31.7.03




Lo stesso cuore



Chegaste à versão cinco ponto zero
Ostentando sorriso primaveril
Resultado de muitas viagens
Aqui e também longe do Brasil.

Rogamos: para que preocupar-te?
Os teus felinos te dão a chave.
No futuro serás como os gatos
A viver sete vidas sem traves
Intrépida capitã dos fatos.

Junto com as rosas da minha querida turma do Info etc., o poema do André Machado. Não é o máximo?!







Obrigada, Paulinho! :-)

Há mais fotos dos gatos e da minha cesta LINDA lá no Fotolog. Fiquei tão contente com esse presente -- ainda por cima pelo fato de ter vindo um dia antes!

No dia do aniversário propriamente dito a gente sempre espera alguma coisa, mas essa delícia me pegou mesmo de surpresa.

Passei o dia todo feliz da vida, lendo o cartãozinho.


Trapos no tempo e no espaço

A Bia abriu a porta do meu guarda-roupa. Exclamou:— Mãe! Isso está ridículo! Você tem que tomar uma providência.

Olhei para o amontoado de roupas e tomei a providência cabível: o Disque Sua Irmã.

— Laura! O meu guarda-roupa está ridículo! Você tem que ver!

Minha irmã é o tipo de mulher com quem se pode contar nas emergências. É solidária, tem senso prático, determinação. E duas filhas adolescentes. Ainda está para nascer armário que lhe meta medo. Aproveitamos que o inverno todo caiu no domingo e que ninguém precisou ir à praia para arregaçar as mangas; i.e., ela arregaçar as mangas. A mim, me foi permitido permanecer no quarto, prestando eventuais esclarecimentos técnicos.

— Lixo.

— Pô, uma camiseta da Comdex 86...?

— Lixo vintage. (Pausa) Mais lixo...

— Mas não, essa tem valor afetivo! Foi da campanha das Diretas Já.

— Lixo histórico. E as desse saco?

— Rosinha Não.

— Lixo.

— Lixo?! Rosinha Não?! Ainda vai ter muita passeata precisando...

— Tá, então essas ficam. E isso, o que é?

— Caramba, que legal! O lançamento do 386...! (Para quem não sabe: um chip a vapor.) Essa eu não via há tempos.

A Laura nem se dignou a olhar para mim. Era óbvio que eu não via a parte de dentro do armário todo há muito tempo.

* * *


O que parecia trabalho de algumas horas tomou o domingo inteiro. A arqueologia dos hábitos que me fazem foi mais complicada do que imagináramos. Como todo mundo que vive se desentendendo com a balança, eu também tenho um guarda-roupa em camadas. Numa, as roupas que me cabem direitinho e que se parecem comigo; noutra, as que cabem, porém foram erros terríveis de julgamento; na terceira, as que um dia couberam, e nas quais espero entrar novamente. Ao contrário das que couberam, e estão largas demais — e espero que nunca mais sirvam.

Isso para não falar na camada mais estapafúrdia de todas, a das que nunca serviram muito bem, compradas em momentos de entusiasmo leviano — as que as vendedoras garantiram que ficaram perfeitas.

* * *


Atravessando as camadas todas há um cerne intangível, a célula tronco, situada em plano ainda mais complicado, sentimentalmente, que o das camisetas. Nele, os jeans que usei aos 17 anos quando, ao cabo de um regime de fome, ouvi dos amigos — para meu máximo contentamento — que estava magra demais e precisava engordar. O pretinho básico em que gastei tudo na primeira viagem que fiz a Londres, e que foi, durante anos, a minha melhor roupa. O blazer vinho elegantérrimo, que é tudo o que eu queria ser mas não sou. E assim por diante, sem mais dizer.

Em síntese: meu armário, antes da metódica e eficiente faxina da Laura, era o equivalente a uma gigantesca cebola de pano, em que cada peça guardada podia ser interpretada, metaforicamente, como um pedacinho do passado ou, pior, como um sonho frustrado ou ainda não realizado.

Há um momento na vida, porém, em que a gente tem que ter coragem. E acontece que hoje — exatamente hoje — estou fazendo 50 anos. Nunca mais terei 49. Chegou a hora de jogar fora a camiseta do show do Paul McCartney.

* * *


Não sei se isso é experiência comum aos colegas da safra de 53, mas o fato é que eu, definitivamente, não estava preparada para esta parada. A grande data da minha vida, esperada a vida inteira, foi o Ano 2000. O tema era recorrente, volta e meia alguém tocava no assunto, de modo que, desde criança, tive consciência de que, naquela inatingível data do futuro, eu teria já 47 anos.

Todas as preocupações e todos os cálculos da minha infância e juventude foram, conseqüentemente, desenvolvidos a partir deste número, 47. Os 50 me pegaram absolutamente desprevenida. Agora mesmo, ao digitar 5 e 0 tive profunda sensação de estranheza. Cinquenta?! Como, 50?! Por extenso ou em algarismos?!

* * *


Na hora do jantar, a Bia perguntou sobre o que eu ia escrever.

— Estou pensando nesse lance dos 50 anos.

— Ah, mãe, não acredito! Você vai falar da tua idade?!

— Vou, ora. Não consegui pensar em outra coisa a semana inteira! Tenho que exorcizar.

— Então tá, né? Se é para exorcizar... Embora eu não tenha noção do que você está querendo dizer com isso.

— Pensando bem, já foi exorcizado há tempos. Foi-se a época em que as mulheres paravam de fazer anos aos 35, entende?

— Isso é verdade, progredimos muito. Hoje os homens também mentem a idade. E todo mundo pára nos 38.

— É, mas alguém ainda cai nessa? Adianta alguma coisa? O tempo respeita?

Pois sim... Como diz o Millôr, idade é a que a gente tem na carteira de identidade.


(O Globo, Segundo Caderno, 31.07.2003)

30.7.03



BLOG!









Tudo azul @ Mario AV




Gatinhos no Rio

A Susana deixou esta msg lá no Fotolog:
"Estou doando nada menos que 10 gatinhos filhotes, de + ou - 2 meses de idade, em Niterói/RJ. Tem pretinhos, frajolinhas, cinza-e-branco... Tratar com Susana, pelo e-mail sbarbagelata@hotmail.com. Dependendo do local, entrego no Rio."


B. Piropo amanhã, no Rio Design Barra!

Atenção, galera: amanhã -- quinta-feira, dia 31 -- à noite, me substituindo no bate-papo lá do Rio Design Barra, o meu G.G. (Grande Guru) B. Piropo!

Não deixem de ir. O homem é uma fera, e fala bem que só ele. Se eu não estivesse fazendo anos ia até lá: papo com B. Piropo é sempre ótimo.

Em pauta, a evolução da tecnologia. No Lounge do terceiro andar, como de hábito, às 20hs. A entrada é grátis e o ambiente, conforme pode testemunhar o pessoal que tem ido, muito legal.







Questão de imagem

Uma das coisas que mais tenho gostado de fazer ultimamente é descobrir uma ilustração para a coluna do Segundo Caderno. Isso significa, quase sempre, fazer uma foto ou encontrar, entre as centenas de fotos que já fiz, aquela que complementa o texto.

Às vezes isso é facílimo: por exemplo, sempre que falo da praia ou da cidade em geral, sempre que viajo, sempre que exercito o meu lado fashion nas semanas de moda.

Às vezes, como na semana passada, é quase impossível.

A coluna de amanhã, porém, é um caso à parte. Seria muito fácil de ilustrar se eu tivesse tido tempo de fazer a foto que estava pensando: um close das minhas camisetas empilhadas. O problema é que uso uma maquininha digital normal, odeio flash e não tenho luzes especiais ou rebatedores em casa. Para ficar boa, a foto teria que ser feita durante o dia.

Mas quem disse que consegui párar em casa tempo suficiente para me sacar una foto?!

Resultado: cheguei ontem do jornal com a coluna escritinha mas com o espaço da ilustração em claro. Não estava muito preocupada, porque me lembrava de uma foto de cabides da Fashion Week que serviria bem ao tema. Só que, ao abrir a pasta, descobri que ela não era bem o que pensava: eu tinha me esquecido que havia uma pessoa no quadro.

Fiz um corte para adaptá-la à crônica e ao espaço -- mas aí ficou muito pequena, sem resolução suficiente para impressão. Fomos as duas pro Photoshop, e lá fiquei a noite inteira, pensando no que fazer, experimentando uma coisa e outra até chegar ao resultado que está aí em cima.

Não mudei uma linha sequer da foto, apenas usei filtros e mudei cores.

Não gosto muito de fotos photoshopadas, mas até que fiquei contente com o resultado, especialmente com a florzinha estilizada que nasceu do estampado do pano que estava no chão.

29.7.03



Bob Hope teria adorado isso!

Mais uma do New York Times, aquele jornal que nunca deixa de nos surpreender...
NOVA YORK - O comediante Bob Hope morreu esta semana com 100 anos, e o "The New York Times" informou aos seus leitores do ocorrido em um obituário escrito por Vincent Canby, um crítico veterano do jornal que morreu em 2000. Canby, falecido aos 76 anos em outubro de 2000, escreveu muitos anos sobre entretenimento para o "Times".

"O obituário havia sido escrito pelo senhor Canby há vários anos prevendo o dia da morte de Hope e seu nome estava nele", disse o porta-voz do jornal, Toby Usnik, na terça-feira, acrescentando que a própria morte de Canby foi mencionada, quando o veículo colocou o obituário no seu site da Internet.

