southern Peaks, no Colorado, ou Sonnet, da biblioteca de uma escola em Encinitas, Califórnia.

Boa parte dos gatos de biblioteca têm nomes de escritores ou nomes relacionados a seus locais de trabalho -- por exemplo, Bookend, Page, Booker, Bookie e o melhor de todos, Catalog. Mas o nome mais popular entre os felinos bibliófilos é Dewey, ou Dewey Decimal -- um dos sistemas mais utilizados para catalogar livros.


Novidade!

Este blog, sempre sequioso em agradar a seus leitores, põe ao seu (deles) dispor um novo serviço: assinatura via Bloglet. Isso lhes permitirá manter-se a par das atualizações do internETC. no conforto de suas próprias mailboxes, sem que precisem deslocar-se até aqui para saber se esta vossa escriba está ou não cumprindo com as suas obrigações. A janela para assinaturas encontra-se na coluna da esquerda, logo abaixo do link para o álbum de visitantes.

Em tempo: é lógico, evidente, óbvio e ululante que os emails de eventuais assinantes deste internETC. jamais serão passados para terceiros, sejam os ditos terceiros pessoas físicas ou jurídicas.


Volta ao mundo

Aqui não há apenas um site: há uma verdadeira aula de sociologia comparada e uma ótima idéia.

O ponto de partida é uma interessantíssima coleção de sinais de trânsito encontrados pelo mundo afora, mas na página se encontram ainda diferentes e curiosas interpretações do tema e sugestões para quem quiser começar a sua própria coleção de sinais.

13.4.02



Relembrando Noel

Às pessoas que eu detesto, diga mesmo que eu não presto, que o meu lar é um botequim; que eu arruinei a sua vida, que eu não mereço a comida que você pagou pra mim.


Assombração

As primeiras fotos já estão no ar!
Mande também a foto da sua sombra!

12.4.02



Faxina virtual

Sexta-feira, onze e tanto da noite, acabo de fechar a edição desta semana... ufa! Dando uma última olhada na minha mailbox aqui do jornal (2373 itens, 782 não lidos: o que é que eu faço com isso?!) encontrei uma msg muito interessante, vejam:

Certamente todos já ouviram falar em "congestionamento cibernético"... E certamente ninguém se coça. Estive pensando, e muitas pessoas podem contribuir. Eu, por exemplo, tenho seis home pages no ar e cinco delas estão esquecidas. Não custaria nada, nem muito tempo, nem dinheiro, mandar um simples email para o provedor responsável pela hospedagem, pedindo e autorizando a retirada dos domínios que eu registrei. Obviamente informando minha senha e meu nome como usuário. Achei que seria de muita utilidade passar a idéia adiante, mesmo porque é estressante entrar em sites e sites e sites com mensagens de hospedagem fora do ar. Abraços, Moreno Lennertz.


Mais uma arma anti-spam

Para quem se cansou de dar o email a sites que pedem porque pedem um endereço eletrônico para cadastro: null@mailnull.com. Usem à vontade: qualquer correspondência enviada para este endereço vai direto pro lixo.

A idéia é de Gray Watson, que oferece ainda um outro serviço à comunidade: contas de email no seu domínio mailnull. Essas contas "falsas" encaminham as msgs para a caixa postal verdadeira dos seus assinantes, e Gray recomenda que sejam usadas da seguinte forma: se você fizer alguma compra na Amazon, por exemplo, crie a conta fulano.amazon@mailnull.com; no Submarino, fulano.submarino@mailnull.com; e assim por diante.

Se alguma delas começar a gerar muito lixo, é só cancelar, e estamos conversados. A vantagem de marcá-las com o nome do site para o qual foram criadas é, claro, identificar as empresas que estão vendendo seus cadastros para os fabricantes de spam.

Bem engenhoso!


Assombro




Olivia Byington, que adora foto digital, me mandou o seguinte recado: "Ha ha! Também tenho foto da minha sombra!" -- e mandou o arquivo junto pra provar. Gozado, isso: acho que todo mundo que gosta de fotografia já fez, um dia, uma foto da própria sombra. Pergunto: vocês já fizeram? E proponho a quem fez: que tal me mandar um .JPG da foto, pra gente fazer um grande post de... sombras?! Não ficaria legal?

Então, vamos combinar assim: quem tiver uma boa foto da própria sombra manda o arquivo pra , anexado. Depois, eu publico um especial de sombras, ou seja: uma verdadeira assombração...


Sumiço

Meninos, peço desculpas pelo sumiço. Não foi por mal, e sequer por uma boa razão, porque voltei de Angra na terça à tarde. É que, de repente, me caiu em cima uma verdadeira tsunami de trabalho; mas agora, que a onda está passando, já está sobrando um tempinho pra voltar ao blog.

Muito obrigada aos que sentiram falta de mim e reclamaram da minha ausência: eu também estava com saudades, juro!

O problema é que fazer blog é uma delícia, mas não paga as contas; e eu, a exemplo da torcida do Flamengo, estou atolada até o pescoço... Nào é brincadeira não: tou tão atolada, mas tão atolada, que até tive que pedir dinheiro emprestado pra minha irmã, que é... professora! E de música, ainda por cima! Pode, isso?!

Pois é... {sigh}

11.4.02




Com vocês, o Smokey, do Bart Heisey, só pra lembrar que eu estou na área e volto já já.

9.4.02



Geeks ao sol

ANGRA DOS REIS -- Vocês não estavam achando que eu vim pra cá pra passear, certo? Em plena segunda-feira? Quem dera... Pra variar, vim a trabalho. E sim, sei que há piores lugares no mundo pra se ir a trabalho, e nem me queixo: apenas quero deixar a situação bem esclarecida.

Dito isso, devo acrescentar que, na pausa para o almoço deste Editor's Day da Intel, deixei a educação e a comida pra lá, vesti meu maiô rapidinho e fui fazer umas fotos. Entre um clic e outro dei mergulhos sensacionais: a praia em frente ao hotel não só é uma piscina, como aquecida, ainda por cima...

O encontro está sendo ótimo, com gente legal dos dois lados, tanto Intel quanto coleguinhas. Quando eu estiver menos cansada conto como foi. Por enquanto, fotos:














Em tempo: o abstrato acima é um wafer, a "bolacha" de onde nascem os chips; simplesmente o objeto mais difícil de fotografar que já encontrei na vida.

8.4.02



Quem nunca caiu?

ANGRA DOS REIS -- Eu ia escrever sobre isso, mas o Cat (para variar!) se adiantou e mandou ver; assim, comodamente, aproveito o coffee break -- a popular pausa pro cafezinho -- pra copyleftar mais esta aqui:

O artigo de primeiro de abril de B. Piropo no caderno Informática Etc. do Globo teve um efeito inesperado. Mesmo mencionando nomes como Lirba Edor Iemirp, Ana Casamu, Atorol e O. Irato, teve muita gente caindo. Vários interessados procuraram o Piropo para entrar em contato com o tal Dr. Edor. A propósito, a Folha Online também caiu direitinho. Leia tudo AQUI.



Vantagens do purgatório no paraíso

ANGRA DOS REIS -- Eu tinha prometido voltar a falar do Mail Washer assim que o esmalte das minhas unhas secasse. Ele já secou há séculos, é óbvio -- o que demorou mesmo foi chegar até Angra, de onde este blog vos é postado hoje. Estar aqui, aliás, batucando nas teclas do bom e velho (bota velho nisso -- e bota bom, também!) ThinkPad, com uma conexão IP que, por muito favor, chega a 31.200, está me permitindo apreciar ainda mais o Mail Washer.

O que é que ele faz? Simples: depois de baixado e devidamente configurado, ele "seqüestra" as mensagens ainda no servidor do provedor, e as marca de acordo com certos parâmetros: spam na certa, possívelmente spam, normal, e assim por diante. A gente confere se é isso mesmo, e manda a correspondência ser processada. Isso significa que os spams são apagados lá mesmo, no provedor, e mais: ele dá um bounce nas mensagens, ou seja, as manda de volta à origem, como se tivessem ido parar num endereço de email morto. Quando, enfim, a gente abre o Eudora (ou Outlook, ou qualquer outro cliente de email), só recebe as msgs "boas".

