Gladys Marín
Sozinha aqui no jornal, pesquisando umas coisas sobre o Panamá para a coluna de quinta-feira (que ainda não terminei de escrever), topei, por acaso, com uma notícia que me escapou: Gladys Marín, líder do Partido Comunista Chileno, morreu domingo passado.Uma vez, alguém disse que quem não é comunista aos 18 não tem coração, mas que quem continua comunista aos 40 não tem juízo.
Pois, aos 18, eu adorava Gladys Marín.
Hoje, lamento demais a sua morte, embora ache que quem ainda acredita em comunismo está a um passo de acreditar em Papai Noel. Não há utopia que sobreviva ao cardápio de atrocidades com que nos brindaram os governos comunistas mundo afora (ainda que, de comunismo de verdade, pouco tivessem; mas isso são outros 500).
Num país como o Chile, no entanto, onde parte da população continua achando que Pinochet é um grande homem, ser comunista não era apenas questão política, era, sobretudo, questão ética.
Por isso, apesar de todas as contradições e incongruências, continuei admirando Gladys Marín.
Tenho o maior respeito por gente que luta pelos seus ideais sem fins lucrativos.
PS:
Até hoje sinto saudades desta canção, para não falar naqueles tempos duros e ingênuos, em que a gente achava que era tão fácil dar jeito no mundo.
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