O incidente peculiar de um homem morto escrevendo sobre outro foi motivo para gozação nos tablóides de "Nova York". O "The New York Post", conhecido por sua ironia, não conseguiu se conter. "Se houver qualquer erro, obviamente não chame o escritor", disse o tablóide em sua edição de terça-feira. (Reuters)


Paulinho escreve:

"A Alicia já está oficialmente atrasada. O médico vai deixar que ela vá até o dia 6 de agosto. Se não nascer até lá, vai ser "nascida". Pode deixar que assim que ela aparecer ligo procês. Tô levando o laptop pro hospital e vou mandar a fotinha de lá mesmo. Filha de geek é assim mesmo.... Até maquininha nova eu comprei. Uma Sonyzinha linda de 3.3 megapixel, cheia dos badulaques."
Taí, gostei dessa menina! Ainda nem nasceu, e já é tão parecida com a vó... ;-)

E, por falar em bebês: nasceu Osiris, o filhinho do Abel. Esse saiu ao pai e chegou na hora certa.


26.7.03







Biblioteca Nacional

Sou uma pessoa de muita sorte: o presidente da Biblioteca Nacional é o meu amigo Pedro Corrêa do Lago. Fui conversar com ele um dia desses e ganhei um presente: uma voltinha por áreas normalmente fechadas ao público. Como estava com a máquina, fiz umas fotos.

Vocês não têm idéia como é maravilhoso esse mundo da BN lá por dentro! São estantes monumentais, labirintos, portas que levam a outras salas ainda maiores e mais cheias de tesouros... um espanto.

Foi uma tarde maravilhosa, que nunca vou esquecer.

24.7.03




Não faça do seu filho uma arma!

O que tem na cabeça uma família que dá um Audi de presente para um garoto de 17 anos? Isso não é uma pergunta ocasional. É uma dúvida profunda e angustiante, que não sai do meu pensamento desde que soube do horrendo crime de sexta-feira. O que é que essa família acha que está fazendo? Que espécie de valores está transmitindo ao filho? Que tipo de ser humano-cidadão está formando? Que raça de monstro está soltando nas madrugadas das nossas vidas?!

Eu sei: quem matou Gustavo Damasceno não foi o mauricinho do Audi, foi o bacaninha do Honda — mas, moralmente, isso não faz a menor diferença.

Qualquer um deles podia ter colhido (abalroado, estraçalhado) o Uno Mille; um só agia em função do outro. Ninguém — nem mesmo imbecis de alta periculosidade como esses — bate pega sozinho.

Confesso que a mim me horroriza menos o assassino que estava ao volante do Honda emprestado do que o que estava (dizem, eu não acredito) no banco-carona do seu próprio carro. Este é o elemento (na acepção policial da palavra) que mais me choca nessa tragédia. O Audi é apenas a ponta visível e sinistra do iceberg de deseducação e desamor que, há 17 anos, cresce em volta deste rico desgraçado.

Desgraçado — entendam, por favor — no sentido mais chão e literal do termo: “De má sorte; infeliz, desventurado, infausto.” (Aurélio). Sem qualquer das graças que compõem um ser humano, acrescento eu.

Pois considero uma grande infelicidade nascer numa família em que o dinheiro e as aparências são os principais — se não os únicos — valores da vida. Podem contrapor que não tenho o direito de dizer isso sem conhecer a família. Conheço. Com maiores ou menores variantes, ela é igualzinha à família dos pervertidos que tocam fogo em mendigos, dos pitboys que se divertem espancando homossexuais, do filho do ministro que atropela um ciclista e foge sem prestar socorro. Acobertado pelo pai.

Quem dá um Audi para o filho menor de idade não tem qualquer noção do que seja civilidade ou educação. Para não falar em humanidade.

* * *

Paradoxalmente, deve ter sido feliz o rapaz assassinado, durante os breves 26 anos que viveu — ao lado da namorada de quem gostava, cercado por uma família boa, normal, naquele sentido que vai se tornando raro. Imagino a satisfação que ele devia sentir ao poder contribuir financeiramente para o bem estar dos pais, e o orgulho que deviam sentir esses pais ao verem, no filho correto e trabalhador, um homem de bem.

* * *

É claro que o maurício do Audi e seus pais jamais vão entender isso. Neste momento, devem estar todos muito ocupados se consultando com um advogado de grande renome, assim do porte de um doutor Clóvis Sahione, para saber onde devem assinar seu nome com um i-borrachinha. Para que tudo acabe como sempre.

* * *

Eu gostaria muito de acreditar que desta vez vai ser diferente, que desta vez a Justiça vai tirar sua venda incompreensível, e fazer os criminosos pagarem pelo que fizeram.

Mas não consigo acreditar, pois sei que para o Estatuto da Criança e do Adolescente, menor não comete crime, apenas “ato infracional”. E, de qualquer forma, já ficou decidido que o menor em questão nem estava ao volante do Audi.

É apenas um carona da desgraça alheia.

* * *

Enquanto isso, na internet, um grupo de garotos do bem está tendo que driblar a lei e matilhas de advogados por causa de um belo e inédito exercício de companheirismo. Como (quase) todo mundo sabe, o quinto volume do Harry Potter só chegou às livrarias em inglês; nenhuma editora, em país de qualquer outra língua, teve acesso aos originais.

Resultado: criou-se uma complicada situação de desigualdade cultural entre os fãs da série. A garotada poliglota já devorou o livro, mas não pode discuti-lo com os colegas, digamos, lulistas.

O que fez, então, a turma anglo-parlante? Dividiu os capítulos entre si e começou a traduzi-los. À medida em que os capítulos ficam prontos são postos na internet, para acesso dos monoglotas que, assim, atingem a democracia literária.

Claro que isso não está certo, juridicamente falando; mas é muito legal. O interessante é que este fenômeno está acontecendo espontânea e fulminantemente em inúmeros países. E o triste é constatar que J. K. Rowling e a Bloomsbury, sua editora inglesa — na trilha das gravadoras que mataram o Napster — não entenderam nada. E vêm com tudo.

(O Globo, Segundo Caderno, 24.7.2003)

23.7.03



Michael Jackson, quem diria...!

Taí: até que dessa vez ele mandou bem. Disse que não faz o menor sentido alguém ir para a cadeia por fazer download de música. Parece óbvio, mas não é o que pensam a MAPHIAA e o Congresso americano.


A Grande Muralha

Valeu, Helenice!







(Fotinhas by Palm Zire 71)

Apesar de tudo existe
Uma fonte de água pura
Quem beber daquela água
Não terá mais amargura


Estou no jornal terminando a coluna de quinta-feira quando me liga a Bia, para que a encontre na pré-estréia do filme da Isabel Jaguaribe (diretora) e do Zuenir Ventura (roteirista) sobre o Paulinho da Viola, ali no Odeon, pertinho.

Já tinha visto o filme no Instituto Moreira Salles, e achado a coisa mais linda. Veria de novo com muito gosto.

Cheguei às nove e pouquinho, o filme já tinha começado mas a Bia estava guardando um lugar para mim. Foi uma hora e tanto de puro encantamento.

Como é bonito esse filme, como é carioca, como é carinhoso!

Na saída, comentei isso com o Zu, e ele me disse:

-- Pois é. Este é o Rio. Esta é a parte da cidade que fica, que está no coração da gente, acima de toda a violência do cotidiano.

É esta a cidade que a súcia que governa o estado não entende, é esta delicadeza de alma que escapa completamente à malta de diminutivos a que estamos entregues.

P.S. O filme se chama Paulinho da Viola -- Meu tempo é hoje

21.7.03




Traduzindo gatos. Tá...

A grande notícia no mundo felino é que a Takara, empresa japonesa que já vendeu 300 mil aparelhinhos que “traduzem” o que latem os cães, acaba de anunciar um produto semelhante para gatos. É assim: a maquininha capta o miado, interpreta, de acordo com uma série de parâmetros “científicos” e mostra, na tela, o que o bichano disse.

O “Bowlingual”, que é o tradutor para cães, tem um módulo que fica na coleira. Como gatos são menos chegados a essas coisas, a versão felina — que atenderá por “Meowlingual” — funciona de forma ligeiramente diferente. O usuário tem que apontá-la para o gato, e torcer para que ele fale alguma coisa.

Algo me diz que isso não vai dar certo.

De qualquer forma, ciente de que os gatos nem sempre fazem o que a gente espera que façam, a Takara pretende incrementar o aparelhinho com algumas coisas para distrair o humano enquanto o gato não se digna a miar; uma delas será um horóscopo, que revela o que os astros reservam tanto para bípedes quanto quadrúpedes. O brinquedinho deve chegar às lojas antes do Natal, a um preço estimado de US$ 75.

Mais um Clié!



A Sony, que mal lançou dois Cliés muito interessantes, acaba de anunciar mais dois — esses, de fato, completamente diferentes de todos os handhelds da marca até hoje.

Mais parecido com um mini-notebook do que com um PDA, o PEG UX 50 tem tudo o que um usuário da pesada pode desejar: Wi-Fi, Bluetooth, câmera digital, gravador e player de video, tocador de MP3, gravador de voz, processador veloz, OS 5 da Palm, peso pluma (175 gramas) e aquele estilo Sony de ser que deixa qualquer um maluco.

A tela pode virar e se deitar sobre o teclado, como em todos os Cliés ponta de linha, para que o UX 50 possa ser usado como um handheld convencional; o que não tem nada de convencional é o teclado, com iluminação própria e um onduladinho esperto, que separa as teclas umas das outras.

Para tantos recursos multimídia, o PEG UX 50 vem com 29Mb de RAM, 16Mb livres de ROM e slot para Memory Stick, o que amplia ao infinito a sua capacidade de armazenagem.

O PEG UX 40 é igual, mas não vem com Wi-Fi embutido e custará US$ 600, ou seja, US$ 100 a menos do que o irmão mais parrudo.

Abre parênteses: o que significa ter Wi-Fi embutido? Simples: significa que este PDA pode se conectar onde quer que haja uma conexão internet sem fio — que é coisa relativamente simples de instalar, cada vez mais comum em casas e escritórios. Nos EUA, em locais públicos, já se encontram redes Wi-Fi em aeroportos, centros comerciais, cafés Starbucks, lanchonetes MacDonalds e por aí vai; no Brasil, elas já existem em alguns aeroportos e centros comerciais.

Bluetooth não é a mesma coisa? Não. O Bluetooth permite que máquinas “conversem” entre si sem fios; é uma espécie de infra vermelho turbinado. Entre essas máquinas pode estar um telefone celular — e, aí sim, o Clié pode se conectar à internet, fazendo a sua própria conexão discada através deste aparelho. Fecha parênteses.

Esses Objetos Altamente Cobiçáveis chegarão ao mercado em setembro, mas a Sony americana já está aceitando encomendas em seu website.

Chamando todos os fotologgers!


Nessa quinta, dia 24, o Cora etc. (meu bate-papo semanal com a galera plugada) é temático: fotografia digital. A idéia é que este encontro seja um embrião para um encontro mensal de fotologgers e apaixonados por fotografia digital em geral. A gente se encontra lá no Rio Design Barra, às 20hs, OK?

(O Globo, Info etc., 21.7.2003)

Update: O encontro é no lounge do Rio Design Barra, uma salinha que fica no mesmo andar dos restaurantes -- se não me engano, o último.

20.7.03



Sábado à carioca

Ontem, por incrível que pareça, nem cheguei no computador! (*) Fui andar com a Bia na praia e fazer umas fotos. Depois, com a consciência tranqüila de quem fez exercício, fomos "almoçar" no Marius... às sete e tanto! Aliás, um horário ótimo: churrascaria sem muita gente, carnes deliciosas. Desconfio que vamos ter que andar todos os dias, durante duas semanas, para compensar o exagero.

Ali ao lado, no fim do Leme, havia uma quermesse -- e fomos até lá também. Uma das barraquinhas vendia roupinhas de bebê, e passamos horas escolhendo umas coisinhas pra Alicia, que está para chegar. Havia diferentes tipos de bordados, o que nos deixou mergulhadas em dúvidas:

--- Mãe, o que é que você acha desse de patinho?

-- Fofo!!! Que coisinha linda... Ah... mas olha só essa lagarta de guarda-sol!

-- Ah, que gracinha! Vamos separar... Ih, não, olha: está com uma manchinha.

-- É mesmo. Nossa, olha esse sapatinho com os moranguinhos...

-- Ah, que bonitinho! Imagina o pezinho aqui...

Em suma: um daqueles papos que levaria qualquer homem à loucura. No fim saímos triunfantes com várias coisas com os moranguinhos, e uma blusinha de patinhos. A caminho do carro paramos nuns argentinos que tinham uns brincos de prata lindos que a Bia estava querendo e a cena mais ou menos que se repetiu. Aqui, qualquer homem do sexo masculino cometeria harakiri.

Ainda assim, conseguimos pegar a sessão das 22h30 de "Procurando Nemo". O filme é lindo, tem umas sacadas ótimas e, embora venha com uma etiqueta Disney na abertura, é -- ufa! -- bem "infantilmente incorreto", com momentos de choque e grandes sustos. Em termos de Pixar, porém, ainda perde para "Toy Story II", uma obra-prima sob qualquer aspecto.

(*) Tá, cheguei sim, mas só um pouquinho...




Esta é especial para um amigo querido que pediu mais fotos antigas: eu com papai e mamãe, em 1969, na sala do nosso apartamento da Rua Décio Vilares 168. O prédio não existe mais. Com as obras de duplicação do Túnel Velho, teve um problema nas fundações, passou anos adernando e, no fim, a prefeitura nos obrigou a sair de lá -- preocupada, imagino, que se repetisse o que aconteceu com o edifício São Luiz, em frente à praça, que ruiu.

Nos últimos tempos, a diferença entre a frente e os fundos era tão acentuada que se a gente soltasse uma bolinha de gude na sala ela ia sozinha até um dos quartos. As estantes tinham que ser reaprumadas regularmente, para que os livros não caíssem -- mas a essa altura, os da foto já estavam todos a salvo em Friburgo, na biblioteca (ou "brilhoteca", como dizia... oops, seria a Bia ou o Paulinho? acho que foi a Bia... um se saiu com isso, o outro com "ar-condicionário") do papai, e eu tinha tomado posse do bateau ivre.

Da janela da sala eu podia dar tchauzinho pro Xexéo, que morava (e ainda mora) do outro lado da rua. Às vezes íamos ou voltávamos juntos do Jornal do Brasil, e no Ano Novo íamos juntos pra praia.

Foi em parte inspirado nesse esquisitíssimo fenômeno geológico-arquitetônico que o Millôr escreveu a peça "Duas Tábuas e uma Paixão", em (se não me engano; o livro está entre os "raptados"da Bia, que já foi dormir e assim não posso conferir agora) 1983.


Todos ao paredão!

É tão revoltante a notícia da morte do rapaz assassinado pelos canalhas que faziam pega na Vieira Souto!

Os dois cretinos dirigiam (?) respectivamente um Honda e um Audi; sendo que o Audi era de uma terceira anta, de 17 anos, que estava no banco do carona. O carro é presentinho dos pais para que o idiota possa sair perpetrando as suas próprias barbaridades assim que completar 18 anos.

Na boa: uma família que, em qualquer lugar do mundo mas, sobretudo, num país com as desigualdades sociais do Brasil, dá um Audi de presente para um imbecil de 17 anos, merece ir presa. Toda ela.


*sigh*

Ligo a televisão. Na BBC, Bill Clinton saúda Nelson Mandela. Não consigo imaginar o Bush nesse papel; é chocante como os EUA conseguiram regredir tanto em tão pouco tempo.

19.7.03



Blah blah blah

Tou no jornal, terminando a semana. Atrás de mim há uma televisão ligada no programa do Jô. Deveria ser uma entrevista, mas até aqui ainda não consegui ouvir a voz do entrevistado... *sigh*




Teclado para chat...

18.7.03



Corta & Cola (a.k.a. Cut & Paste)

"Foi banido o termo "email" em todos os ministérios, documentos, publicações e websites do Governo francês. A palavra oficialmente adotada daqui para frente será "courriel", termo que vem de "courrier electronique" (correio eletrônico). Em Quebec, no Canadá, o termo courriel já vem sendo usado há algum tempo. Apesar disso, especialistas franceses em tecnologia argumentam que a decisão é uma baita forçação de barra. Muitas agremiações e sites já foram logo avisando que não irão aderir à mudança. Detalhes no Twincities"
Descaradamente roubado do blog do Cat.

Update, ou O que acho disso: Quem cria tecnologia cria terminologia, simples assim. Com o tempo, as línguas se adaptam, criam seus próprios termos, evoluem à sua maneira. Não fosse isso, estaríamos todos falando latim aqui, na França, na Espanha, na Itália...

A navegação é até hoje, em quase todas as línguas, cheia de termos derivados do português, porque os portugueses inventaram quase tudo há mais de 500 anos.

Um dia, a gente nem percebeu e football virou futebol, enquanto as iniciativas oficiais que tentaram impor ludopédio contra a invasão inglessa caíram no ridículo. Futebol, ainda que venha do inglês, é a mais brasileira das palavras; dá para imaginar todo mundo indo ao ludopédio no Maracanã?

Essa forma francesa de impor as coisas de cima pra baixo -- que o brilhante parlamentar Aldo Rabelo está tentando imitar no Brasil -- não funciona. Tudo bem, os franceses serão obrigados a falar courriel, mas continuarão usando inglês em situações perfeitamente inexplicáveis: saem pro weekend, arranjam jobs em vez de empregos, têm medo de pickpockets.

Ils sont fous, ces français.




Tudo sobre o Cruz! No Gravatá...

17.7.03



Boa viagem, Ribondi!



Procura-se Harry Potter desesperadamente

Eu ia deixar este assunto restrito à área mais discreta dos comentários, mas o clamor popular aumenta. Havia uma turma de meninos traduzindo Harry Potter on-line. Estavam no capítulo 16 quando (previsivelmente) a página foi tirada do ar.

Meninos, se há algum de vcs na escuta, por favor informem para onde foi essa maravilhosa página! Pode ser através de email, telefone, código Morse, sinais de fumaça.

Os leitores aflitos agradecem.


"Estudo feito na Europa mostra que, entre 91% das pessoas que dizem baixar canções pela internet, 87% delas vão às lojas e compram o CD inteiro."
Valew, Raphael! E melhoras...


Cora etc.

Vocês já sabem, né? Hoje, logo mais, às 19h30, tou lá no Rio Design Barra: se estiverem pela área, apareçam, venham bater papo. Vai ser legal ver vocês...


Dica da Cris

A Fal, para variar, mandando bem que só ela.


Adeus, Concorde...

A última parte da viagem, lá no Fotolog.



Xô, helicópteros! (A Lagoa é nossa!)