Há alguns detalhes maravilhosos neste utilíssimo programinha. Para começo de conversa, ele é extremamente rápido; e ele deixa que as mensagens sejam abertas e lidas no provedor, de modo que a vida da gente ganha um adianto e tanto. Aqui, por exemplo, sem banda larga, só fui abrir o Eudora agora, há meia -- para responder a duas mensagens das 13 baixadas. 13! 13 (treze) msgs de verdade, e não as dezenas de anúncios de Viagra natural, receitas milagrosas contra a obesidade ou esquemas de riqueza instantânea que me entopem a caixa postal habitualmente. Para vocês terem uma idéia, o Mail Washer me mostrou, durante a tarde, um total de 105 msgs: quem for bom de matemática que faça a conta pra ver quantos % de lixo o meu pobre Eudora anda recebendo...

Tudo é simples no Mail Washer, que permite a configuração de diversas contas de email. Basta que a gente preencha, nos espaços necessários, o login de cada uma, senha, SMTP e POP do provedor -- exatamente como faria com qualquer cliente de email, já que, no fundo, o MW é mais ou menos isso. Numa analogia apropriada a este paraíso em que estou, ele é o purgatório das msgs, à espera de aprovação ou danação eterna.


A internet em Timbuktu

Uma vez, John Perry Barlow, caubói, letrista do Grateful Dead, cyber-guru e, de modo geral, uma das pessoas mais interessantes que conheço, resolveu ir a Timbuktu. Tinha um firme propósito em vista: ajudar a instalar, na cidade, um provedor internet. Isso foi há séculos, naquele tempo em que as pessoas ainda achavam que coisas como Compuserve, Genie ou AOL eram internet. Perguntei a ele por que diabos fazia tanta questão de ver a rede funcionando por lá, e ele me explicou: queria ter o gostinho de, chegando a países ditos “civilizados” — mas ainda fechados à rede — poder dizer que a internet cobria de tal forma o mundo que já existia até em Timbuktu.

Lembrei disso há alguns instantes, quando recebi um press-release da ITU (União Internacional de Telecomunicações), informando que o presidente do Mali, Alpha Oumar Konaré, está em Genebra, participando de uma reunião preparatória para a conferência de cúpula sobre a sociedade da informação, a ser realizada em Bamako, entre os próximos dias 28 e 30 de maio. Trocando em miúdos, um papo sobre exclusão digital (aliás: tenho enorme implicância com esta expressão! Pior, só inclusão digital... vamos arranjar umas expressões menos dúbias, gente, pelamordedeus!).

O presidente Konaré e o secretário-geral da ITU, Yoshio Utsumi, assinaram também um acordo para a criação de telecentros comunitários que vão conectar 703 comunidades do Mali a uma rede de serviços e aplicativos diversos.

Depois — uma coisa puxa a outra — me lembrei também da notícia divulgada pela “Wired” na semana passada de que, em Cuba, a venda de computadores a pessoas físicas está proibida por decreto.

O que essas coisas todas têm a ver uma com a outra e, sobretudo, o que é que nós temos a ver com isso? Nada, realmente. E tudo. Elas se juntaram de forma mais ou menos aleatória na minha cabeça, e não fazem parte de qualquer conjunto lógico. Mas todas têm a ver com o fato de que, hoje, é impossível falar em progresso pessoal e, sobretudo, em liberdade, no mais amplo sentido da palavra, sem falar em tecnologia da informação.

Uma sociedade não se torna automaticamente livre no momento em que todos os seus membros têm acesso à informação; mas este é um passo sem o qual ela jamais poderá sequer aspirar a qualquer sonho de liberdade. Simples assim.

O que é que nós temos a ver com isso? Bem, ao que eu saiba, estamos todos no mesmo planeta, e pertencemos todos, por mais que isso possa incomodar a corações sensíveis, à mesma espécie. É nossa responsabilidade coletiva, como seres humanos, garantir que nossos irmãos possam ouvir e ser ouvidos, onde quer que se encontrem.

Só isso.

(O Globo, 08.04.02)

6.4.02




Que GRANDE IDÉIA!



Pra falar RÁ-PI-DO!

E isso eu ganhei do Ronaldju, que tá precisando de uma força: todo mundo lá!

