8.4.05

O enterro dos enterros

Ontem de madrugada acabei assistindo ao começo da cerimônia de enterro do papa. De todas as emissoras pelas quais zapeei, a RAI era a única que estava fazendo uma cobertura aceitável, isto é: não só os caras sabiam quem era cada um dos prelados e o que era e significava cada detalhe do cerimonial como sabiam quem eram quase todos os chefes de estado que apareciam no video -- muito embora Lula tenha passado em branco por eles.

Até o principe Charles apontaram uns três minutos antes da BBC.

A BBC, por outro lado, era a única a não dublar as falas. Entendeu entendeu, não entendeu, paciência. Achei muito melhor assim, gosto de ouvir línguas diferentes.

O toque cômico ficou com um dos locutores da RAI. Lá estava o caixão naquela praça esplendorosa, com aqueles cardeais vestidos num luxo carnavalesco, aqueles chefes de estado todos que gastaram milhões para estar lá e ele diz, a sério:

-- A abrangência e a simplicidade desta cerimônia mostram bem quem foi o papa.

Abrangência, OK. Mas... simplicidade?

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