No Paraná, estava resolvido...
Jantando com Jaime Lerner, perguntei a ele o que faria com o espaço do World Trade Center. A sugestão do Jaime (que tem filha, genro e um futuro netinho morando em Nova York) não é arquitetônica mas, exatamente como eu esperava, humana:
-- Eu reconstruíria a área. Não as mesmas torres, naquela altura, evidentemente; mas faria um cálculo. Quantas pessoas se podem pôr ali? 50? 500? 5000? Então, este número seria igualmente dividido por todas as etnias, religiões, nacionalidades -- enfim, todas as tribos que compõem Nova York. E essas tribos teriam que conviver entre si e, a partir daí, começar a se integrar umas com as outras, e se aceitarem umas às outras.
Jaime também faria lá o que é uma das suas marcas registradas como planejador urbano: nada de fronteiras entre áreas comerciais e habitacionais. As pessoas podem perfeitamente viver nas mesmas áreas onde trabalham. Com isso, aliás, se resolvem dois dos maiores problemas das grandes cidades, o trânsito e a segurança. Não há nada mais triste e inóspito do que uma área comercial, como o centro do Rio, por exemplo, depois das sete ou oito da noite, quando todo mundo já foi para casa. Ai de quem tenha que sair mais tarde do trabalho...
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