12.7.04





Bom companheiro de viagem


Na semana passada mostrei algumas fotos que fiz e enviei com o celular, durante as férias. Meu companheiro de viagem foi um aparelho como este, o Nokia 7650, vovô dos telefones com câmera mas, a meu ver, até hoje entre os melhores da espécie — até porque o slide cobre a lente, protegendo-a de arranhões.

Sair de férias com celular no bolso é uma aventura relativamente nova e muito interessante. Você pode levar o seu próprio telefone e, dependendo da operadora e do aparelho, até o seu próprio número; mas lembre-se que, se o roaming internacional é a opção mais prática, é também a mais cara. Vantagem: ligações pagas na volta pela conta normal do telefone, em reais. Desvantagem: preço muito alto. Apenas para remeter o dinheiro para o exterior, por exemplo, a operadora (ou seja, o usuário) paga 33% de impostos. Junte-se a isso custos variados, PIS, Cofins e ICMS e, já viu, o céu é o limite...

A operação, porém, é praticamente automática. Basta procurar a operadora e habilitar o serviço antes da primeira viagem do aparelho. No caso dos telefones CDMA (Vivo), dependendo do país visitado, recebe-se um novo número; no caso dos GSM (Oi, Tim e Claro), conforme a freqüência usada no país e o seu celular (os modelos tri-band funcionam em praticamente todo o mundo) é só fazer a habilitação e sair falando. Ou ouvindo: ligar do Brasil para um celular em roaming internacional é exatamente como ligar para o aparelho aqui, inclusive em termos de custo. Quem paga a longa distância é quem recebe a chamada, lá fora, quer dizer: você!

A meu ver, a melhor solução para quem tem aparelho GSM é comprar um chip novo no país visitado, e usar cartões pré-pagos, que ajudam a segurar a onda. O número muda, mas gasta-se bem menos, inclusive porque se pode optar pela operadora que tem as melhores tarifas (no roaming, ela é escolhida de acordo com a força do sinal recebido). Antes de viajar, contudo, cheque com a operadora se o seu aparelho aceita simcards de outras empresas, e se afreqüênciaé compatível com a do país que você vai visitar.

Finalmente, se você viaja muito mas o seu telefone tem limitações, considere comprar um aparelho multiband, desbloqueado, que funcione em qualquer canto GSM do mundo.

Gatinha raptada

Na terça-feira de madrugada, pouco depois que me despedi dela, como fazia todas as noites ao chegar em casa, Pipoca, a gatinha do prédio, foi raptada. O porteiro do lado viu tudo: um Palio escuro parou em frente ao edifício, uma mulher desceu, pegou a gatinha e, quando ele saiu da portaria para ver o que estava acontecendo, ela correu para o carro com a Pipoca e sumiu na noite.

Tenho certeza de que a pessoa que levou a minha querida gatinha não o fez por mal; possivelmente pensou que era um bicho de rua, sem teto. Se esta pessoa por acaso estiver lendo esta coluna, peço que por favor nos traga a Pipoca de volta.

Ela vive solta mas tem lar, e uma família humana que está sofrendo muito com a sua ausência. Telefone para contato: 2534-5752.


(O Globo, Info etc., 12.7.2004)

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