29.6.05

















Alô?! Click!

Há duas semanas estou usando um Sony Ericsson K750i como câmera e telefone. Isto é: com exceção de um fim-de-semana na Bahia (onde foram feitas algumas dessas fotos), sai todos os dias sem câmera, o que, para mim, além de parecer temeridade, cria também algo próximo à síndrome de abstinência.

Devo dizer, porém, que, ao longo desse tempo, o telefoninho cumpriu às mil maravilhas o que dele se esperava ou, pelo menos, o que dele exigi: tem uma tela clara e brilhante, viva-voz, um bom rádio, um bom player de MP3, acesso à web, games bacaninhas. O som, tanto das campainhas quanto da música, podia ser um pouco mais alto; mas isso é só detalhe.

O quente do K750i é mesmo a câmera, que entra em ação assim que se abre a tampa traseira que cobre a lente -- e que é mesmo uma câmera, com auto-foco, macro e alguns controles manuais. E que, como qualquer câmera, se usa na horizontal. Um botão na lateral do celular (modo fone) vira disparador no modo câmera. Como em qualquer outra digital, ele também precisa ser pressionado levemente antes do clic para fazer foco; e, imaginem que delícia, pode-se até ouvir o mecanismo interno da lente em ação, zzz? zzz, procurando a imagem ideal.

À luz do dia, esta é quase sempre perfeita. A reprodução de cores é muito fiel, e praticamente não há distorção ou perda de nitidez nos cantos. Em ambientes internos e à noite, naturalmente, ele enfrenta maiores dificuldades.

Para objetos próximos, pode-se recorrer ao photo light, espécie de flash que, inclusive, pode ser de grande valia em casos de apagão; mas sua luz é fria, e a tendência é compensá-la com tons excessivamente alaranjados. Isso pode ser corrigido desabilitando-se o modo automático do controle de branco.


A câmera permite fazer fotos grandes (1632 x 1224), médias (640 x 480) e pequenas (160 x 120), em modo normal, panorâmico (grande barato!), com 24 moldurinhas tipo cartoon ou num burst de quatro imagens, ótimo para fotografar cenas de ação, crianças, animais de estimação e o que mais teime em se mexer no momento decisivo. Há ainda um modo noturno, temporizador e efeitos básicos, como P&B, sépia, negativo e um "clarear" que parece solarizador.

O produto de tantas variantes pode ser guardado na memória interna do telefone ou em cartões Memory Stick Duo, que atualmente vão até 2Gb. A interface é ótima e traz um help providencial para a maioria das funções, o que torna o manual praticamente desnecessário.

O K750i, um candy-bar típico com um design conservador, bate um bolão. Pesa cerca de cem gramas, tem bateria de ótima duração e -- impressionante! -- é o primeiro telefone que eu uso que, na maioria dos casos, consegue substituir satisfatoriamente uma câmera básica.


(O Globo, Info etc., 27.6.2005)

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