29.6.07

iPhone

O eBay já está cheio de anúncios de iPhones. Os preços começam em US$ 900, e chegam a US$ 2 mil.

Numa olhada superficial, ainda não encontrei nenhum vendido; essa galera apostou em baixos estoques mas, de acordo com os blogs e sites de tecnologia, as vendas nas lojas estão sendo tranqüilas.

Update: O de US$ 999,95 já foi vendido. Tem doido para tudo!

Outro update: Montes de links para o Grande Evento aqui.

Mais: Esses caras aqui prometem destripar um iPhone ao vivo.

Millôr, Hélio, Lelê e Felipe



Eliana no camarim



Olivinha dá entrevista antes do show



28.6.07


(Clique para ampliar a imagem)

O fã-clube da Nokia parte para o ataque... ;-)

Eu acho que o iPhone é, de fato, o celular do futuro: ficará pronto dentro de duas ou três gerações. E fico com o celular do presente, o Nokia N95, que já está nas lojas desde o começo do mês -- e é, esse sim, uma máquina verdadeiramente assombrosa.

(Valeu, Lucas!)

BLOG!




As Bestas da Barra e sua "diversão" sinistra

A sociedade deve um abraço apertado
e um sincero pedido de desculpas a Sirley Dias


Não gosto de futebol, mas entendo perfeitamente que milhões de pessoas achem muito divertido ir aos estádios ou sentar em frente à televisão para acompanhar jogos e campeonatos. Também detesto escalada, mas não é difícil imaginar por que tanta gente se diverte escalando; ou fazendo crochê, ou participando de maratonas, ou jogando sudoku, ou indo a bingos, ou se jogando em raves, ou curtindo tantas outras atividades que não chegam a se enquadrar no meu conceito de diversão. Mas, por mais esforço que faça, não consigo -- mas não consigo mesmo -- imaginar como alguém se diverte massacrando outro ser vivo.

Tenho pensado nisso desde que li que cinco criaturas, supostamente humanas, pararam o carro num ponto de ônibus para agredir uma mulher indefesa, a quem não conheciam e que não lhes tinha feito qualquer mal, apenas para se divertir; nem percebo o que há de tão engraçado na cena para que o inocente do grupo tente escapar à punição que merece alegando que chutar não chutou, apenas ficou de lado, confessadamente "rindo e debochando".

Pergunto: isso é uma reação normal? Ou eu é que vivo num outro mundo, e não estou acompanhando os novos tempos? É engraçado ver uma mulher, humilde ainda por cima, apanhando, desesperada, de quatro marmanjos?! É divertido chutar alguém? É bom causar sofrimento? Distrai? Relaxa? De onde vem o barato, dos gritos da vítima ou dos pés que deformam o rosto?

A impunidade, essa praga que sufoca o país, tem sua parte na história, mas não lhe muda a essência. Não é porque "não vai acontecer nada" que alguém tem prazer em espancar uma criatura mais fraca; é porque não guarda mais qualquer vestígio de bons sentimentos, qualquer sinal de compaixão, qualquer capacidade de se pôr no lugar do outro. A cadeia, num caso desses, serve para proteger a sociedade de indivíduos que, obviamente, não estão preparados para conviver com os demais; mas não os protege de si mesmos, ou do seu fracasso como seres humanos.

* * *

Deu no jornal: o padrasto de Felippe de Macedo Nery Neto declarou ao delegado que o enteado ganhara o carro usado pelo grupo dois dias antes. Declarou também que ele sofre de déficit de atenção e hiperatividade, seja isso o que for, e que toma dois remédios de venda controlada, como se fosse alguma espécie de atenuante. Não é. Todos conhecemos pessoas que tomam medicamentos de venda controlada, e que nem por isso saem por aí atacando desconhecidos. Por outro lado, se a moléstia dessa besta é tão incapacitante, que se aplique punição também a quem a deixa solta e, ainda por cima, lhe põe um carro nas mãos.

