26.11.04



A balada do bordel virtual

Nada como um bom repórter na área! O Alexandre Cruz Almeida levantou a história do fechamento do tal bordel virtual; antes, já tinha escrito sobre as garotas de programa da internet.

A delegada pode até ser muito simpática, como ele diz, mas, sinceramente, sofre profunda falta do que fazer -- o que, convenhamos, é estranho numa cidade como o Rio. Não havia menores de idade trabalhando lá e, aparentemente, as moças estavam bastante contentes com o, hmmm, "ambiente de trabalho", digamos assim.

Levar gente para a cadeia por incitar terceiros a atos libidinosos, a essa altura do campeonato, e neste específico trecho do planeta, é de uma hipocrisia que beira a imoralidade.

Se bem entendi a delegada, sexo virtual pago só é legal em salas de chat abertas, quer dizer: só se for suruba ou orgia. Assim a dois, num cantinho discreto, nem pensar.

Faz algum sentido isso?! Não é o suprassumo do ridículo?!

A lei dá respaldo à delegada, mas nem tudo o que é legal é necessariamente justo ou sensato. Os tempos e os costumes mudam muito mais rápido do que o código penal; uma pessoa que tem o poder de uma delegada deveria ter também um mínimo de discernimento para definir as suas prioridades.

O bordel virtual não estava incomodando ninguém, pelo contrário -- imagino que estivesse até resolvendo o problema de muita gente.

Enquanto isso, continua aberta a temporada de caça a turistas...

* suspiro *


Nenhum comentário: