3.7.02



Consagração S.A.

O Cat acaba de chegar aos píncaros da Glória Online: virou Autor Anônimo! Há umas duas semanas, ele publicou um daqueles textos espetaculares dele lá nas Parabólicas. Ontem, para seu espanto, recebeu o texto por email... com a "identificação" cuidadosamente anotada ao pé, "Autor Anônimo". Pode?! Aí vai o texto, para que todos o aproveitem; e com o devido reforço da autoria.

A Copa dos Maus Exemplos

RIO - Sou um garoto de 8 anos, animadão com a Copa e não perco nenhum jogo. Sempre atento à TV, sou naturalmente bombardeado o tempo todo com toques, sugestões e propagandas, mas nem percebo a influência que estas mensagens poderão ter na minha formação. Seguem-se os eventos e, de repente, um dos meus ídolos, o Rivaldo, executa a mais grotesca interpretação teatral possível, fingindo receber uma bolada na cara e se jogando no chão diante de centenas de milhões de espectadores, quando na verdade a bola simplesmente lhe pegou na perna. Não entendo direito aquilo e vou em frente.

Nos comerciais, logo a seguir, vejo um anúncio que é a segunda ou terceira peça da campanha publicitária de uma marca de guaraná. É o Guga Kuerten vendo um menino com dificuldades na máquina de moedinhas e dando uma raquetada certeira, de modo que a bola atinge o botão liberando um monte de latas geladas, quando o garoto botou apenas uma moeda. Não satisfeito, o garoto do anúncio sugere ao Guga que use o mesmo truque da bolada num caixa eletrônico de banco. Guga diz não. Mas peraí, é uma coisa bacana aplicar truques para roubar dinheiro de uma máquina dessas? Bem, sei lá. Segue a TV.

Nos dois blocos seguintes de comerciais, duas propagandas com aquela tartaruguinha esperta, a da cerveja. Na primeira, ela induz um cozinheiro chinês a jogar uma faca para o alto e recebê-la cravada na nuca. Na segunda, o quelônio está numa arquibancada e o torcedor à sua frente, ao comemorar, levanta os braços com a latinha de cerveja. A tartaruga simplesmente rouba a lata do cara e bebe a cerveja dele.

Tudo bem, eu quero mesmo é ver o jogão. Mas e aí, se depois eu virar um pilantra quando crescer, será que vou me lembrar dos valiosos exemplos que tive vendo TV quando era garoto? (Carlos Alberto Teixeira)

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