Quem a paca cara compra cara a paca pagará.
Pagará a paca cara quem a paca cara compra.
Quem a paca cara compra pagará a paca cara.



Não aceite imitações!




Ganhei de presente do Boechat, que ganhou do Tom-B. Ha! Depois ainda tem gente que contesta a utilidade da rede...

P.S. Por sugestão do Eduardo e da Su, comecei a usar o MailWasher, e estou adorando. Vou escrever mais depois -- é que agora acabo de fazer as unhas e se eu ficar aqui digitando vou estragar todo o esmalte.

(Hoje estou bem mulherzinha... )


Um bom blog sobre política -- sobretudo Oriente Médio -- para anglo-parlantes



Meu Deus! Onde anda a Sociedade Protetora dos Animais que não vê uma coisa dessas e não toma uma providência?!

5.4.02



Webmail via pop3

Utilíssima dica do Cat!

Despudoradamente copy-leftada das Parabólicas (para variar...)

Muita gente que só tem webmail sonhava com o conforto de poder acessar suas mensagens através de programas mais amigáveis como o Outlook Express, Eudora, Pegasus Mail, etc. (vide lista). Mais recentemente, passaram a compartilhar deste sonho os órfãos do Mail.com, Iname.com e do Yahoo que perderam a gratuidade dos serviços de mail POP3 e de redirecionamento de mensagens, sendo obrigados agora a pagar uma anuidade ou optar por ler suas mensagens enfrentando as chatíssimas interfaces da web.

Aproveitando habilmente a oportunidade, o programador francês Jean-Michel Aliu, de Montpellier, escreveu o software Web2Pop, que simula a transformação de contas webmail em caixas de entrada no formato POP3. Funciona de forma transparente para o usuário, que pode utilizar seu leitor favorito de emails numa boa. As mensagens entram mais rápido, podem ser lidas e respondidas offline, arquivadas e impressas de forma decente.

A versão mais recente do Web2Pop é a 1.0.3.8 para Windows 95/98/NT/2000. O programa custa US$ 19,95 e já vem configurado para Yahoo e Hotmail. Oferece módulos adicionais para os seguintes webmails: AmexMail, Aol, BigMailBox, CanBox, Caramail, Chek, CommTouch, CommuniGatePro, Critical-Path, DayByDay, Germany, InterMail, I-p, Lycos, Mail.com, MailNow, MailSpace, MyOwnEmail, Netscape, OneBox, Outblaze, T-Online, UReach, XandMail e Zzn.

Se o usuário não estiver certo de qual módulo deve baixar, basta digitar seu endereço webmail ao consultar o banco de dados do site. Por exemplo, um internauta fulano@royal.net descobrirá que o módulo certo para ele é o Mail.com, site que absorveu o serviço oferecido pelo antigo Iname.com, dono original do redirecionamento "royal.net".

O funcionamento é simples e muito bem documentado em inglês e francês. Para cada conta webmail que a criatura tiver (conheço gente com mais de 10 webmails espalhados pela internet) basta abrir uma conta nova de correio no seu leitor de emails, informando como servidor de POP3 simplesmente "web2pop". Mande carregar o software logo à entrada do Windows e está pronto. É um pouquinho lenta a carga de cada conta, mas certamente é muito mais prático e rápido do que o acesso via web.

Um aviso final. Quem decidir adotar o Web2Pop deve tomar o cuidado de configurar seu webmail para sempre limpar a lixeira de mensagens deletadas, para não haver problemas de estouro de espaço.

Meu agradecimento a Christian Haagensen Gontijopela preciosa dica.

E a gente, claro, agradece ao Cat. Valeu, maninho!



Clássicos da MPB





Wagner Tiso e Zé Renato no estúdio da Biscoito Fino, durante a mixagem de Memorial, ante-ontem. Passei lá prum tricô básico com a Giselle mas, já que hoje estou toda musical, adianto: a gravação de Tristeza do Jeca, que Zé Renato canta com Milton Nascimento, está uma das coisas mais lindas que se possa imaginar. As vozes dos dois são muito diferentes mas, curiosamente, ficaram super bem juntas. Bote-se aí aquele arranjo do Wagão, e eu pergunto: dá pra querer mais?