Não tenho nada contra o setor hoteleiro, quem tem?, mas que, ultimamente, ele anda ultrapassando o foyer, lá isso anda. Primeiro fez aquele escarcéu quando o Manoel Carlos resolveu matar a Fernanda de “Mulheres apaixonadas” com uma bala perdida, como se disso dependesse a reputação da cidade. Logo em seguida partiu em defesa do heliponto da Lagoa.

Também não tenho nada contra o heliponto da Lagoa. Enquanto heliponto. Acho até bonito os helicópteros pousando, decolando e, sobretudo, voando em frente ao Cristo, feito insetos gigantescos. Mas tenho tudo contra qualquer coisa que atrapalhe o carioca no gozo de sua cidade. E o heliponto o faz.

* * *

Há duas semanas, como é sabido, a ciclovia da Lagoa está bloqueada. Justamente no trecho mais bonito, porque a Aeronáutica descobriu que a revoada dos helicópteros é prejudicial à saúde dos passantes. Os passantes, insensíveis à preocupação das autoridades com sua integridade física, estão indignados. O prefeito tomou — é, esse mesmo — tomou as dores pedestres e o heliponto, parece, tem agora dois meses para bater as asas e ir pousar em outra freguesia.

— Deve prevalecer a qualidade de vida da maioria — disse o prefeito ao Ancelmo Góis, com inesperada sensatez. Nem parece o mesmo prefeito do Guggenheim.

Este bom senso elementar, porém, parece faltar ao vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), Ângelo Vivácqua, que acha que o heliponto deve ficar lá, interrompendo os álacres (!) caminhantes para... não atrapalhar o turismo!

— A vista proporcionada pelos pousos e decolagens da Lagoa é uma das principais atrações nos sobrevôos que os turistas fazem pela cidade, — declarou ele ao GLOBO no último dia 5. — Se o problema é a ciclovia, ela que seja desviada.

* * *

Recortei a matéria e a espetei no quadro ao lado da minha escrivaninha. Uma frase dessas não pode desaparecer assim, sem mais nem menos, no torvelinho do noticiário, como se não tivesse sido pronunciada.

Se entendi bem, senhor vice-presidente, quer dizer que as prioridades da cidade devem ser decididas única e exclusivamente para o conforto e bem-estar dos turistas?!

Entendi bem?!

Ainda que eu esteja enganada e que a prioridade seja esta mesmo —- alguém me explicaria, então, a odiosa discriminação contra justamente a maior parte dos turistas, aqueles turistas médios, que por acaso sustentam o turismo andando na Lagoa e comprando água de coco, mas não têm dinheiro para vôos panorâmicos? Será que eles não são dignos de passear por aquele trecho tão bonito?

Quando eu era criança e o mundo mais espaçoso, muita gente ainda tinha sala de visita —- em geral o melhor cômodo da casa, o mais bem decorado e arrumado e, paradoxalmente, o menos usado de todos.

As mães tinham horror de que nós, crianças, fizéssemos bagunça na sala de visita; detestavam, igualmente, que os maridos ficassem por lá, fumando, lendo jornal, e pondo copos ou xícaras em cima dos móveis de madeira lustrada.

Por isso a sala era sempre um espaço ocioso, mal aproveitado, aberto apenas em dias de festa, pois as visitas apareciam muito raramente — na maior parte das vezes, aliás, para extrema aflição da família, tanto que havia um elenco de procedimentos para afungentá-las. Me lembro bem de dois deles, vassoura de cabeça para baixo atrás da porta e sal no fogo — mas isso é outra história.

* * *

O fato é que eu, que sempre morei literalmente dentro de uma biblioteca, onde a vida doméstica disputava cada metro quadrado com os livros do meu pai, não era íntima de salas de visita, e ficava muito admirada com as salas de visita das casas dos colegas.

Mais do que o desperdício de área útil, me chamava a atenção a tristeza daquelas salas, com as quais ninguém tinha qualquer familiaridade, e de que ninguém gostava de verdade, nem mesmo a dona da casa.

Não sei se ainda se reservam salas para as visitas, mas elas sempre me voltam à lembrança quando o turismo é apontado como principal motivo para se fazer, ou não, alguma coisa pela cidade. Não percebem que não precisamos de salas de visitas. Precisamos é de cuidar melhor da sala de estar, da cozinha, do banheiro, de onde se vive a vida real.

Tudo, por tabela, para as visitas, para os amigos, aberto com toda a nossa simpatia. E, para alguns, até com amor.


(O Globo, Segundo Caderno, 17.7.2003)


Love story

16.7.03



Helvetica vs. Arial

Arial -- a fonte default de 99% dos usuários Windows -- é uma cópia (ruim) da clássica Helvetica, criada na Suiça em 1950. A Arial é uma das grandes mágoas digitais dos tipógrafos e type geeks em geral, mas agora a gente já pode se vingar dela, aqui (achei no Jean Boechat).

Para quem quiser treinar antes para saber qual é qual, nesta página há um utilíssimo tipo-teste.


GloBlogs

Vocês já viram os blogs dos meus colegas? Confiram!



Voando no Concorde

Uma noite eu estava em Paris, fazendo as malas para ir para Nova York no dia seguinte, quando o telefone tocou. Era um funcionário da Air France, perguntando se eu queria ir de Concorde.

-- O senhor não está usando o verbo certo; não é bem querer... Querer eu quero, lógico. Também quero ter um Mercedes e um pequeno veleiro em St. Martin.

-- Não se preocupe, nós estamos convidando a senhora. Oferecendo um upgrade. Grátis.

Um upgrade grátis na Air France?! Estranho, muito estranho! Não podia ser pelos meus belos olhos. Perguntei o que estava acontecendo.

-- Ah, é que um cliente nosso, que toda semana voa para Nova York com o Concorde, não vai poder viajar amanhã de manhã. Ele pode ir à tarde, no horário em que a senhora vai, mas o seu vôo está lotado. Como a senhora é a única passageira que está viajando sozinha na primeira classe, nós estamos propondo uma troca: a senhora vai às 11h, no Concorde, e o outro passageiro vai no seu lugar, às 14h.

-- Ah, bom. Tudo bem. Faço esse favor à Air France. Aliás, sempre que precisarem de mim para resolver problemas semelhantes, podem ligar, estou às ordens.

E assim é que, no dia 25 de março de 1998, fiz a minha primeira, única e inesquecível viagem de Concorde, junto com uma Mavica F5. Que, por ser então uma alta novidade digital, chamou quase tanta atenção quanto o avião em si mesmo.

Algumas fotos dessa viagem estão lá no Fotolog.

15.7.03





Tava mexendo numas gavetas e encontrei essa foto. Deve ter uns 25 anos: eu com o Paulinho e a Bia, quando eram pequenos.

>> Cora, você anda saudosista. Será que tem a ver com certa data, que se aproxima? (Cris)

Tudo a ver Cris, é claro. Para quem não sabe: tou fazendo 50 anos no dia 31. E, sinceramente, não tou levando com a esportiva do meu valente predecessor...


>> Cora, que bonitos todos, que legal o clima da foto... você está um pouco parecida com a Andrea Beltrão (Leila)

Nós somos (éramos) meio parecidas, sim. Quando a Andrea fez uma das minhas peças, Sapomorfose, todo mundo gozava a gente por causa disso.


>> Quem é a gata? apresenta? ;) (Hiro)

Ah, nem vem... Eu conheço o Hiro!


>> Muito charmosa a foto. Tá vendo como quem tem estilo está sempre atual??!! (Adriana)

Bom, se ter estilo é se vestir sempre da mesma forma, então o que não me falta é estilo... e eu aqui, achando que o que faltava era imaginação!

Tirando pelo manequim, as roupas e a sandália podiam mesmo ter saído do meu armário hoje...



>> Ribondi: eu não te vejo há quase tanto tempo quanto tem essa foto. Meus filhos já são maiores do que eu e a Bia na foto bonita. Não foi você quem fez a foto não? (Paulinho)

>> Paulinho, sabe que até achei que pudesse ser eu mesmo? (Ribondi)


Não tem nada escrito na foto, mas acho que foi você sim, querido. É uma foto muito amorosa.


>> Bom ter uma coisa tão bonita pra guardar e lembrar, né? (Luciana Filpo)

Eu nunca gostei de ser fotografada, tenho pouquíssimas fotos. Hoje me arrependo disso. Fotografem-se, meninos. Fotografem-se muito...


>> Cora, como eu sou desse tempo, posso dizer de cadeira: a senhora era uma gostozurinha, valha-me Deus. Agora, deve ter uns 10 anos que a gente nao se vê frente a frente. Não seja por isso: depois d'amanhã, vou me encontrar com um amigo que não vejo há exatos, redondos e assustadores 31 anos! Mas tenho a certeza de que vai ser apenas questão de sentar e continuar a conversa. Tô emocionado pra cacete. (Ribondi, o memorialista)

Meu Deus!!! Imagino... Fiz isso há alguns anos, com um amigo de Nova York a quem não via há 30. E sim, sabe? foi sentar e continuar a conversa. Até porque os dois somos pessoas de muito estilo, como bem lembrou a Adriana, e estávamos usando as mesmas roupas de sempre.

É alguém que eu conheço? Na volta, você podia parar no Rio, hein: sessão nostalgia no atacado.

Quantos aos elogios, que obviamente adorei: você não vale, nós dois formamos uma mutual admiration society...



