22.3.05





Job description

O Joaquim, para variar, disse tudo:
Um cronista de segunda-feira, e tem que haver alguma vantagem ao se entrar num negócio desses, é um fingidor. Pode até inventar uma solidão que não existe, mas tem tempo para a tarefa e ninguém está vendo como ela se constrói na tela do computador. Ganha a vida inventando assunto. O resto do jornal já está impregnado demais de realidade. A crônica é a hora em que o editor encarrega o maluco de descobrir uma pasárgada qualquer, uma maracangalha outrossim, mas tudo, pelo amor de Deus!, tudo bem longe dos hospitais do Rio. É a hora da Redação e o Leitor respirarem aliviados. O cronista deforma as cenas ao gosto da pena e fica por isso mesmo. O ombudsman , nem aí, dá força na mágica. Nenhum manual de redação o obriga à coerência. (Joaquim Ferreira dos Santos)
Pronto. Fica aqui registrado, pro dia em que alguém vier reclamar que, com todo aquele espaço, eu só faço pensar em gatos e capivaras.

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