27.11.01




Weblogger? Esquece...


Durante o fim de semana, sugeri à Laura, minha irmã, que criasse um blog. Ela é flautista e professora da Unirio mas, além disso, escreve críticas de CDs clássicos para uma revista americana chamada Fanfare. Nesta revista mensal, que mais se parece com um livro do que com outra coisa qualquer, algumas dezenas de malucos descrevem, para outros malucos semelhantes, todos os lançamentos clássicos da temporada. Todos! Eles falam de vibratos, pausas e pizzicatos com a paixão de locutores esportivos narrando final de campeonato. É muito esquisito -- mas, quando a gente começa a ler, descobre que é também muito legal. O problema é que a Fanfare mal e mal se encontra fora dos Estados Unidos, e não é exatamente uma revista para músicos (a galera da minha irmã) mas para colecionadores de CDs e bibliotecas que precisam de orientação para as suas aquisições.

Ora, quando a revista para a qual você escreve não está chegando à sua turma, o que você faz? Reproduz as suas críticas num blog, obviamente. Assim lá fui eu fazer um blog para a Laura. Resolvi experimentar o similar nacional, o Weblogger, que -- em tese -- teria algumas facilidades interessantes para ela, micrófoba fundamentalista: contador e ferramenta de comentários já vêm incluídos, e postar fotos é uma moleza. Mais simples, impossível, certo?

Errado. Abrir um blog com o Weblogger é até fácil. Mas qualquer outra coisa é praticamente impossível. Tente descobrir o endereço do seu blog. Tente mudar o template. Tente carregá-lo...

TRISTE!!! Manter um blog lá é um teste de paciência além do que se pode desejar do usuário médio. Sei que há incontáveis blogueiros postando felizes por lá, mas isso apenas comprova a tese universal de que as noções de felicidade são tão variadas quanto as pessoas. Resultado: ontem de madrugada, depois de tentar em vão chegar ao blog que eu mesma havia criado (!), acabei perdendo a paciência e criando um outro blog para a Laura no nosso bom e velho blogger. Instalei um contador e o SnorComments e pronto, lá está ele solto no espaço, funcionando sem problemas. Chama-se Mostly Music, e é exatamente o que diz o título, principalmente música. Em inglês. Não porque a Laura seja um ser esnobe ou o quê, mas porque o material original está mesmo em inglês. Eu, em que pese a natural parcialidade familiar, recomendo o MM, sem restrições, a todos os melômanos anglo-parlantes (êta, nóis!): vocês vão gostar.

Nenhum comentário: