28.4.05















Asas, pra que te quero...

Hoje foi duro.

Taí o hotel para vocês verem, e a praia e tudo -- mas isso é do lado de fora, e nós ficamos do lado de dentro, vendo apresentações e fazendo entrevistas.

Algumas muito interessantes, mas chegava a doer pensar no lado de fora.

Fomos soltos no fim da tarde, às 17h30. Uns foram dormir, outros nadar; eu aproveitei a última luz para fotografar um pouco.

Às 19h em ponto nos levaram para uma casa de shows onde jantamos, mas eu preferia não ter ido. Imaginem que os centros de mesa eram pequenos aquários com um copo reto dentro e, neste copo, uma vela acessa; nos aquários, seixos de vidro, um pouco (pouco mesmo) de água e um peixinho de verdade!

Não fui a única a ficar indignada, mas acho que a maioria nem reparou ou, se reparou, nem ligou; ou, então, não se tocou para o fato de que é impossível para um peixe sobreviver àquelas condições.

Gente, que cabeça doente a que inventou esta "decoração"!!!

Sei que foram mortos muito mais peixes do que aqueles para o ótimo bufê que comemos, mas, caramba, uma coisa é comer um bicho, outra, bem diferente, é ver um coitadinho esquentando em banho maria, sabendo que, no fim da festa, alguém vai jogá-lo no lixo.

Tsk.

Logo mais, no começo da tarde, quase todos os colegas vão embora; mais de 200 jornalistas, de todos os cantos da América Latina. Grupos semelhantes foram reunidos simultaneamente pela Nokia em Amsterdã, Hong Kong e Kuala Lumpur para anúncios de parcerias (entre outros Zeiss, Adobe e Yahoo), apresentação dos produtos que vão chegar ao mercado no ano que vem e considerações sobre convergência e o futuro dos celulares.

Para variar, madrugada vai alta, mas vou me dar ao luxo de dormir até às 9h.

Quando acordar, tenho que decidir o que fazer da minha vida. Fui pedir sugestões a vocês e agora estou tão cheia de opções que é quase impossível decidir -- embora meu coração balance na direção de Playa del Carmen, preciosa dica da Marcela e do Ricardo Freire (muito obrigada, queridos!); também posso passar os próximos dias mergulhando em Cozumel ou, eventualmente, ir sem mais delongas para a cidade do México, de onde sai o avião pro Brasil, e onde há tanta coisa interessante para se ver.

Tenho, ainda, um plano maluco na algibeira dos sonhos: Cancún fica a 45 minutos de Cuba e, em vez de voltar para casa no sábado, eu podia ir até lá, para ver o Primeiro de Maio em Havana.

Segundo a agência de viagens aqui do hotel, ida e volta com uma noite em Havana custam U$ 300. Não é caro, mas, por outro lado, é para lá que vou de férias de verdade com a Bia; sem falar que um estirão desses seria um tanto puxado.

Adoro viajar sozinha, mas num caso desses, ter companhia faz muita diferença.

Bom, vou dormir; decido quando acordar e, claro, quando tiver feito as contas certinhas e avaliado as possibilidades na ponta do lápis.

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