Viva 2005!
Fotos da Cybershot P10, postadas no Flickr.
Praia da Urca, na madrugada de ontem
cora rónai
uma espécie de diário
"Olá, CoraA única coisa que talvez ainda possa ser feita para ajudar a Capivara é ir lá buscá-la e trazê-la de volta para a Lagoa; mas como fazer isso?
sou assinante do Globo e seu leitor assíduo e curto muito a sua defesa do meio ambiente e dos animais. Bem, quero falar mais especificamente sobre a capivara retirada da lagoa, nossa musa, que me parece correr grande perigo em função do erro de a terem levado para a área da Reduc, que não me parece apropriada.
O fato é que trabalho próximo da Reduc e um colega de trabalho, Manoel Gomes, contou-me que ele e várias outras pessoas que entravam para o turno da noite na Polibrasil viram a capivara na noite de natal, muito gorda e mansa, perambulando pela rua, em frente à Petroflex. Ela chegava a acompanhar os carros que passavam lentamente a observando, só depois sendo espantada para a área da Rio Polímeros, que é hoje um grande canteiro de obras, com centenas de pessoas trabalhando.
Como não há histórico de aparecimento de capivaras no local, onde trabalho há 13 anos, acho que é muito provável que se trate da nossa amiga da Lagoa, possivelmente com problemas de adaptação ao novo "lar".
Lamento, mas acho muito pouco provável que ela dure muito tempo andando por locais tão movimentados (o fluxo de caminhões por lá é imenso), mal iluminados e carentes, onde certamente não faltarão aqueles querendo reforçar a ceia de fim de ano.
Não sei bem o que pode ser feito para ajudá-la, além de desejar-lhe sorte, mas acho importante que o fato seja conhecido, até para que se evitem novos erros futuros.
Um grande abraço!
André L. S. Toledo"
"O Natal transcorrera de forma tranqüila, na véspera fomos convidados a um casamento tailandês de um carpinteiro que trabalha no estaleiro. Lá estivemos com a alegria típica dos brasileiros, levando uns discos de samba que todos adoraram.O depoimento é de João Sombra, um brasileiro que, há nove anos, veleja ao redor do mundo; o estilo não podia ser mais pitoresco.
Por volta das 23h noite retornamos a nosso "amigão", como chamamos o Guardian. Dia seguinte 25 de dezembro, aquela tradicional sentada na internet para receber e retribuir as centenas de mensagens dos super irmãos do Brasil e outros que vivem no exterior e acompanham nossa viagem.
Dia tranqüilo, porém com muita pressão no ar. Já se foram mais de 15 dias sem uma gota sequer de chuva, e em tempo de lua grande, a dama prateada em seu plenilúnio, isto sempre preocupa. Mormente em regiões cerca do Equador, onde sua influência sobre a terra se faz mais acentuada. Fatos que aqueles que vivem no mar conhecem bem."
Vocês conhecem a Samia, colega aqui dos comentários? Ela também usa o Flickr, onde mostra fotos cada vez melhores.
Por esses dias teve até uma gatinha tricolor de presente para mim, que achei a coisa mais linda do mundo, uma espécie de Keaton-bebê um pouco mais peluda.
Pois esta é a lojinha dela, lá em Diamantina, decorada para o Natal.
Não é uma delícia?
Ainda por cima com aquele enfeitinho branco, quadrúpede, esperando na porta...
(Detalhe: estou postando diretamente do Flickr, que permite blogar direto de lá, sem precisar passar pelo Blogger. Mas aí recomenda-se não usar acentos. Aqui eles saíram bem porque acabo de fazer uma revisão pelo Blogger.)
O pôr-do-sol de ontem.
Detalhe: a foto, como praticamente todas que tenho postado, foi feita por telefone.
Diga o nome das cinco pessoas mais ricas do mundo.
Diga o nome dos cinco últimos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz.
Agora diga o nome das cinco últimas Miss Universo.
E, para terminar, os últimos cinco ganhadores do Oscar de melhor ator/atriz.
Difícil não? E são pessoas famosas, não são anônimas.
O aplauso morre, prêmios envelhecem...
Agora tente este outro teste:
Lembre o nome dos cinco professores de quem você mais gostava.
Lembre de cinco amigos que ajudaram você em momentos difíceis.
Pense em cinco pessoas que lhe ensinaram alguma coisa valiosa.