Noite estrelada


Para quem está no Rio: não percam o show de Jane Monheit, no Mistura Fina! Ela ainda se apresenta hoje e sábado; no domingo, faz um último show, fechado. Depois vai pra São Paulo. A moça é, simplesmente, um fenômeno: uma voz de anjo e, além disso, bonita como a Vênus de Boticelli (pintada, porém, por Renoir, na observação perfeita do Chico). Uma daquelas pessoas que a gente ouve convencida de que está diante do começo de algo extraordinário -- Jane só tem 23 anos, mas canta com a segurança e a vivência de uma antiga diva do jazz.

(Um dia ainda vou dizer pros meus netos: "Eu assisti a um show da Jane Monheit quando ela estava no comecinho da carreira, e só tinha gravado dois discos..." Eles, naturalmente, vão me dar uma olhada com aquele misto de espanto e superioridade que a gente reserva aos dinossauros, e vão em frente, cuidar da vida deles...)

A noite foi uma delícia, porque Ivan Lins, que eu adoro e que estava na platéia, acabou dando uma canja, e cantando duas músicas com uma Jane maravilhada de estar dividindo o palco com ele. Muito bonito!

Mais tarde, conversando com ela, descobri que passou a vida entre gatos: seus pais têm 26 gatos em casa, e ela já tem dois, um macho e uma fêmea. Eu diria que é um bom começo...

4.4.02



Oportunidade para paulistas

Acabo de receber este email do Paulinho:

Mamãe, um dos nossos clientes daqui (Broadjump) nos mandou essa mensagem e o pessoal do escritório correu pra me achar e perguntar se conheço alguém. Espalha isso por aí da melhor forma possível. Tenho certeza que eles pagam muito bem. Quem estiver interessado, pode dar o meu email do trabalho, que eu forwardo pro pessoal. Aí vai:

"We are seeking an experienced software sales engineer in Sao Paulo for a contract assignment to provide pre- and post-sales technical support for a key customer...."

O resto taqui.


SPAM

A Rossana, do Wumanity, começou, há alguns dias, uma campanha violenta contra o spam. Nem preciso dizer que a apoio em gênero, número e grau; mas confesso que, há tempos, perdi o ânimo para esta luta, que considero perdida. Hoje, por exemplo, havia 1093 novas msgs me esperando aqui no Globo; delas, pelo menos 800 são spam -- imaginem só o que é este meu pobre email, não só publicado no jornal como exibido on-line desde que O Globo entrou no ar...!

De qualquer forma, como este é um assunto que estaremos abordando na próxima edição do Info etc., andei pesquisando os arquivos do jornal para ver quantas vezes escrevi sobre Spam, em que circunstâncias, etc. Aqui vão dois desses artigos:

Misérias do spam

(08.01.2001)

Li em algum lugar (desculpem, guardei os números mas não a fonte -- grave falha que só posso atribuir ao mau uso de antiga tecnologia chamada papel & lápis) que o internauta típico que recebe hoje três spams por dia, estará, em 2003, recebendo 40 spams diariamente... Em termos de horas de trabalho, isso custará aos cofres de quem arca com a manutenção do referido internauta US$ 400 por ano, contra os atuais US$ 55.

Não me perguntem como essas pesquisas e projeções são feitas; mas, a se crer nelas, temos um futuro complicado pela frente! Quem acha que há exagero da minha parte em reclamar tanto de spam, não sabe o que é abrir a mailbox e perder duas ou três horas lendo e apagando porcarias. Ou, possivelmente, não sabe o que é fazer isso -- e, ao mesmo tempo, tentar levar uma vida normal, em que parte do dia transcorre ao largo do computador. A minha esperança é que até 2003 alguém já tenha inventado um bom e definitivo remédio para o spam. Até lá, o máximo que se pode fazer é afinar os filtros dos programas de e-mail. E reclamar, reclamar, reclamar.

Às vezes a gente tem surpresas engraçadas. Numa dessas reclamadas, encaminhada a um provedor na Polônia, recebi a seguinte resposta:

"Sua mensagem foi recebida e registrada como número 10077. Este caso será considerado de acordo com nossos procedimentos habituais. O invasor será alertado por carta. Depois da segunda ocorrência, seu acesso telefônico à Internet será bloqueado. Se você pedir ao departamento de polícia da sua localidade que investigue o episódio, teremos prazer em colaborar, enviando todas as informações de que dispomos".

