17.3.02



Time waits for no one

Estou eu aqui a arrumar os livros no escritório, quando resolvo ligar a televisão para ver se há algum aditivo no ar pra ajudar na tarefa; clic nada clic nada clic nada clic... peraí, que esquisito... um senhor de meia idade, muito bem arrumado, completamente chocho, cantando para uma platéia gigantesca, nórdica, ainda mais arrumada e chocha do que ele, cuja idade média deve andar aí pelos 70; todos empolgadíssimos, quer dizer: batendo palmas, e quando a câmera dá closes, vê-se que estão na maior pilha, porque dão aqueles sorrisinhos cúmplices uns pros outros, tipo "Uau, que balada!" Um ou outro, mais atirado, até sacode os ombros.

O artista é... putz! ... Paul McCartney! O espetáculo é, descubro, o finzinho de algo chamado Nobel Peace Concert, em homenagem a Kofi Annan e às Nações Unidas. E a platéia é... bem, exatamente a platéia que a Academia Sueca convidaria para tal evento (que acontece, porém, em Oslo, na Noruega). Só há uma palavra para descrever este espetáculo: PATÉTICO.

Vai pra casa, Paul!

Volta, Roger Waters! Por onde andas, Neil Young? Mick... oi, Mick, cadê você?!

(Aviso, mas não digam que eu não avisei, se é que vocês me entendem: há um repeteco daqui a pouco, às 22h30, no canal 38 da Net aqui no Rio.)

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