Pense em cinco pessoas com quem você gosta de estar.
Mais fácil esse teste, não?
As pessoas que fazem diferença em nossas vidas não são as que têm mais credenciais, dinheiro ou prêmios. São as que se importam conosco!!!
FELIZ NATAL PARA VOCÊ E SUAS CELEBRIDADES!
--Fabio Sampaio
"Antônio Rayol tem 48 anos, 27 de Polícia Federal. É um estudioso de políticas de combate à lavagem de dinheiro, matéria que lhe deu um título de pós-graduação. Homem aberto ao debate público, ele tem sido um interlocutor destacado particularmente nas questões que envolvem conluio entre advogados e o crime organizado. Rayol teve uma gestão inatacável à frente da Delegacia de Entorpecentes da PF e apenas iniciava seu trabalho na Delegacia do Meio Ambiente. Este policial foi chutado de seu cargo, poucos meses após realizar uma blitz na rinha de galos onde estava o publicitário Duda Mendonça.Esclarecedor -- para dizer o mínimo.
O governo comprou uma briga dura. Rayol acaba de despejar no Ministério Público Federal uma coleção de documentos mostrando o rastro deixado pela patrulha oficial do PT. "Tenho provas documentais de que a direção do DPF deu tratamento diferenciado ao caso Duda Mendonça", afirma o delegado. O dossiê já está nas mãos do procurador da República Rodrigo Ramos Poerson."
Um claro acerto de contas
A punição de três policiais federais que participaram da prisão do publicitário Duda Mendonça há dois meses numa rinha de galos no Rio de Janeiro não é mera coincidência. Trata-se de um claro acerto de contas, cujo efeito mais evidente é a sinalização de que o espírito "republicano" proclamado pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, como norte das ações da Polícia Federal, tem seus limites.
De agora em diante, os policiais que integrarem equipes de investigação e prisão de gente com estreitas ligações no centro do poder ficam sabendo de uma coisa: suas ações podem gerar reações de vingança e, portanto, talvez seja conveniente pensar duas vezes antes de agir.
O ministro Thomaz Bastos e o superintendente-geral da PF, Paulo Lacerda, sempre ciosos na defesa da corporação ante suspeitas de ingerências políticas em suas ações, ficaram calados quando os agentes Luiz Amado e Marcelo Guimarães foram transferidos de seus postos, mês passado, e assim permaneceram agora em relação ao afastamento do delegado Antônio Carlos Rayol.
Rayol comandou a operação da qual participaram Amado e Guimarães, e foi ele quem recebeu de Duda Mendonça, no momento da prisão, a valiosa informação de que estava diante de um "assessor do presidente".
"Pensei que fosse assessor do presidente do clube", diria o delegado depois, referindo-se à agremiação clandestina objeto da operação e desmoralizando o "sabe com quem está falando".
Na ocasião, doutor Márcio Thomaz Bastos também reagiu, como ele gosta de dizer, com "espírito republicano". Chamado por Duda ao telefone na frente dos policiais, orientou que ele procurasse um advogado.
Muito se especulou a respeito da ligação entre a prisão e a proximidade do segundo turno da eleição em São Paulo -- a PF teria feito de propósito, só para prejudicar a candidatura de Marta Suplicy ?, mas o governo ficou impassível, como de resto tem ficado em relação às complicações de seus amigos e aliados com a polícia.
Por isso mesmo a retaliação nesse caso destoa do comportamento geral. Bem como o silêncio do ministro e do superintendente não combina com a loquacidade habitual quando se trata de capitalizar as ações da PF como exemplo da eficiência governamental.
Talvez ambos pensem que assim, lidando com o assunto com a naturalidade reservada aos atos de rotina, a vindita passe despercebida. Como se fosse a coisa mais normal do mundo a transferência repentina de três agentes integrantes de uma mesma operação que flagrou em ato ilegal um "assessor do presidente". Da República, bem entendido.
Além do quê, o afastamento dos policiais deu-se até agora sem explicações de caráter funcional, e irregularidades na prisão dos sócios do clube de brigas de galo não houve, pois a Justiça aceitou a denúncia contra os acusados.
Enquanto não forem expostos os motivos das punições e as cúpulas da PF e do Ministério da Justiça continuarem achando desnecessário dar uma satisfação ao discernimento alheio, fica patente a represália.