>> Por falar em foto antiga: ainda não cheguei a uma conclusão sobre o que fazer com as fotos digitais da família. Não sei se copio tudo em papel fotográfico ($$$), se guardo em cds, ou se faço as duas coisas... porque eu acho que seria legal se os netos um dia achassem numa gaveta, numa caixa empoeirada, num canto do armário, num desvão do sótão, fotinhas da vovó e do vovô tiradas no longínquo ano de 2003... (Cesar)

Faça CDs, Cesar, pelo menos por enquanto. Eu vivo queimando CDs das fotos. Cópias ainda são caríssimas, e sabe-se lá quanto tempo duram... Além disso, nada impede que os teus netos encontrem um dia, numa caixa empoeirada, num canto do armário, num desvão do sótão, um CD com fotinhas da vovó e do vovô tiradas no longínquo ano de 2003...


>> Paulinho, uma curiosidade: os seus filhos tem dieito a cidadania brasileira também (dupla cidadania) ou só a cidadania americana? (Ricardo Perez)

>> Meus filhos têm dupla cidadania. Quando viajamos pro Brasil temos que carregar 6 passaportes (em breve 8). Um pra mim (brasileiro), um pra Kelyndra (americano) e dois pra cada filho. A Alicia, pra quem não sabe, é a versão 3.0 . Também conhecida como "Final Release". Estamos super ansiosos pra chegada dela. Assim que nascer vocês serão os primeiros a saber. (Paulinho)


>> Imagino que deva ser muito gostoso olhar hoje pra essa foto e pensar nos adultos em que aquelas crianças se tornaram, né. : ) e, se me permite, acompanho o coredump: Paulinho, não o conheço, mas desejo sinceramente boa sorte, saúde e, como diz minha mãe, tudo de bom e bonito, pra Alicia! : ) (Bia Badaud)

É a melhor coisa, Bia. Para mim, pelo menos nesse momento, fotos antigas são tristes demais; o que salva é essa perspectiva, é saber o que aconteceu, ver os meus dois bipes crescidos, tão carinhosos, sensatos e inteligentes, tão bem entrosados e atentos ao mundo à sua volta. Gente de bem.

Queridos Heringer, Elis, Áurea, Funny, Bruno, Suely, Mari, Senhora H e coredump: valew... :-)))




Este é o gráfico de visitantes do blog. Não é interessante? Não entendo muito de estatística, ou do significado oculto deste tipo de coisa, mas acho que dá para afirmar que uns 25% dos leitores acessam a internet do trabalho.

Ah, sim: isso não representa horário, mas os dias da semana.


Fal e os gatos

"Sim, falemos do gato. E mais ainda, da casa do Gato. Porque, se você tinha alguma dúvida, esqueça. A casa é dele. Ou deles. Você mora aí enquanto eles deixarem, do jeito que eles permitirem."
Bom -- eu, se fosse você, aproveitava que eles estão distraídos e ia correndo lá na Fal ler o resto.

É o melhor texto de gato dos últimos tempos.

Depois, dêem um pulinho no Sindicato dos Gatos de Apartamento. Foi uma descoberta da Fal, e além de ser muito engraçadinho, tem várias dicas úteis.

14.7.03



Pode?!



A música morreu. Viva a música!

Fernando Lincoln Mattos me mandou um excelente artigo do Nelson Motta, publicado na revista Trip deste mês. Mais uma vez, ele descasca a RIAA, aquela abominável associação dos produtores de disco americanos.

Às vezes me perguntam porque tenho tocado tão pouco nesse assunto ultimamente; há até leitores que acham que tomei um chega-pra-lá das gravadoras. A verdade, porém, é mais prosaica: eu simplesmente cansei de falar nisso. A gente escreve, vai a debates, escreve mais, briga, escreve novamente, explica tudo de novo -- e as coisas só pioram?! Ninguém se toca?!

Cansa, viu.

Acompanhar toda esta saga -- da primeira tentativa de proibição do MP3 como formato de arquivo ao assassinato do Napster, passando pelo lobby asqueroso dessa gente junto àqueles imbecis do congresso americano e pelos recentes processos contra os "piratas" -- enfim: tudo isso me revolta de tal maneira, e de tal forma me enche de nojo, que ou eu dava um tempo, ou morria envenenada.

Optei por dar um tempo. Há tantas coisas bonitas acontecendo! Nunca as câmeras digitais, por exemplo, estiveram tão baratas e tão boas, nunca houve um Palm como o Zire 71, um movimento universal tão interessante quanto o Fotolog ou uma mulher como Gilda.

Uh. Gilda? Xapralá, viajei -- isso foi um filme, e vocês não eram nem nascidos.

De qualquer forma, leiam o que o Nelsinho Motta diz. O moço, que conhece a indústria de música como ninguém, é autoridade no assunto:
"Parece impossível para alguém de mais de quarenta anos e de formação pré-internet entender que a indústria do disco, como até hoje a conhecemos, acabou. Kaput. Finita. Mas não é uma opinião, é um fato. É só uma questão de tempo. E dinheiro. O indício mais recente, que comprova o desespero pré-agônico: a truculenta RIAA, associação americana da indústria do disco, que já fechou judicialmente o Napster, mas não consegue impedir que nasçam e cresçam os novos sites de trocas de arquivo, agora atira pesado até contra seus ex-aliados históricos e maiores consumidores: os estudantes. Acaba de entrar com processos contra quatro universitários americanos que mantinham sites de trocas de arquivos musicais usando a banda ultra-rápida que as universidades disponibilizam para os estudantes em suas redes internas. Acusa-os de ladrões de copyright e exige bilhões, sim, bilhões de dólares de indenização, US$ 150 mil por música nas listas.


Claro, eles não esperam receber essa grana dos universitários e de suas famílias, querem só dar um susto. Por enquanto. Muitos falcões da indústria, em nome de seus lucros, adorariam levar à falência Harvard ou Princeton, como co-responsáveis pelas contravenções de seus alunos, conforme repetidas ameaças às direções das universidades. Por isso escolheram para inimigos quatro, entre dezenas de estudantes que mantêm sites de troca de arquivos nos campi, para serem exemplados, obrigados a fazer acordos judiciais públicos e humilhantes, que não serão bilionários, mas pelo menos, esperam os advogados, quebrarão as famílias dos réus, dos piratas, dos criminosos.


Esses mercenários da lei e da justiça enfrentam uma nova e estranha forma de contravenção: os contraventores não estavam ganhando um centavo com os sites, os serviços que ofereciam eram gratuitos, não eram empreendimentos comerciais, ninguém pagava e ninguém recebia. Era só um troca-troca. Sim, é desonesto — e ilegal — oferecer, mesmo de graça, propriedade alheia, sem autorização. Mas isso não é jeito de tratar jovens que amam a música e foram, desde sempre, o maior sustentáculo, a grande força promocional e massa consumidora da indústria do disco. Agora é guerra, que — como a de Bush contra o terrorismo — não terá fim.


TROCA-TROCA, A ALMA DO NEGÓCIO


Antigamente os estudantes faziam cópias das músicas de que gostavam em minicassete para os colegas, entregavam em mãos, e a indústria adorava a promoção gratuita, que gerava novas tendências e criava sucessos milionários. E tanto que, durante anos, investiu pesadamente nas rádios universitárias e manteve escritórios promocionais em todos os campi. Agora, quando as músicas são copiadas digitalmente on-line, os antigos maiores aliados viraram piratas, ladrões e criminosos. Vamos ver se entendemos: quando a música era copiada fisicamente, analogicamente, e registrada nos átomos da fita cassete, era legal; agora, transferir os dígitos da mesma música, só que on-line e em segundos, para o hard drive de outro, é crime. O que o pessoal dos átomos teria contra os dígitos?


Talvez o fato de terem mais de quarenta anos e serem pré-internet os incapacite a entender esses paradoxos do progresso tecnológico e as novas liberdades que eles geram.

Já os universitários não são otários. São de uma geração criada com todas as facilidades e gratuidades da internet, acostumados a ter informações e serviços preciosos de graça e a experimentar à vontade antes de comprar qualquer produto. Alguns reitores, professores e estudantes de boa vontade trabalharam juntos em propostas para impor uma taxa mensal aos estudantes — como as cobradas pela assinatura de jornais e revistas ou pelo uso de piscinas e ginásios — para baixar músicas pela internet. A RIAA não quis nem conversar. E certamente não ouviu quando David Bowie profetizou o óbvio: que num futuro próximo a música será algo como a água corrente, o gás, a energia elétrica ou a TV a cabo — o consumidor pagará uma taxa mensal pelo seu uso. Tantos litros, tantos watts ou tantos dígitos musicais, tanto faz. Mas a indústria do disco acha que pode continuar nadando nessa sopa, que fez dela, dos anos 60 aos 90, uma das mais lucrativas do mundo, com executivos ganhando salários e bônus que rivalizavam com os das indústrias de energia, farmacêutica, automobilística.


Sob suas asas generosas, imbecis e ignorantes com algum suingue e muita audácia se tornaram milionários da noite para o dia, pop stars oligofrênicos usaram e foram usados por máquinas bilionárias de marketing, mitos e fraudes foram criados ao sabor do jabá radiofônico, televisivo e impresso e de generosos presentes e contribuições de todo tipo para todo o mundo que ajudasse a construir um sucesso. Esse mundo está ruindo, caindo de podre. O que restará para a história é a extraordinária contribuição cultural dada pela indústria do disco, registrando e distribuindo para o mundo a grande música do século 20. Restará a história gloriosa dos grandes homens do disco, gente como os irmãos Nesuhi e Ahmet Ertegun, Berry Gordy, Clive Davis, Chris Blackwell e outros que amavam a música e que descobriram e desenvolveram grandes artistas; ninguém se lembrará de advogados, financistas e marqueteiros que hoje dominam a indústria." (Nelson Motta)


Dolce far... NIENTE!