Felippe, vale lembrar, foi o mancebo que declarou à polícia ter confundido Sirley com uma prostituta -- exatamente como Tomaz de Oliveira, Max Rogério Alves, Eron Chaves Oliveira e Antônio Novely Cardoso de Vilanova, que há dez anos atearam fogo ao índio Galdino e, em sua defesa, alegaram tê-lo confundido com um mendigo.

Aliás, quanto mais os pais dos agressores se manifestam, mais clara fica a origem do comportamento dos monstros que criaram. No mesmo jornal que trazia o depoimento do padrasto de Felippe, Ludovico Ramalho, pai de Rubens Arruda, fazia um retrato falado da decomposição social do país:

-- Queria dizer à sociedade que nós, pais, não temos culpa. Mas não é justo manter presas crianças que estão na faculdade, estão estudando, trabalham. Não concordo com a prisão na Polinter, ao lado de bandidos. Vão acabar com a vida deles. Peço ao juiz que dê uma chance aos nossos filhos.

Depois, explicou que Sirley estava cheia de hematomas por ser mulher, e "ficar roxa com apenas uma encostada". Suponho que ele tenha dado muitas encostadas em mulheres para falar com tal conhecimento de causa.

Sinceramente? Tenho pena dos bandidos da Polinter, que serão obrigados a conviver com essas "crianças", esses mauricinhos psicopatas que se consideram tão superiores.

* * *

O que aconteceu com Sirley não foi uma atrocidade ocasional. Empregadas que têm a infelicidade de esperar condução no horário em que rubens e felippes voltam das noitadas são invariavelmente humilhadas por esses cretinos motorizados, que diminuem a velocidade das máquinas quando passam pelos pontos de ônibus:

-- Vai trabalhar, paraíba! -- gritam os inúteis. -- Tem que ralar mesmo, mocréia!

Como em geral fica só por isso, elas engolem a mágoa e não dizem nada. Quando dizem, revelam-se acostumadas, como se fosse possível a alguém acostumar-se à maldade e ao preconceito.

* * *

Quanto a eles, aposto que têm, todos, um futuro brilhante: a política os aguarda de braços abertos. No Congresso Nacional, há lugar de sobra para gente com os antecedentes de Rubens Arruda, Felippe de Macedo Nery Neto, Leonardo Andrade e Júlio Junqueira.

Guardem esses nomes!


(O Globo, Segundo Caderno, 28.6.2007)

Que linda lua!



Melhor que Porta de Geladeira

O Windows tem todos os recursos necessários para anotações rápidas. Saiba como utilizá-los

Uma dica do Tom Taborda
Hoje em dia, nos deparamos cada vez mais com páginas da Internet que queremos guardar, textos interessantes que valem a pena copiar, ou apenas anotações rápidas, listinhas ou lembranças. Mas não estou falando dos bookmarks, ou salvar um texto, mas bilhetinhos virtuais temporários, coisas que nem valem a pena salvar, só guardar temporariamente. O Windows já traz embutido tudo que você precisa para isso. Vamos lá:

A primeira providência eé deixar o desktop visível, por trás das janelas abertas, nas etapas abaixo.

  • Para salvar páginas da Internet: na Barra de Endereços do browser, basta arrastar o ícone à esquerda da URL para o desktop. E pronto!

  • Para salvar textos e anotações: abra o WordPad (considero este leve applet do Windows tão útil, que ele está no QuickStart, à direita do botão Iniciar, na Barra de Tarefas); digite ou cole o texto copiado; use as teclas CTRL+T para selecionar tudo; finalmente arraste o texto selecionado para o desktop, assim criando automaticamente um scrap/recorte. Obs.: recomendo renomear o scrap, para melhor identificação do conteúdo. E pronto!

  • O problema desta facilidade toda é a gente acabar entulhando nosso desktop, com dezenas de ícones de anotações temporárias. Mas, para isso, também tem uma elegante solução:

    Criar uma Nova Pasta no desktop: clique com o botão direito do mouse sobre uma área livre do desktop, abrindo um menu > ‘Novo’ > ‘Pasta’ > renomeie a pasta (‘Scraps’).
    Arraste todos os scraps para cima deste novo ícone ‘Scraps’. Plim! Você acaba de limpar seu desktop, jogando tudo dentro da nova pasta.

