29.3.06



Fala, Mario AV!

Grande comentário sobre a proteção do CD da Marisa Monte:
No tempo das fitas cassete, pouquíssima gente chegou a saber que o preço de cada fita virgem incluía uma porcentagem destinada a compensar as gravadoras. Nos tempos atuais, o fato de a EMI brasileira estar sabotando os próprios CDs alegremente há vários anos me diz que, mais uma vez, existe uma massa de consumidores néscios que deixa os seus direitos serem usurpados sem tomar conhecimento de nada e sem reagir quando sabem. Não fosse assim, uma mobilização pública razoavelmente simples acabaria com a palhaçada.

A Marisa não teria como não saber que o seu CD sairia com a proteção, pois, como acabei de falar, a EMI brasileira está fazendo isso em todos seus discos há vários anos. Portanto, sinto muito, mas que se dane a EMI e junto com ela também a Marisa.

Em algumas ocasiões, comprei as versões originais gringas de alguns CDs, pois essas não têm a proteção. Isso mesmo, gastei mais dinheiro por causa de um bando de idiotas num escritório no Brasil. Pelo menos nem um centavo do meu bolso foi para a mão deles.

Lembro que a transferência do conteúdo do CD para uma mídia secundária como o iPod nunca foi e continua não sendo crime, embora a indústria fonográfica esteja tentando mudar isso faz algum tempo.

Tenho em casa apenas um desses malditos discos nacionais estragados pela gravadora. O rip do iTunes funciona corretamente na minha máquina mais veloz até uns dois terços do disco, depois disso emenda as músicas e inclui um trecho em branco. Ainda estou por verificar na máquina mais lenta. (Mario AV)
Alguns amigos que usam Mac me escreveram dizendo que conseguem ripar o CD pro iTunes sem problemas. Acontece que a imensa maioria dos usuários de iPod no Brasil usa PCs. A estes, e aos que não quiserem jogar dinheiro fora em CDs que não conseguirão passar para os seus players, recomendo que busquem no e-mule a solução para os seus problemas.

É um pecado, porque os CDs da Marisa estão lindos e são uma gracinha como objetos, enfim, a gente gostaria der ter aqueles produtos bonitos na coleção -- mas não aleijados, e muito menos em troca de ser taxado de malfeitor pelos gênios da EMI.

Quando uma empresa usa proteção contra cópia, ela está implicitamente chamando de ladrões todos os usuários otários o suficiente para comprarem os seus produtos.

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