Só pra dar uma idéia de como não fiz NADA esse domingo: marquei 129.906 pontos no Bounce, um joguinho para Palms que é uma perdição.

Aos que me enviaram emails de sexta pra cá, peço desculpas pela falta de resposta, mas esse frio, aquele edredon, o gamezinho de mão, os livros -- terminei de ler "Balzac and the Little Chinese Seamstress", tão bonito! -- e os meus gatinhos foram mais fortes do que o escritório, a cadeira, o monitor, o teclado... essas coisas, né?

Então.

13.7.03



Rio!



Preguiça Total II

Hoje não fiz NADA! Fiquei embolada debaixo dos cobertores com os gatos e com os jornais, olhando a chuva lá fora e sentindo muitas saudades da feijoada maravilhosa de ontem e daquelas sobremesas que não digo nada.

A certa altura, a Bia teve uma Grande Idéia: encomendar empadinhas. YESSSSS!!! Agora tem uma Casa da Empada sensacional logo ali na esquina, na Visconde de Pirajá -- que, por acaso, é da KK Blue, que muita gente (eu inclusive), conhece aqui dos comentários -- e em menos de dez minutos estávamos às voltas com camarão, frango com catupiry, goiabada com queijo.... aiiiiii!

Isso é que é meter o pé na jaca.

Nossos comerciais, por favor: As empadinhas da KK são mesmo o que há de bom -- e barato, ainda por cima! As oito custaram R$ 12, chegaram quentinhas e gostosíssimas. É só ligar para 2287-1544. Na webpage da Casa da Empada há um cardápio com todas as escolhas.


Preguiça total...

Ontem foi dia de feijoada para comemorar o aniversário da Eliana Caruso, melhor anfitriã dos sete mares. É lógico que deixei a dieta pra lá... e agora estou arrependidíssima.

Ó céus, ó vida, ó calorias!

{ironia} Ó vidinha marromeno!!! {/ironia}

Fiz algumas fotos que não ficaram lá aquelas maravilhas. Estava escuro e eu não quis usar flash, porque de modo geral aquela luz chapada acaba com qualquer sutileza da imagem. Por outro lado, a velocidade baixíssima tem seu preço, e as fotos ficaram... er... "movimentadas", digamos! Bem "mudernas"...

Ainda assim, acho que captaram o ótimo astral da festa.

Algumas estão no fotolog -- que, aliás, estou achando um ótimo complemento pra cá.

Mais tarde eu volto. Por enquanto, bom domingo, gente!

11.7.03



"As goiabadas passam, as marmeladas ficam"

Millôr, claro.


No Fotolog, os gatos



Nerds mandam bem!

"A melhor coisa dos nerds, sem dúvida, é que eles não são como os outros caras. Lógico que eles acham a Ellen Roche gostosa, que idéia, mas na prática eles gostam de garotas branquelas, magrelas ou com barrigas macias e apertáveis, esquisitinhas, com maquiagens estranhas, sem maquiagem alguma, garotas-fetiche de couro e vinil, garotas aparentemente sem charme mas que tenham lido “Uma Breve História do Tempo” e entendido. Ou seja, tem pra todas. Não tem essa de “eu não faço o tipo dele” – todas fazem, desde que o conteúdo siga a mesma linha do dele, ou que o gosto musical seja razoavelmente parecido. Fica tranqüila."

Gracinha, né? E tem mais, aqui!



Super Produção

O Matusca -- que eu agora conheço ao vivo e em cores! -- acaba de pôr no ar uma nova e sensacional página de botões, com links para os blogs favoritos de todos nós. Demora um pouco para carregar, mas vale a espera. Confiram!

Sinto informar, porém, que a múmia favorita da blogosfera, contrariando todas as expectativas, não anda por aí envolta em tiras de linho egípcio! Na verdade, disfarça-se em carioca-bacana-com-mulher-bonita-ao-lado.

Já não se fazem múmias como antigamente.

10.7.03



Ah, sim!

Logo mais, às 19h30, tou lá no Rio Design da Barra. Se vocês estiverem na área, apareçam, vai ser um prazer! :-)

Update: Desculpem, esqueci de avisar um detalhe -- o papo é semanal. Na próxima quinta estou lá de novo... Achei a noite muito agradável: conheci vários amigos em pessoa, revi outros e fiz mais alguns.

Muito obrigada a todos pela presença! :-)))

Para quem não foi: estou pedindo um help à turma para me ajudar a "formatar o evento". Aceito sugestões. Podemos fazer "especiais temáticos", por exemplo, ou encontros de blogueiros e/ou fotologueiros, que tal? O lounge está muito simpático, e a turma do Rio Design, Sidney à frente, é dez.

Na próxima semana, já vamos ter um computador conectado por lá.


É isso aí!



Mais Fashion Rio no Fotolog






Os grandes temas da temporada

Se a sua casa estivesse pegando fogo, e você só pudesse salvar um objeto — perguntou uma amiga — qual seria ele? Se você não fosse o que é — perguntou uma outra — o que seria? Se você pudesse ser outra pessoa — perguntou a terceira — quem escolheria ser?

Pronto. Três inocentes perguntas e eis-me mergulhada em dúvidas, sem saber sequer por onde começar a responder! Se eu só pudesse salvar um objeto da minha casa, e se fosse uma pessoa prudente, salvaria, naturalmente, a apólice de seguro contra incêndio. Com isso, suponho, pode-se considerar respondida a segunda pergunta: eu gostaria de ser uma pessoa organizada, disciplinada o suficiente para me lembrar não só de fazer seguro contra incêndio como, ainda por cima, de onde ficou guardada a bendita apólice.

Se eu fosse rica, no entanto, nem precisaria de seguro... embora, é claro, gente rica sempre tenha seguro contra tudo, de incêndio a enchente. Então eu preferiria ser rica, e salvaria os álbuns de fotografia — mas os álbuns valem como resposta? Afinal, eles não são um objeto só, são vários... E, em relação à outra pergunta: eu poderia ser rica e magra? E se eu pudesse ser outra pessoa, eu poderia escolher continuar sendo quem sou, apenas um pouco mais rica, bem mais magra e muito mais decidida? Uma espécie de Cora-manequim-40-cliente- personalité — não é pedir muito, é? — que soubesse responder, sem titubear, a questões tão difíceis?

* * *

Ainda assim, por complicadas que sejam, essas perguntas não passam de meras suposições filosóficas, simples material para psicologia de botequim. Nenhuma tem vínculo com a realidade e, conseqüentemente, nenhuma pode nos pôr frente a frente com nossas inaptidões. Nada, enfim, que se possa remotamente comparar ao Supremo Dilema da Fashion Rio: montar a sua própria Havaiana.

Qual é a combinação de cores mais bonita? E a mais original? E — resolvida a primeira e decisiva parte da charada — qual cor deve ficar na sola, e qual nas tiras?! Isso sim é dificuldade metafísica com impacto real. Apresentada a essa dúvida supérflua e angustiante, lá fiquei, paralisada, perdida entre as 64 possibilidades que se me apresentavam. Regina Casé e Scarlet Moon, mulheres de ação, não pensaram duas vezes.

— Verde e rosa, claro! — disse a Regina.

— Mangueira, obviamente! — completou a Scarlet.

Para mim, contudo — feliz possuidora que já sou de um par de Havaianas mangueirenses legítimas — a opção estava afastada. Pensei em várias cores de tiras, várias cores de solas. Decidi, afinal, que queria uma sola vermelho-caqui (que é uma espécie de cor-de-abóbora carregado) com tiras amarelas, e fui, cheia de determinação, à moça que registrava os pedidos num computador.

— Então, a senhora quer a sola vermelho-caqui e as tiras amarelas. Tem certeza?

— Não. Nenhuma.

* * *

Fui para a sala de imprensa com as minhas Havaianas e uma dúvida enorme.

— Preto e rosa?! — exclamou o João Ximenes. — Isso está horrível.

Lá fui eu trocar as sandálias. No caminho encontrei a Mara Caballero.

— Preto e rosa?! — exclamou a Mara. — Ficou lindo! Absolutamente fashion !

Ufa. Eu já não estava mais infeliz com a minha escolha.

— Viu? — disse a Mara. — Só você vai ter uma Havaiana preto-e-rosa, e vai arrasar.

Uh... Só eu?! Olhei para as minhas sandálias singulares pensando por que diabos num mundo em que todos querem tanto ser originais o fato de ser a única com Havaianas preto-e-rosa me deixava tão aflita.

* * *

A semana de moda carioca é, indiscutivelmente, um turbilhão de energia — uma mistura de cores, movimento e alto-astral que é a cara do Rio.

Teria sido muito interessante ver a dona Marta Suplicy lá no MAM, no meio daquela festa, diante daquela paisagem, discursando sobre as inúmeras vantagens de São Paulo. Acho, aliás, que faria muito bem a ela passar pelo Grande Dilema das Havaianas de espírito aberto, se divertindo com o ingênuo barato de escolher duas cores diferentes e a alegria de ganhar uma sandália de dez real de presente.

Estão faltando bom humor e fair-play à prefeita paulista, para não mencionar educação e senso estético.

Depois de falar mal da nossa linda cidade, onde pode circular livremente sem o colete à prova de bala que é obrigada a usar em casa, a mãe de Supla vai ter que fazer mais do que apenas dizer que “torce pelo Brasil” para desqueimar o filme. Uma simples visitinha ao MAM não faz milagre, mas pode ser um primeiro passo. Sobretudo se ela aproveitar as Havaianas para descer do salto alto.


(O Globo, Segundo Caderno, 10.7.2003)


Que coisa...