    Até aí, tudo bem. Mas aqui entra o ‘pulo-do-gato’ desta dica, que é acessar diretamente o conteúdo da pasta Scraps, criando um atalho na Barra de Tarefas: clique com o botão direito do mouse sobre uma área livre da Barra de Tarefas, abrindo um menu > ‘Barra de Ferramentas’ > ‘Nova Barra de Ferramentas’ > abre uma janela com as opções > escolha a pasta ‘Scraps’ > ‘OK’. Mais uma vez: pronto!

    Agora temos um atalho, ‘Scraps’, no canto direito da Barra de Tarefas. Basta clicar no sinal ‘>>’ para exibir um menu que permite o acesso direto ao conteúdo desta pasta. É só clicar no ícone desejado, que abre a anotação feita. Seja ela um texto no WordPad, ou uma página da Internet.

    Só não se esqueça de, de vez em quando, fazer a faxina da pasta Scraps.
  • 27.6.07

    Caí em tentação...



    Netcat



    Pogue, Mossberg e o iPhone

    David Pogue, do New York Times, e Walter Mossberg, do Wall Street Journal, andam com iPhones há duas semanas, e postaram suas avaliações sobre o gadget mais badalado do mundo.

    O brinquedinho é realmente lindo e tentador e, nem preciso dizer, é claro que terei um quando chegar ao Brasil. Não será o meu celular de trabalho, mas para quem já carrega dois ou três celulares na bolsa, um a mais um a menos...

    Entretanto, é impossível prever quando e como o iPhone chegará a essas bandas. O pior é que nem adianta se trazer um dos Estados Unidos, já que a única maneira de adquiri-lo é fechando um contrato de dois anos com a ATT, e usando a maldita conta -- o que significa, no caso do Brasil, pagar roaming e DDI para falar ali na esquina.

    Apesar da beleza do hardware e da interface super atraente do iPhone, os americanos, viciados em CDMA, ainda não entenderam o princípio básico do GSM, que é a possibilidade de trocar de operadora e de celular à vontade, apenas mudando o simcard de aparelho: assim como a bateria, o simcard do iPhone é lacrado dentro do celular.

    25.6.07

    Com Barlow



    Utilidade pública

    Filipeta recolhida hoje à tarde:
    Couro não se joga fora!

    Geraldo Spozel, consertos

    Reformas, forração e pinturas de roupas de couro, camurça, chamois, jeans, sapatos, malas, cintos e bolsas.

    Limpeza e lavagem de roupas de couro em geral, camurça, chamois e pele.

    Tratamento anti-mofo

    Confecção de calçados sob medida; atendemos em domicílio.

    Rua Siqueira Campos 75, loja A (ao lado do Supermercado Mundial)
    Não há de quê.

    Herborista



    Copacabana



    iPhone: em plena contagem regressiva


    A cinco dias da chegada do iPhone às lojas, no próximo dia 29, praticamente não se fala em outra coisa no mundo hi-tech; nos Estados Unidos, particularmente, a expectativa é ainda maior do que a da turma que, ansiosamente, aguarda o novo Harry Potter. Alguns poucos privilegiados já estão usando o aparelho. Um deles é Walter Mossberg, o poderoso colunista de tecnologia do Wall Street Journal, que recentemente deu a entender que não está de todo satisfeito: o teclado touch-screen é uma aparente pedra no seu caminho.

    Para quem se comunica através de torpedos, como a maioria dos adolescentes (e uns tantos adultos), a falta de teclas fisicamente sensíveis pode ser um banho de água fria. O iPhone vem com um dicionário que se propõe a "adivinhar" as palavras e corrigi-las à medida em que são tecladas, mas este tipo de recurso está longe de ser unanimidade entre os usuários.

    Há outros pontos questionáveis no lindo aparelho: a falta de espaço para um cartão de memória e a impossibilidade de trocar a bateria são suficientes para desanimar usuários mais empedernidos, para quem a memória interna de 4 ou 8 Gb e as oito horas de funcionamento prometidas pela Apple não bastam.

