Desmoralizar o governo? Uai, e precisa?
Acabo de ver o ministro Paulo Renato, aquela elegante sumidade, dizendo na TV que os professores em greve têm um único objetivo: desmoralizar o governo. Parece que a síndrome de FhC ("Eu! Eu! Eu!") lhe subiu à cabeça. Eu não sou professora, graças a Deus, mas tenho uma irmã e diversos amigos que são. Um professor universitário trabalhando em horário integral -- impossibilitado, portanto, de ter outro emprego -- não chega a ganhar dois mil reais por mês. Com isso, quer o ministro (cuja bela indumentária deve ter custado até mais) que o professor sustente família, se vista e se alimente, pague aluguel e condomínio, condução e colégio de filho, para não falar em extravagâncias como remédio em caso de doença, revista e livro em caso de atualização, cinema e chopinho em caso de relax.
E, sobretudo, que fique quieto e que não reclame, porque o governo não suporta concorrência: ele consegue se desmoralizar sozinho muito bem, obrigado.
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