Deletaram o Letteri... :-(

9.7.03



Era só o que faltava...

Servidor com crise existencial. Tadinho!


Tá com sono?


(Valeu, Fal querida!)


Da mailbox

Recebi ontem. Deve ser velhíssima mas, para variar, eu ainda não conhecia, e achei bem bonitinha...

Quatro nerds se encontram, e um deles diz:
-- Pessoal, ontem eu saí uma morena... Vocês nem vão acreditar!
-- Uau...? -- animaram-se os amigos.
-- Linda! Com uns pernões... Olhos azuis, seios lindos...
-- Uau... -- repetiram eles.
-- Começamos a conversar... Papo vai, papo vem... Ela aceitou ir para o meu apartamento!
-- Uau...!
-- Bebemos um pouco de vinho, nos beijamos e o clima começou a esquentar...
-- Uau!!!
-- Aí, o mais incrível -- ela virou pra mim e disse "Vem quente que eu estou fervendo..."
-- Uauuuuuu!!!
-- Então eu tirei a roupa e comecei a despir aquele mulherão! Primeiro a blusa, depois o sutiã, que eu joguei em cima do teclado do micro novo e depois...
-- Opa! -- interrompeu um dos amigos. -- Você comprou um micro novo?
-- Qual é o processador?



Sobre as armas de destruição em massa do Iraque



Lucas e Pipoca, tapem os olhos!



Ontem o João Ubaldo e o Cat me mandaram, quase que simultaneamente, essa foto -- que, aparentemente, é autêntica, e foi feita em Manaus. Eu só não morri porque ainda tinha que escrever a coluna e porque, honestamente, me recuso a acreditar nisso.

Isto é: acredito na foto, mas não no que diz o churrasqueiro. Acho que ele está usando essa placa como forma de promoção. Imaginem o que deve parar de gente para cobrar dele a barbaridade; no que provavelmente ele responde que que aquilo é só para pegar freguês e pronto -- não é que pega mais um?

8.7.03



Fotolog: Fashion Rio



Gente que rala

Ontem, enquanto eu me matava de trabalhar no Fashion Rio, a Bia dava duro na rua, capturando matérias e figurinhas pra Globo.com.

Calma, meninas, não esfolem a gente!!! Também não é assim todo dia... ;-)





Em primeiríssima mão, direto do Fashion Rio, o novo modelo das Havaianas, a Flash. A combinação de cores da foto foi feita por mim: a gente podia montar a sandália que quisesse, escolhendo a cor das tiras e da sola -- uma longa história que em breve contarei em detalhes. Normalmente serão vendidas com tiras e sola da mesma cor.

Ficam bonitas no pé mas são meio esquisitas para andar, como se a gente estivesse pisando de lado. De qualquer forma, gostei...

Depois eu conto mais. Agora tenho que escrever a coluna de quinta-feira. Ah, e dormir, se sobrar um tempinho.

7.7.03



Cora etc.

Atenção, amigos da Barra: nessa quinta-feira estréio um bate-papo no Rio Design Center sobre tecnologia e vida digital de modo geral. A idéia é a mais descontraída possível — uma conversa entre amigos a respeito dessas coisas com tomada ou bateria de que tanto gostamos. O Rio Design Center fica na Av. das Américas 7777 (tel. 3461-9999). O papo, que começa às 19h30 e dura cerca de uma hora, atende por Cora etc. Tinha que ser, né?

*Quase perfeita

A Camedia C-560 da Olympus é um desses pequenos milagres produzidos pelo tempo e pela popularização das câmeras digitais: vai a 3.2 Megapixels, faz filminhos QuickTime, trabalha bem com o flash embutido, tem um ótimo zoom ótico 3X (10X digital) e é extremamente fácil de usar, grande vantagem para quem está começando, quer boas fotos e não tem paciência de se preocupar com comandos complicados. Ela também satisfaz quem gosta de ter um pouco mais de controle sobre as imagens que produz: tem quatro modos de operação, diferentes opções de flash e capacidade de fazer panorâmicas, se estiver com cartão xD Olympus.

Os dois pontos fracos: come baterias a uma velocidade incrível (nem pense em usá-la a não ser com regarregáveis!) e é muito lenta para entrar em ação.

O design é uma variante do clássico Stylus, e a maquininha cabe na palma da mão. Nos EUA, onde custa cerca de US$ 300, cabe também no bolso; aqui, a preços que andam pelos R$ 2.700, a coisa muda muito. US$ 300, nos EUA, é praticamente preço de descartável. R$ 2.700 no Brasil — equivalentes a salgadíssimos US$ 900 — atrapalham completamente a grande relação custo x benefício original dessa belezinha.

*Eu hein

Eu soube que as coisas estavam fervendo quando entrei no Eu hein, blog do meu amigo Nelito Fernandes, na madrugada de quarta-feira, e vi que havia mais de seis mil pessoas online. Nelito foi entrevistado pelo Jô na terça; pois nessa quarta, como me disse depois, seu contador disparou. O “Eu hein” teve 423 mil visitantes, número que não faria feio num portal e que, para um blog, deve ser recorde absoluto de audiência. A sua newsletter, que tinha pouco mais de quatro mil assinantes — o que, cá entre nós, já é coisa à beça! — tem hoje quase 11 mil leitores cadastrados. Motivo da entrevista? Chega às livrarias, essa semana, o livro do “Eu hein” (Editora Desiderata, 120 páginas, R$ 17), com os melhores posts e vários textos inéditos.

(O Globo, Info etc., 7.7.2003)



Ela voltou! :-)



Fotolog: continuo em Shangai...

6.7.03



O domingo, por aí

Helsinki, Finlândia
Nova York, EUA
Bourgogne, França
Alberta, Canada
Alcochete, Portugal
Viena, Áustria
Haia, Holanda
Londres, Inglaterra
São Francisco, EUA
Muir Beach, CA, EUA
Ali na esquina (leiam a "legenda", de Rubem Braga)

Depois eu trago mais links. Agora licencinha, que é domingo aqui também, né? Fiquem bem! :-)


Só rindo...

Mais uma do Cesar, que foi na mosca:
"Parece São Paulo em janeiro. Foi "todo mundo" pra praia do fotolog e a gente, que ficou na cidade dos blogs de texto, tem que arranjar outras coisas pra fazer. Ou então descolar uma Brasília amarela e descer a serra também."
A título de informação: ele tem uma Brasília amarela e faz lindas fotos com ela! Só falta mesmo abrir um fotolog...

O que é que os fotologs têm de tão atraente? Para quem curte imagens, tudo. Além das não-notícias em tempo real de que falei essa semana no jornal, eles oferecem, a quem fotografa, a possibilidade de mostrar o trabalho a pessoas de fato interessadas naquilo -- ou seja, realizam o sonho dourado de todo o fotógrafo.

Basta dizer que o Fotocats, que reúne apenas fotos de gatos, é um dos mais vistos! Lá, ninguém reclama das minhas fotos de gato, pelo contrário...

Para quem vem da "cultura blog", com suas longas e por vezes intempestivas discussões ideológicas, os comentários dos fotologs ("Linda foto!", "Parabéns!", "Belo ângulo!") podem parecer muito bobos -- e são bobos mesmo. Acontece que estão lá menos como troca de idéias do que como exclamações apreciativas, iguais às que se fazem e se ouvem nas exposições.

Em suma: são apenas um registro de que passamos por lá e gostamos, pronto. O recado é, como não podia deixar de ser, visual. O resto é papo furado.


Unidos curtiremos

Mushi-san deu a dica. Não sei quanto tempo esses garotos vão conseguir manter essa página no ar, mas eles contam com a minha mais sincera admiração.

A rede tem dessas maravilhas: gente unindo forças pelo bem comum, pessoas doando tempo e saber apenas pelo prazer de dividir com outras pessoas aquilo de que gostam.

Foi este espírito que deu origem a sensacionais obras coletivas como o IMDB (Internet Movie Database, a mais completa base de dados sobre cinema jamais reunida), o Foldoc (Free On-Line Dictionary of Computing, um dicionário que cresce junto com a tecnologia) ou o OPD (Open Directory Project, que tenta a interminável e impossível tarefa de indexar toda a rede).

Fico de bem com a humanidade sempre que encontro iniciativas assim, gente assim.

É isso aí, meninos: unidos nos divertiremos muito mais!

3.7.03



Da mailbox:

Um motorista pára no trânsito do Rio de Janeiro e alguém bate no vidro do carro dele. Ele abaixa o vidro e outro homem diz:
"A governadora Rosinha foi seqüestrada e o resgate é de 50 milhões de dólares. Se o resgate não for pago, o seqüestrador vai jogar gasolina e atear fogo nela. Nós estamos arrecadando contribuições. Você gostaria de participar?"
O homem do carro pergunta:
"Na média, quanto o pessoal está doando?"
O outro homem responde:
"De cinco a dez litros".




A vida como ela é, ou o que se vê pelo mundo

Há mais coisas entre o céu e a Terra do que violência, hostilidade e cafajestadas em geral


No domingo passado, várias coisas interessantes aconteceram pelo mundo. Um grupo de turistas descobriu, admirado, um fjord norueguês; em Tóquio, quatro peixes fizeram uma demonstração de nado sincronizado numa frigideira; em Anchorage, no Alasca, um piloto finlandês fatiou um salmão com rara maestria, usando uma faca ulu, típica dos esquimós up’ik; em Hasselt, Bélgica, uma mulher cuidou do jardim; em Yalta deu uma praia que só vendo; em Bellevue, Washington, as bananas começaram a amadurecer; e, por toda a parte, gente de bem divertiu-se com seus cães e gatos.

Nada disso chegou aos jornais porque, naturalmente, não é da rotina que se faz a notícia. Mas quem acessa a internet e já descobriu o Fotolog — uma espécie de diário visual, composto de fotos, legendas e comentários — está tendo a possibilidade de ver, pela primeira vez na história humana, a vida como ela é. De verdade: movimentada, pequena, cheia de detalhes insólitos, flores, bichos, comida, objetos, surpresas aqui e ali. A não-notícia em estado bruto, confortavelmente calma e previsível, com beleza de sobra para quem tem olhos gentis, suficientemente tosca e desagradável para quem fez da vulgaridade a sua opção preferencial.

* * *

No momento em que escrevo, há mais de 18 mil fotógrafos do mundo inteiro no sistema, que recebe uma nova imagem a cada 20 segundos. Fotografa-se de tudo, continuamente. A vista da casa, do carro, do alto da ponte; a catedral, o lago, a praça. Como estava Tóquio hoje de manhã? O que se come em Riad? O que se vende no mercado em Latacunga, no Equador? Aliás: alguém sabia que existe um lugar chamado Latacunga? Pois é: não só existe, como, pelo visto, está cheio de gente vivendo como vivem as pessoas em toda a parte, comprando, vendendo, fazendo o troco.

A verdade é que, olhando assim de perto, o planeta é espantosamente familiar. O milagre da pequena aldeia global do Fotolog é permitir essa aproximação, que se faz graças a dois ingredientes fundamentais: a internet, que não tem limites de tempo ou de espaço, e as imagens, livres da barreira da língua.

Aqui, de fato, uma imagem pode valer por mil palavras. É curioso — comovente, até — ver o esforço e o empenho das pessoas nessas “conversas” visuais. Alguém mostra, por exemplo, a foto de uma garça na Holanda; ao longo do dia, outras garças iguais ou parecidas vão surgindo, espontaneamente, por todos os cantos. É como se cada um desses que trazem um novo pássaro dissesse: “Olhe, eu também vi um bicho semelhante e também achei importante fotografá-lo, não é que temos mesmo algo em comum?!”.

Desses “papos” já nasceram diversos projetos coletivos, que vão se formando em torno de temas específicos — animais de estimação, cores, antigüidades, roupas no varal, sombras, transporte público... Não há limites, mas a administração do sistema (ou seja, os três rapazes que o inventaram, nos Estados Unidos) não aceita pornografia ou temas escabrosos de modo geral.

Participar do Fotolog, pulando de país em país e recebendo visitas de companheiros de todos os continentes, é uma experiência única, inédita — mas ninguém precisa ser fotógrafo para viajar nesse tapete voador de não-notícias. Bastam uma conexão e o sentimento do mundo.

* * *

Aviso a quem ainda não assistiu ao melhor espetáculo da temporada: mexam-se, porque a deslumbrante montagem de “Tio Vânia”, atualmente em cartaz no Parque Lage, sai do ar no próximo dia 20. Sei que a palavra “imperdível” anda quase tão desmoralizada quanto a expressão “tudo de bom”, mas acreditem: ambas se aplicam perfeitamente ao caso em questão.

Para começo de conversa, o texto de “Tio Vânia” não só podia ter sido escrito ontem, como podia se passar ali na esquina. Vejam: as florestas vêm sendo dizimadas a uma velocidade espantosa e o ecossistema está em situação precária, assim como a alma das pessoas, cada vez mais fúteis, desligadas e auto-referentes. As relações não funcionam e ninguém está feliz.

Familiar? Bem-vindos à Rússia de Tchekov, que ganha vida no espaço do Parque Lage (na foto) magistralmente criado por Daniela Thomas. Acrescentem o elenco impecável em figurinos caprichadíssimos, a luz perfeita, a direção inteligente de Aderbal Freire-Filho e... bom, o que é que vocês ainda estão fazendo aí? Corram para a fila, porque tem tido casa cheia direto.

* * *

A comemoração dos 25 anos da Argumento, na segunda-feira, foi a festa mais carioca, simpática e divertida dos últimos tempos. Não estavam lá: Danielle Winits e Fernando Fernandes, André Ramos e Bruno Chateaubriand, Sabrina e Dhomini, César Filho e Elaine Mickely e incontáveis celebridades. Sei não, mas em termos de festa no Rio as telefônicas têm muito a aprender com as livrarias.


(O Globo, Segundo Caderno, 3.7.2003)

Bastidores: No dia em que eu fui assistir à peça, entrou platéia adentro, a certa altura, um gato lindo, de três patas. Veio se esfregar um pouco na minha perna, depois parou embaixo da cadeira em frente e lá se deitou, na maior calma, bem dono do pedaço.

Fiquei meio preocupada, com medo que a senhora sentada na cadeira escolhida pelo gatinho se assustasse; mas nada aconteceu.

Depois, conversando com os atores, soube que ele é, conforme eu imaginava, íntimo da casa. Chama-se Romário, era o queridinho do Aderbal durante os ensaios e, às vezes, se excede e sobe no palco. Aí a Bel Kutner, que é gateira de carteirinha, gentilmente o tira de cena.

Bom. Este foi o momento Animal Planet. Houve também um momento Discovery: numa das cenas do final, em que a Débora Bloch contracena com o Daniel Dantas, entrou um morcego, e ficou esvoaçando sobre o palco.

Esse causou um certo frisson, mas a meu ver ficou bem no clima. Tem tudo a ver um morcego na sala de um Tchekov. A Débora e o Daniel ficaram na deles, imperturbáveis, como se convivessem com morcegos rotineiramente.

Eu quero assistir à peça de novo, está de fato sensacional. O espaço -- mais ou menos como o daquele cinema ao ar livre que armaram uma vez no Jóquei -- é inesquecível. Acho maravilhoso ver lugares que conheço transformados assim.

2.7.03



Grande lista!

O camarada que atende por Zen está compilando uma lista com todas as comunidades do Fotolog. Muito interessante!


Deu no Blue Bus

"Uma escola católica na Australia, a Maranatha Christian College, proibiu os livros de Harry Potter em sua biblioteca porque mostram a bruxaria como se fosse uma coisa normal. "
De fato, bruxaria não é normal; mas cretinice, pelo visto é. Tsk, tsk, tsk.


Hoje, no Fotolog: Chile

Postei quatro fotos de uma viagem de 1999, mas me arrependi: a resolução da Mavica que usei deixa demais a desejar. O diabo é que eu estava aqui trabalhando e ouvindo uns MP3 básicos, e aí entrou no ar a Violeta Parra; pronto, né?

Como a crise de tempo continua, mandei ver sem pensar muito. No fim, ainda acabei tirando uma do ar, de vinhedos, que ficou muito ruim online.

Bom, paciência. Assim eu aprendo a fazer as coisas direito...



Parabéns, Lula!

Como bom baiano, o meu irmãozinho Lula (também conhecido como Luiz Antônio Gravatá Galvão) faz anos hoje.

Tudo de bom, queridinho!

1.7.03



O BILLY VOLTOU!!!


Para quem reclama que não há boas notícias no mundo -- o Billy, gatinho do Cris que estava sumido há duas semanas, voltou pra casa!

Ufa...


Atenção!

O Matusca mudou de tumba

AGORA A MÚMIA MAIS AMADA DA BLOGOSFERA PODE SER ENCONTRADA AQUI.

Aleluia! Coisa chata era aquele Blig, viu, Matusca?! Já foi tarde!


Fama não é prestígio...

A minha vida social anda uma coisa! Ontem fui assistir à montagem de Tio Vânia em cartaz no Parque Lage, que está simplesmente deslumbrante; hoje fui à festa dos 25 anos da Livraria Argumento, uma das melhores dos últimos tempos.

Millôr e Fernanda (Montenegro) abriram os trabalhos, Olivinha cantou como uma deusa, Chico mandou ver, Carneirinho leu poema... Um grande sarau, uma noite entre amigos, com gente interessante e divertida, vibrações positivas e altíssimo astral. Até conheci o Tiago Teixeira e a Mariana Newlands (que faz o Multi-uso com a Marina W, e fazia a Clarabóia com o Jampa) ao vivo e a cores: muito bom!

Vocês vêem: as telefônicas vêm, trazem organizadores de São Paulo, fazem produções caríssimas em locais inacreditáveis... e as festas são horríveis, cheias de ex-BBBs e outras nulidades. Todo mundo sai falando mal. Aí vem essa livraria, modestíssima na comparação com qualquer telecom, chama os amigos e consegue casa cheia com gente da melhor qualidade. Uma noite deliciosa, todo mundo feliz, vontade nenhuma de ir embora.

Não estavam lá: Alexandre Accioly, Marcelo Serrado, Danielle Winits, Luana Piovani, Eliana, Syang, Tiazinha ou a Feiticeira.

Ah, sim: Por ontem e hoje entenda-se, naturalmente, sábado e domingo.




Hoje uma foto minha foi a mais vista do Fotolog.

Honra seja feita, não tanto pela fotógrafa quanto pela fotografada, minha amiga Beth, que é carioca de corpo e alma e cuja tatoo chamou a atenção. Pudera não!

Aliás: ontem a Cris Carriconde -- que alguém já disse que devia ganhar o iBest de Melhores Comentários -- abriu também um flog. Eu estava com a tela do Fotolog aberta quando apareceu o nome dela entre os novíssimos registrados. Corri e consegui ser a primeira a deixar um comentário... Ha!

Boa noite, Cris!