18.4.06



Descaradamente roubado da VanOr

A descrição do feriado da Van está imperdível -- como, aliás, tudo o que ela escreve. Mas, desta vez, ela descobriu uma novidade absolutamente revolucionária: a lentidão de caráter.

Já que a retidão já era, esta pode ser a saída para todos os nossos males.

Há ônibus até lá.
A melhor lição dessa temporada em Mauá foi redescobrir o ritmo certo pra se viver: slooooooooooow. Nada de pressa, nada de pressionar o garçom a te atender: deixa essa gracinha vir no tempo dele, sem estresse. Deixa o fofo conversar. Lá vem o fofo: sinta o sorriso brotar, afaste os pensamentos ruins, diga "oi, fofo, estava esperando por você". Não vale à pena dizer por quantas horas e minutos. Em Mauá, o ritmo é lento. E o ritmo lento é o certo. E a comida? Ah, deixa a comida vir quando ela se sentir pronta e deliciosa. Sem estresse. As pessoas têm se esquecido de inspirar e expirar lentamente. E de contar até 3 mil antes de mandar alguém à merda. Por isso é importante retomar essa coisa da lentidão de caráter. Retidão de caráter já era, o lance agora é lentidão; a lentidão de caráter dá ao ser humano mais chances de acertar, desde que não se trate de uma emergência cirúrgica, mas esse tipo de coisa não acontece em Mauá - e, se ocorre, o enterro é lindo, com buquês de copos-de-leite e ramos de Cannabis sativa, duas semanas depois do óbito. Quem vive lento, vive e morre melhor. Vanessa Ornella

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