10.2.03



Como é que eu vivia antes?

Admito: sou Palm-dependente há alguns anos. Uso a agenda de telefones, a máquina de calcular, alguns programas sensacionais para quem viaja (do Sabre, que traz todas as informações sobre os vôos a pequenos utilitários que fazem conversão de pesos, medidas e moedas), já usei uma dieta (mas nem dieta hi-tech funciona comigo), leio o noticiário via Avantgo, escolho filmes e eventualmente restaurantes via Hands, carrego os sonetos de Shakespeare (que podem ser lidos e relidos mil vezes sem que a gente se canse deles) para me distraírem em filas e engarrafamentos, rabisco alguns emails rápidos e, uma vez, escrevi uma coluna inteira usando o Grafitti, a escrita do Palm OS. Viver sem Palm é possível, mas bem mais complicado, sobretudo para quem já sabe o quanto um PDA facilita a vida.

Vale, contudo, fazer uma advertência; cuidado com os games. Alguns são extremamente viciantes — e, como todo vício, pegam a gente pela amostra grátis. Foi o caso do “Bejeweled”, uma variante bonitinha do “Tetris” que veio no Clié, e que me deixou obcecada durante meses. Depois alguém me deu o “Bounce Out”, da mesma Astraware, que passo horas jogando. O preço dos dois é o mesmo, U$ 15, mas eles podem ser baixados para teste gratuitamente. Se você não tem cartão de crédito internacional, estenda o período de teste voltando à tela inicial do Palm e, de lá, pulando para o joguinho.

(O GLOBO, 10.02.2003)

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