    Ninguém duvida de que o iPhone vai ser um sucesso, pelo menos na primeira hora. A onda que se fez a seu respeito garante isso. Ele é um dos mais cobiçados objetos de desejo do momento, há blogs fazendo contagem regressiva para a sua chegada ao mercado e publicando fotos de possíveis iPhones vistos em público; as filas nas portas das lojas da Apple e da AT&T prometem ser históricas.

    O telefonino é indiscutivelmente bonito, como tudo o que sai da Apple. Traz alguns toques novos, sobretudo na tão decantada interface touch-screen, mas, pelo que se sabe até aqui, não chega a ser a revolução apregoada por Steve Jobs. Na verdade, muito do hype em torno do aparelho acontece, a meu ver, pelo fato de estar sendo lançado nos EUA, país notoriamente atrasado em termos de cultura celular.

    Várias das suas "novidades" já existem há tempos em outros smartphones e PDAs, a começar pelo hoje prosaico Palm, precursor de muitas e interessantes bossas, ou qualquer bom Symbian. Graças à infinidade de aplicativos hoje existentes para eles, é difícil que o fechadíssimo iPhone venha a tomar seu lugar -- pelo menos, no coração de quem associa celular a produtividade.


    (O Globo, Infoetc., 25.6.2007)

    23.6.07


    Café Millôr

    A Bia Badaud descobriu lá em São Paulo, e a Kidity descobriu na internet.

    Muito legal, né? :-)

    22.6.07

    Teclar ou não teclar, eis a questão

    A uma semana da mais que badalada chegada do iPhone às lojas, praticamente não se fala em outra coisa no mundo hi-tech. Alguns poucos privilegiados já estão usando o aparelho. Um deles é Walter Mossberg, o poderoso colunista de tecnologia do Wall Street Journal, que já deu a entender que não está 100% satisfeito com o brinquedinho: o teclado touch-screen é uma aparente pedra no seu caminho.

    Para quem se comunica através de torpedos, como a maioria dos adolescentes (e uns tantos adultos) a falta de teclas fisicamente sensíveis pode ser um banho de água fria. O iPhone vem com um dicionário que se propõe a "adivinhar" as palavras e corrigi-las à medida em que forem sendo tecladas, mas este tipo de recurso está longe de ser unanimidade entre os usuários.

    Felipe, Bruno e Millôr



    Musicovery

    Barulhinho bom... e muito divertido!

    20GB a mais para celulares: que tal?

    Depois de lançar uma série de discos rígidos externos irresistíveis, a Seagate promete para julho uma solução para usuários de celulares insatisfeitos com o pequeno espaço de armazenagem de que dispõem: um HD de 20GB, do tamanho de um cartão de crédito, que se conecta via Bluetooth, wi-fi e USB.

    O pequeno prodígio atende por DAVE (de Digital Audio Video Experience), pesa 70 gramas e se instala automaticamente quando colocado perto do celular; depois, pode ser guardado no bolso ou na mochila. A conexão é estável a distâncias de até nove metros, e o controle dos arquivos é feito através do telefone.

    Apesar de dirigido a quem quer ampliar a capacidade de guardar sons, imagens e vídeos do celular, o DAVE é compatível com qualquer aparelho que use Bluetooth, wi-fi ou USB -- até mesmo os bons e velhos notebooks.

    21.6.07

    Olhaí, Lucas!




    Assassinato na São Clemente

    Na sexta passada, na hora do almoço, eu estava chegando à casa do nosso amigo Bianco, em São Conrado, quando minha sobrinha ligou, para avisar que tudo estava bem com ela e com a Laura. Fiquei espantada:

    -- Ué, há algum motivo para que não esteja tudo OK?

    Havia sim. Um ônibus desgovernado subira a calçada do prédio onde moram e atropelara várias pessoas. Ju, que chegou poucos minutos depois do acidente, quase desmaiou quando ouviu de populares que havia uma senhora muito ferida: aquela era a hora em que a Laura sairia de casa. Passado o susto, as duas, com medo de que eu estivesse assistindo ao noticiário e entrasse em pânico ao ver o local do acidente, preferiram me tranqüilizar.

