28.10.01





Apostando nos apostadores

Ainda não li nada -- notícia, estatística, post -- sobre o assunto, mas tenho certeza de que a vida dos cassinos on-line não anda nada fácil. Digo isso porque, há coisa de um ano, resolvi escrever uma matéria a respeito dos cassinos, me inscrevi numa batelada deles, joguei (e, milagre! ganhei uma nota legal, que chegou direitinho às minhas mãos em cheque, pelo correio) e, desde então, não consigo mais sair da lista de mala direta deles, apesar de ter feito reiterados pedidos a todos e ter desinstalado os seus softwares assim que terminei a reportagem.

Pois desde o 911 os cassinos andam simplesmente desesperados, fazendo ofertas de todos os tipos aos antigos usuários. É normal que, assim que a gente abra uma conta, eles ofereçam uma percentagem do que a gente depositou como oferta da casa; mas agora muitos convidam a gente para fazer uma visitinha e jogar com o dinheiro deles (tipicamente, algo em torno de US$ 20). É claro que os convites têm seus truques: antes de pegar essas vinte pratas, o número do cartão de crédito do usuário tem que estar devidamente registrado.

O fato é que todos os cassinos estão apostando na compulsão universal do jogo, que é um sentimento real -- se eu não tivesse desinstalado os programinhas da máquina, a essa altura já estava vendendo tangerina naquele sinal em frente ao Mengão.

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