Trinta horas de terror em Los Angeles
Mais uma que eu roubo do Cat... A Meg tinha me mandado um email apontando para este relatório na própria sexta, mas a vossa blogueira, afogada que estava entre os livros que debalde tentava arrumar, separou o link num cantinho onde ele prontamente sumiu. A ineternet, felizmente, também escreve certo por linhas tortas... Hoje já temos, enfim, um diplomata brasileiro correndo atrás do caso (não que adiante muito: desde quando eles dão bola pra quem quer que seja?!) mas, sobretudo, vocês pegam um caprichadésimo texto da lavra do Cat, ficam bem informados e eu... bom, eu, meninos, vou ao supermercado, de carro, ali na esquina, comprar o que não havia na Casa Nelson...
No dia 25 de fevereiro passado, o engenheiro Ricardo Abude E. Silva passou por um sufoco medonho ao tentar entrar legalmente nos Estados Unidos pelo aeroporto de Los Angeles. Visto e papelada OK, foi maltratado, ameaçado de agressão e confinado num cubículo. Em seguida, foi transferido para uma saleta fétida e já apinhada com cerca de 20 pessoas detidas nas mesmas condições. Ficou preso por 30 horas. Sem receber nenhuma explicação sobre o motivo de sua detenção, foi coagido a assinar um documento cancelando seu visto e metido num vôo de volta. Caso não tivesse assinado, teria sido mantido preso por tempo indeterminado.
Uma cópia do estarrecedor relato detalhado do incidente, escrito pelo próprio Ricardo, chegou ao conhecimento do consulado brasileiro em Los Angeles na sexta-feira passada. Após checar a veracidade, o embaixador José Vicente Pimentel marcou para hoje, dia 21, uma reunião com o pessoal da imigração no aeroporto, de modo a obter esclarecimentos.
Se há alguma ordem oficial americana no sentido de agigantar ainda mais a antipatia que o Governo daquele país desperta em muitos povos, então temos aqui um exemplo ímpar, dado pelo setor de imigração em Los Angeles, de imaculada competência no cumprimento de uma determinação superior.
(Carlos Alberto Teixeira)
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