11.2.02




Momento Caras
Edição de carnaval

Atenção: este é um post pesado, cheio de fotos!



A nova iluminação da Sapucaí: eu adorei!


Ontem fomos assistir ao desfile no camarote da Brahma, uma espécie de ritual carioca que insisto em seguir anualmente para gáudio do Millôr. Este ano, a quantidade de milhas VAI (Viagens Aleatórias Indígenas) superou todas as expectativas. Por causa de Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!), passamos duas horas dentro de um micro-ônibus parado, para nosso azar cheio de pessoas ruidosas e grosseiras; quando chegamos à Brahma, finalmente, descobrimos que o pessoal quis inovar, e replicar a "experiência esportiva" do futebol. Resultado: em vez de encontrar as simpáticas recepcionistas que nos indicavam o caminho nos anos anteriores, fomos assaltados por uma multidão de "ambulantes" aos berros, no maior empurra-empurra, oferecendo água, refrigerante, cerveja, pipoca, milho cozido -- fakes, todos eles, e o que ofereciam era isso mesmo, uma oferta -- mas até o distinto público perceber que aquilo não passava de "ambientação", a metade já tinha se perdido. Afinal, qual é a reação instintiva do ser humano civilizado ao se deparar com uma cáfila de camelôs aos berros? Fugir na direção oposta, obviamente. Os seguranças, cujo trabalho, diga-se, não era este, passavam boa parte do tempo correndo atrás das ovelhas extraviadas, para reconduzi-las à manada.


Fala sério: isso é carnaval?!

A idéia até pode parecer "engraçadinha", mas acredito que, se alguém vai à Marquês de Sapucaí, não é no intuito de viver "experiência esportiva" nenhuma: para isso existe o Maracanã. O que as pessoas querem, no carnaval, é a boa e velha "experiência carnavalesca'.

Lá dentro um calor inacreditável, como sempre, mas isso é normal. O que não era normal era o tamanho do segurança de Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!), um crioulo descomunal de 3m x 3m, única personalidade com quem eu realmente tive vontade de tirar um retrato (mas o Millôrzinho é um desastre com a câmera). Nunca vi nada igual: um gigante, prontinho para ser contratado pela Disney só para dar susto em criancinha. HUGE!



O charme e o veneno da mulher americana

Fiz várias fotos de Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!), todas de costas e de lado. Pra quê? Ah, sei lá. Acho que pra chatear mesmo, aumentar o tamanho do mico. Quer ir ao zoológico da Sapucaí, nêga? Então güeeeeeeeeeeenta...


Vocês não vão querer legenda para essa aqui, vão?!


O casal 20 do momento: 2 pra ele, 18 pra ela

Também fotografei o Ronaldinho, que é o ídolo-mór da Bia, de presente para ela; e a Patrícia Pilar e o Ciro Gomes, no momento em que iam embora, num ato de papparazzice explícita. É que a Bia estava a trabalho, para o Dirce, e o fotógrafo do site não estava na área.

Tivemos sorte. Apesar da confusão da "experiência esportiva", assim que chegamos encontramos a Nana Caymmi e a Estelinha, filha dela, e assistimos juntos à passagem da Caprichosos. Nana parecia uma rainha: volta e meia era reconhecida por um súdito que, lá do asfalto, fantasiado da cabeça aos pés, mandava beijos e fazia reverências, aos quais ela graciosamente respondia. Nana é mesmo uma deusa, uma estrela de primeira grandeza.


Nana Caymmi

Num certo momento, há poucos metros de nós, houve um frenesi entre os fotógrafos que trabalhavam na avenida, e que correram todos desesperados para clicar alguém que estava no nosso camarote, mas que não podíamos ver. Estelinha e eu, mortas de curiosidade, berramos para uma conhecida para que nos explicasse o que estava acontecendo: Ronaldinho? Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!) Vera Fischer? Luma de Oliveira? Que nada: Patrícia Pilar e Ciro Gomes.


O fotógrafo é um ser humano como outro qualquer

Depois, com Chico e Eliana, nos recolhemos aos fundos do camarote, lugar favorito do Millôr, único ponto do Rio de Janeiro onde se consegue de fato, em dia de desfile, fugir das escolas de samba.


Chico e Eliana; ao fundo, a Caprichosos

E tome mais "experiência esportiva"! Em vez da praia e da piscina maneirinhas montadas no ano passado, e no outro, um botequim ao lado de um campo de futebol. Olha, Brahma, sinto muito, mas este ano... tsk, tsk, tsk. O botequim estava caidaço, não havia nada muito apetitoso, nem qualquer cantinho onde a gente pudesse montar uma mesa legal para um bom papo. A única coisa legal era ver os helicópteros da Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!) iluminados pelos holofotes que riscavam o céu.


Olhe bem: há um helicóptero nessa foto

Querem saber? Cheguei à conclusão de que, de "experiência esportiva", tou fora.

Quando for carnaval novamente, podem me chamar, que eu vou.

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