    Infelizmente minha amiga Suely Coelho, que conquistou uma legião de fãs e amigos dedicados com o simpático blog "A blogueira dos enta", não teve a sorte de contar com o mesmo alívio. A senhora ferida era sua mãe Elizabeth, de 65 anos, que veio a falecer no início da madrugada de sábado.

    Suely e a família passaram pela via crucis de todo carioca desesperado. Não havia vaga na UTI de nenhum hospital, público ou particular, nenhuma autoridade se manifestou, a empresa de ônibus saiu fora. Em suma: como sempre, os cidadãos que se lixem.

    * * *

    "Fui impedida de entrar no hospital antes das 18h30, -- escreveu. -- Não queria aceitar a gravidade do caso, mas ao mesmo tempo a intuição dizia que algo não estava bem. Quando cheguei à sala de ressuscitação anexa à enfermaria, lá estava ela, numa maca de metal, respiração ofegante, toda agitada, mas já em coma. Desesperei. Queria que os médicos me dessem a resposta que queria ouvir, que ela sairia dessa. Fiquei numa busca frenética por opiniões e por médicos.

    Liguei para a companhia de transportes, falei duas vezes com um inspetor que informou que a empresa tomaria providências, que os diretores seriam avisados e que eu aguardasse. Nunca mais consegui falar com ele. Procurei por hospitais que pudessem receber minha mãe, mas nenhum tinha vagas na UTI.

    Meu irmão, também colhido pelo ônibus, elogiou muito o Corpo de Bombeiros. Um dos bombeiros que foi até a sala quando eu estava lá disse que minha mãe o abraçou, e que estava muito assustada.

    Todos os profissionais foram competentes, mas como é que um só neurologista pode atender a todo o hospital?! Chegava gente baleada, eles tinham que dar atenção imediata... Até me disseram que ela não podia ter sido melhor assistida, o que talvez seja verdade do ponto de vista humano, mas como se conformar com essa falta de estrutura?"

    Na internet, d. Elizabeth deixou de ser apenas mais uma estatística, mais uma vítima da violência que nos cerca de todos os lados, de todas as formas. Entre as fotos de família, os depoimentos da Suely e seu diálogo com os amigos que vieram dar abraços, confortar e manifestar tristeza e solidariedade, acabamos todos meio órfãos da senhora alegre, cheia de vida, saúde e disposição.

    * * *

    "A gente levava nossa vidinha, -- continua Sue. -- Ela ativa e disposta. Sempre com aquele tom de mãe que quer ensinar. Não foi de super proteger, queria que os filhos fossem independentes e fortes como ela. Não sei se sou assim, como ela desejava. Fui a filha que eu sabia ser. Sei que posso tê-la desapontado algumas vezes, como ela também, mas nos amávamos do nosso jeito. Mãe que adorava uma margarida, mãe que adorava opinar, mãe companheira, mãe que reclamava do peso extra, mãe que se preocupava com os nossos problemas e saúde. Ser mãe é assim, ser do jeito dela, aquele jeito brejeiro de mãe sapeca, mãe atleta, mãe espevitada. Queria tantas vezes ler seus pensamentos, ela não exprimia tudo, era assim contida, como eu. Ela era tudo, era a minha mãe."

    * * *

    Esta foi a segunda vez, na mesma semana, que um ônibus da Vila Isabel sofreu falha mecânica grave. Neste, a barra de direção quebrou; o outro perdeu o eixo e as rodas na Praia do Flamengo. Mas o pior é que, enquanto as empresas de ônibus forem a máfia que são, e as autoridades continuarem compradas como estão, nada vai mudar.

    Para mim, d. Elizabeth (de capacete rosa na foto) foi assassinada, e os culpados são, em igual medida, a empresa de ônibus e as autoridades podres da nossa cidade, que nem inspecionam os ônibus, nem cuidam da manutenção das pistas. A São Clemente, onde aconteceu o acidente, vive de meias-solas e está cheia de desníveis. Não é uma rua, é um deboche.

    O motorista, dessa vez, foi mais uma vítima: obrigado a dirigir um veículo sem condições de ir para as ruas, está sendo processado e vai carregar, para o resto da vida, a culpa pelo acidente que não pode evitar.

