Momento Caras
Edição de carnaval
Atenção: este é um post pesado, cheio de fotos!
A nova iluminação da Sapucaí: eu adorei!
Ontem fomos assistir ao desfile no camarote da Brahma, uma espécie de ritual carioca que insisto em seguir anualmente para gáudio do Millôr. Este ano, a quantidade de milhas VAI (Viagens Aleatórias Indígenas) superou todas as expectativas. Por causa de Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!), passamos duas horas dentro de um micro-ônibus parado, para nosso azar cheio de pessoas ruidosas e grosseiras; quando chegamos à Brahma, finalmente, descobrimos que o pessoal quis inovar, e replicar a "experiência esportiva" do futebol. Resultado: em vez de encontrar as simpáticas recepcionistas que nos indicavam o caminho nos anos anteriores, fomos assaltados por uma multidão de "ambulantes" aos berros, no maior empurra-empurra, oferecendo água, refrigerante, cerveja, pipoca, milho cozido -- fakes, todos eles, e o que ofereciam era isso mesmo, uma oferta -- mas até o distinto público perceber que aquilo não passava de "ambientação", a metade já tinha se perdido. Afinal, qual é a reação instintiva do ser humano civilizado ao se deparar com uma cáfila de camelôs aos berros? Fugir na direção oposta, obviamente. Os seguranças, cujo trabalho, diga-se, não era este, passavam boa parte do tempo correndo atrás das ovelhas extraviadas, para reconduzi-las à manada.
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Fala sério: isso é carnaval?!
A idéia até pode parecer "engraçadinha", mas acredito que, se alguém vai à Marquês de Sapucaí, não é no intuito de viver "experiência esportiva" nenhuma: para isso existe o Maracanã. O que as pessoas querem, no carnaval, é a boa e velha "experiência carnavalesca'.
Lá dentro um calor inacreditável, como sempre, mas isso é normal. O que não era normal era o tamanho do segurança de Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!), um crioulo descomunal de 3m x 3m, única personalidade com quem eu realmente tive vontade de tirar um retrato (mas o Millôrzinho é um desastre com a câmera). Nunca vi nada igual: um gigante, prontinho para ser contratado pela Disney só para dar susto em criancinha. HUGE!
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O charme e o veneno da mulher americana
Fiz várias fotos de Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!), todas de costas e de lado. Pra quê? Ah, sei lá. Acho que pra chatear mesmo, aumentar o tamanho do mico. Quer ir ao zoológico da Sapucaí, nêga? Então güeeeeeeeeeeenta...
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Vocês não vão querer legenda para essa aqui, vão?!
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O casal 20 do momento: 2 pra ele, 18 pra ela
Também fotografei o Ronaldinho, que é o ídolo-mór da Bia, de presente para ela; e a Patrícia Pilar e o Ciro Gomes, no momento em que iam embora, num ato de papparazzice explícita. É que a Bia estava a trabalho, para o Dirce, e o fotógrafo do site não estava na área.
Tivemos sorte. Apesar da confusão da "experiência esportiva", assim que chegamos encontramos a Nana Caymmi e a Estelinha, filha dela, e assistimos juntos à passagem da Caprichosos. Nana parecia uma rainha: volta e meia era reconhecida por um súdito que, lá do asfalto, fantasiado da cabeça aos pés, mandava beijos e fazia reverências, aos quais ela graciosamente respondia. Nana é mesmo uma deusa, uma estrela de primeira grandeza.
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Nana Caymmi
Num certo momento, há poucos metros de nós, houve um frenesi entre os fotógrafos que trabalhavam na avenida, e que correram todos desesperados para clicar alguém que estava no nosso camarote, mas que não podíamos ver. Estelinha e eu, mortas de curiosidade, berramos para uma conhecida para que nos explicasse o que estava acontecendo: Ronaldinho? Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!) Vera Fischer? Luma de Oliveira? Que nada: Patrícia Pilar e Ciro Gomes.
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O fotógrafo é um ser humano como outro qualquer
Depois, com Chico e Eliana, nos recolhemos aos fundos do camarote, lugar favorito do Millôr, único ponto do Rio de Janeiro onde se consegue de fato, em dia de desfile, fugir das escolas de samba.
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Chico e Eliana; ao fundo, a Caprichosos
E tome mais "experiência esportiva"! Em vez da praia e da piscina maneirinhas montadas no ano passado, e no outro, um botequim ao lado de um campo de futebol. Olha, Brahma, sinto muito, mas este ano... tsk, tsk, tsk. O botequim estava caidaço, não havia nada muito apetitoso, nem qualquer cantinho onde a gente pudesse montar uma mesa legal para um bom papo. A única coisa legal era ver os helicópteros da Barbara (mas o que diabos ela veio fazer aqui?!) iluminados pelos holofotes que riscavam o céu.
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Olhe bem: há um helicóptero nessa foto
Querem saber? Cheguei à conclusão de que, de "experiência esportiva", tou fora.
Quando for carnaval novamente, podem me chamar, que eu vou.
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