Em outras palavras, a Telekomunikacja Polska trata spammers e hackers da mesma forma! É meio radical mas, pensando bem...

E, já que estamos nisso: alguns spams fazem referência a uma suposta "lei" que permitiria o envio de mensagens não solicitadas. Não acreditem. Isto é uma enganação que, ironicamente, faz referência à legislação americana que, em alguns municípios dos Estados Unidos, pune os spammers com multas de até US$ 500 por msg enviada.

As origens do spam

(6.11.2000)

Vários leitores me fizeram a mesma pergunta na semana passada: por que spam? De onde vem essa palavra? Bom. Há alguma divergência em relação a isso, mas de modo geral aceita-se que o uso de spam para definir mensagens de correio eletrônico não-solicitadas vem ou de uma carne enlatada americana meio parecida com presuntada, ou de um sketch do Monty Python em que este spam-carne-enlatada é o principal personagem.

Os que favorecem a etimologia da carne enlatada explicam porque o spam é a metáfora ideal para as mensagens que ninguém quer:

1) Spam é horrível;

2) É impossível fazer algo decente com Spam;

3) Spam não tem o menor valor nutritivo, embora seja extremamente calórico.

O site oficial do Spam merece uma visita: é ótimo! Lá, obviamente, o spam comestível é apresentado como a oitava maravilha do mundo ocidental -- mas a empresa que o fabrica é surpreendentemente bem-humorada (Do FAQ: "Muita gente - sobretudo os comediantes -- gozam vocês. Isso não magoa os seus sentimentos?" "O Spam não vive numa casa de vidro. Ele vem em latas"). Não há referência explícita ao spam eletrônico, mas é óbvio que a Holmer Foods não é boba nem nada, e está tirando bom proveito da súbita popularidade do seu produto. Basta ver a quantidade de itens à venda na página, de camisetas com a estampa da lata a snowglobes com latinhas de Spam, brincos, quadros, bonequinhos...

Para explicar a etimologia Python, é preciso primeiro lembrar que, nos tempos da Internet a vapor, quando os principais termos que usamos hoje estavam sendo inventados, o Monty Python era o grupo favorito de nove entre dez usuários (o décimo não tinha o menor senso de humor). Depois, é preciso descrever o sketch:

Um casal entra num café e escolhe uma mesa; numa outra, um grupo de vikings se diverte. O marido pergunta à garçonete o que há para comer, e ela responde:

-- Bom, temos ovos com bacon; ovos com lingüiça e bacon; ovos com spam; ovos, bacon e spam; ovos, bacon, linguiça e spam; spam, bacon, linguiça e spam; spam, ovos, spam, spam, bacon e spam; spam, spam, linguiça, spam...

E por aí vai, terminando com esta maravilha:

-- Lagosta à Termidor com crevettes em molho mornay, servida à provençal com vieiras e aubergines, e guarnecida com patê de trufas, conhaque e um ovo frito por cima, com spam.

Enquanto isso, os vikings cantam "Spam spam spam, lindo spam..." e a mulher reclama, aos gritos, dizendo que odeia spam.

Não é o sketch mais engraçado do Monty Python, mas como é lógico que o spam entra aí como uma palavra maluca e inconseqüente, que só está enchendo linguiça... O script completo do sketch está aqui.

A palavra em si, "spam", foi inventada por Kenneth Daigneau, que venceu o concurso lançado por Jay C. Hormel para encontrar um nome adequado para a sua criação, em 1937.



Gates 3.0

Taí, outra nota do Nelson Vasconcelos! Esta não é exclusiva -- o orçamento deste blog ainda não permite essas extravagâncias -- mas diretamente copyleftada das Parabólicas.

RIO -- Com imensa satisfação, Bill Gates e Sra vêm a público anunciar: estão esperando o terceiro filho. Se tudo der certo, deve nascer em outubro. Geralmente, os produtos da Microsoft atrasam um pouco. Neste caso, dizem fontes próximas ao caso, o atraso não deverá ser tão grande -- por questões inerentes à empresa.