    (O Globo, Segundo Caderno, 21.6.2007)

    Keaton, dando duro



    19.6.07


    Banda Larga

    Gil acabou de compor a música de trabalho da próxima turnê no domingo de madrugada. Mais tarde, na cozinha de casa, mostrou para Flora, Gilda, o netinho Bento e o Moreno (que faz uma participação especial no fim do video).

    Andrucha Waddington também estava lá, e registrou essa primeira audição informal com... um celular! Ficou o máximo, reparem só.

    16.6.07

    Tragédia carioca



    Ontem eu estava chegando à casa do nosso amigo Bianco, em São Conrado, quando a Ju ligou, para avisar que tudo estava bem com ela e com a Laura. Fiquei espantada:

    -- Mas há algum motivo para que não estivesse?

    Havia sim. Um ônibus desgovernado subira na calçada do prédio onde moram e atropelara várias pessoas. Ju chegou poucos minutos depois do acidente e quase desmaiou quando ouviu de populares que havia uma senhora muito ferida: aquela era a hora em que a Laura sairia de casa.

    Passado o susto, as duas, com medo de que eu estivesse no jornal e entrasse em pânico ao ver o local do acidente, preferiram me tranqüilizar.

    Infelizmente minha amiga Suely Coelho, a Blogueira dos enta, querida de tanta gente no mundo dos blogs, não teve a sorte de contar com o mesmo alívio: a senhora ferida era sua mãe Elizabeth, de 65 anos, que faleceu no início da madrugada.

    Sue e sua família passaram pela via crucis de todo carioca desesperado. Não havia vaga na UTI de nenhum hospital, nenhuma autoridade se manifestou, o médico da empresa de ônibus só ligou ao meio-dia para oferecer seus serviços.

    Em suma: como sempre, os cidadãos que se lixem.

    Esta foi a segunda vez, numa semana, que um ônibus da Vila Isabel sofreu falha mecânica grave; neste a barra de direção quebrou, o outro perdeu o eixo e as rodas na Praia do Flamengo.

    Para mim, d. Elizabeth (que aparece no círculo na foto acima, junto com o filho Marco, também atingido pelo 157) foi assassinada, e os culpados são, em igual medida, a empresa de ônibus e as autoridades podres da nossa cidade, que nem inspecionam os ônibus, nem cuidam da manutenção das pistas.

    A São Clemente, onde aconteceu o acidente, parece trilha de Enduro, de tantos buracos.

    Considero o motorista mais uma vítima: obrigado a dirigir um veículo sem condições de ir para as ruas, vai carregar, para o resto da vida, a culpa pelo acidente que não pode evitar.

    O pior é que enquanto as empresas de ônibus forem a máfia que são, e as autoridades continuarem compradas como estão, nada vai mudar.

    Até o boteco já está fechando!



    15.6.07





    Escreve o Rick, amigo da Laura:
    "Veja alguns flashs dos beija-flores lá da roça, perto das Agulhas Negras. Os que têm a barriga marrom nasceram num ninho feito numa prateleira de plantas ao lado da casa (o que está pousado na mão e o mal encarado do arame).

    Os demais são frequentadores assíduos da casa há muitos anos. Esse mal encarado era muito fraquinho quando nasceu e eu pensei que não fosse viver. Apesar de meio atarracado, ele é o mais agressivo e fica de plantão ao lado do bebedouro atacando qualquer outro que chegar perto da água, exceto os pássaros que não são beija-flor.

    Ele voou pela primeira vez um mês depois do irmão. Até berne eu tirei do peito do bicho quando ainda estava no ninho. Bem, tem história de pescador, tem história de caçador, tem história de mula sem cabeça, mas essas de beija-flor eu posso comprovar. Quer dizer, eu não, a máquina da Alice."

    Ufa!



    Finalmente andamos um pouco!



    A Atlântica está toda parada



    Não adianta fugir...



    Ai, que engarrafamento!



    Simbora!



    Bianco, Ziraldo e Millôr



    Nina



    O jardim está lindo