A nova versão da série vai fazer companhia às crias anteriores, Jennifer, de 5, e Rory, de quase 3 anos de idade. Garante a Divisão de Desenvolvimento da Microsoft: todos os bugs das versões anteriores foram corrigidos.

E que Deus proteja a todos. (N.V.)


Mulherão Big Brother

Olha, eu não quero humilhar ninguém, mas blog fino é outra coisa! Tem até nota exclusiva do Nelson Vasconcelos, colunista de Economia do Globo, é mole?!

RIO -- Parem as máquinas. Em primeira mão, a capa da próxima Playboy, aproveitando -- claro -- o sucesso do Big Brother. Está circulando pela internet. O cachê da modelo ainda não foi divulgado. Aproveitem. (N.V.)



YACCS

O Cassio Silva deixou este off-topic nos comentários do post sobre tradução:

"Não tem nada relacionado ao seu post, só queria deixar um recado que o YACCS está subindo no telhado. Dê uma olhadinha na página principal do YACCS, ou nesta aqui. Agora é torcer para que ele não chegue na beira do telhado para os usuários antigos."

Bom, então -- como dizia Jack, o estripador -- vamos por partes. Li o FAQ que o Hossein escreveu com a maior atenção; na verdade, o que ele acaba de fazer -- não aceitar novos assinantes para o serviço até segunda ordem -- é, justamente, uma medida preventiva para que o YACCS não venha a subir no telhado. Ele chegou ao seu limite de banda. Se continuasse aceitando novos usuários, iria, sim, para o brejo, como já foram tantos antes dele.

Gostei da explicação que ele deu para não transformar o YACCS num sistema pago: ele não tem tempo para os aborrecimentos normalmente enfrentados por prestadores de serviços pagos, como ter de oferecer suporte contínuo, ter de lidar com cobranças e/ou devolução de grana, etc. Faz bastante sentido.

Mas não se preocupem, porque ele pretende continuar mantendo o YACCS (graças a Deus!) e até implementando o que está aí; o fato de recusar novos assinantes é prova desse cuidado.

Como é que a gente pode ajudar?

Em primeiro lugar, com banda. Se alguém tiver banda sobrando que possa ceder, é uma. Se você não sabe o que é isso, nem sabe se tem banda sobrando ou não, você certamente NÃO TEM, portanto esqueça esta parte.

Em segundo lugar, como eu sugeri há algumas semanas -- mas tão pouca gente se comoveu e/ou mobilizou: vamos dar um help financeiro ao rapaz, puxa vida! Afinal, ele está gastando do bolso dele para que a gente possa usar o YACCS... E é tão fácil: basta ir à Amazon, dar o número do cartão de crédito e pronto: vale qualquer doação a partir de US$ 3.

Será que a gente não pode mesmo abrir mão de uma revista ou de uma entrada de cinema para reforçar o caixa de um cara que nos oferece uma coisa tão legal? Que tal começarmos uma campanha pró-YACCS, passando um pires virtual pelos nossos blogs? Eu já dei a largada; se vocês olharem a barra à esquerda, vão notar um novo botão, Comments by YACCS, que leva direto ao cofrinho do Hossein, na Amazon.

Espalhem essa idéia por aí: o rapaz merece.

PS -- Pronto, Luis Alberto! Agora você já pode fazer seu comentário sobre como o Software Livre é a salvação... E não, Marina, pelo que tenho lido nos posts do Evan, o caso do Blogger é bem diferente. Ele estava mesmo soltando blog pelo ladrão, mas andou fora do ar porque deram uma geral no sistema, que recebeu um upgrade. Nas palavras do Evan, estamos "sofrendo um pouco agora para que as coisas melhorem muito".

3.4.02



Lagoa: do outro lado da rua
















Help: há algum botânico na casa?!

Me disseram que essa árvore (ou, pelo menos, a sua fruta) se chama coco abricó-de-macaco, mas não tenho certeza. Primeiro aparecem os cocos abricós; depois, explodem essas flores que duram pouquíssimo e têm um cheiro maravilhoso. Alguém sabe dizer que planta é essa? Ela é parente de quem?

(Fotos feitas com a Kodak DC4800 e, nos closes, lentes de macro de 7X e 10X)

Adendo, em 5.04.02: Nada como ter leitores safos! Muito obrigada, meninos! Há ótimos links para a árvore aqui, aqui e aqui.

2.4.02



Tradução hi-tech

Algumas pessoas têm súbitas iluminações e descobrem uma forma de enriquecer; outras têm súbitas iluminações e descobrem por que não enriqueceram. Na semana passada, conversando com Barry Gilbert, um dos vice-presidentes da Bowne Global Solutions, eu tive exatamente uma dessas iluminações. Do segundo tipo, digo.

Quando chegaram ao Brasil os primeiros softwares traduzidos — o Wordstar (alguém ainda lembra?), alguma coisa da Lotus, muita coisa da M$ — eu fiquei chocada com a péssima qualidade das traduções. Escrevi incontáveis colunas reclamando, e descobri que a maioria era traduzida por grupos de brasileiros que viviam no Canadá e em Salt Lake City há mais de 20 anos, aparentemente sem qualquer contato com o Brasil — o que explicava boa parte das barbaridades.

Eu não fui, obviamente, a única pessoa a perceber a monstruosidade. Mas enquanto eu clamava aos céus, a turma da Bowne, quietinha lá em Massachusets, criava uma empresa para oferecer às desenvolvedoras de software uma solução (na verdade, várias soluções) para o calamitoso problema. Resultado: eles estão milionários, e eu continuo aqui escrevendo. Hoje eles têm 1.600 funcionários, em 22 países, trabalhando com 37 diferentes línguas e variantes (por exemplo, português do Brasil e de Portugal). A minha sorte é que o mundo gira, a Lusitana roda e os assuntos mudam. Por exemplo, a tradução de software, que depois passou a se chamar “localização” (argh!) e hoje se chama “globalização” (um pouco menos argh!), melhorou consideravelmente — e virou uma indústria que movimenta, hoje, dois bilhões de dólares.

— Não se trata mais de uma simples tradução — explicou Gilbert. — Temos hoje uma visão holística do serviço. O idioma é, claro, um pré-requisito fundamental para a globalização, e deve ser levado em consideração ao longo de todo o processo, mas tão importante quanto isso é uma compreensão abrangente do mercado local, da sua cultura e das suas características específicas.

Para ele, a língua é só o começo do processo. Entender as peculiaridades de cada país e de cada mercado são fatores decisivos para o sucesso de uma boa globalização. Concordo inteiramente. Mas para mim, que sempre compreendi tradução como bem mais do que a simples transposição de um termo de uma língua para outra, a boa compreensão da cultura local sempre esteve implícita no jogo. Tudo o que faz com que uma pessoa na Cingapura entenda e use bem um software desenvolvido no Brasil continua, na minha cabeça, sendo tradução.

Eu entendo, porém, as tentativas que vêm sendo feitas para se encontrar palavras mais impressionantes para a função. Afinal, como pode constatar qualquer pessoa que trabalha no ramo, a tradução é uma das profissões mais mal pagas do planeta. Amarrado a este modesto ofício, o negócio nunca teria chegado às cifras monumentais que o envolvem.

(“Não é só software que sofre com problemas de má tradução ou globalização”, observou José Carlos Sampaio, o homem da Bowne no Brasil. “Quando você pega o manual de uma Mercedes...” Tive que explicar que, infelizmente, nunca vi o manual de uma Mercedes.)

Tá certo. Verdadeira ponte entre vários mundos, a tradução (ou globalização, se vocês preferirem) tem mesmo que ser valorizada e reconhecida.

1.4.02



M$ compra o DMOZ e cria o G.O.D.!!!


Ou seja: o Gates Open Directory. Isso significa que o vasto repositório de contruibuições dos internautas está agora nas mãos de Tio Bill; por trás, um sistema de Inteligência Artificial baseado no Clippy, aquele clip que oferecia ajuda no Word...

Se vocês ainda não visitaram o dmoz.org hoje, não deixem de fazê-lo, para ler a reportagem completa.


Já está no ar a imagem do mês do Amador Perez, que tem um dos sites mais bonitos da internet BR. Visitem, vale a pena.