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O dia amanheceu muito bonito e com uma vantagem extra: me disseram que eu teria alta! Vários médicos vieram me ver, me dar instruções e listas de remédios.
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Dito e feito, aí pelo meio-dia, chegou a ambulância. Esses dois são FERAS: é incrível como sabem manipular pessoas doloridas sem que elas (as ditas pessoas doloridas) sintam dor.
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Essa é aquela tomada de cena que a gente sempre vê em novela, mas acha que nunca vai filmar. Ou, no meu caso, fotograr.
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Meno male -- pior é quando nem isso a gente tem ânimo de fazer.
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Pelas caras da Mamãe e da Heliana, nota-se que eu não estava tão ruim quanto achava que estava.
Estranho, isso. Preciso investigar.
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Há sempre uma burocracia no lance a ser esclarecida.
Foi.
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E agora há vários gatos que ainda vão levar um tempo até aceitar o cheiro de veterinário com que seu bípede voltou pra casa, e suas restrições de movimento.
Mas isso é outra história que, se Deus me der força e saúde, eu depois conto para vocês.
O que eu não posso deixar para amanhã é o meu melhor agradecimento e toda a minha gratidão à Heliana, amiga querida que agiu como como irmã safa, disposta e sempre pronta a me defender. Desde que cheguei ao hospital, ela literalmente largou sua vida pra lá (diz ela que não estava dando onda mesmo, mas a gente sabe que não é bem assim) e permaneceu ao meu lado.
Tomou decisões, assinou autorizações de internação e cirurgia, contrabandeou chocolate, convocou atendentes, enfermeiros e médicos quando necessário, organizou o plantão de enfermeiras que vão se revezar dia e noite ao meu lado, pelo menos nessa primeira semana, e deixou a minha vida arrumadinha.
Não bastasse a sorte grande de ter uma amigona assim, ainda contei com o apoio moral (e muitas vezes físico) da Mamãe, e com a companhia sempre pra cima da Jujuba, minha sobrinha do coração, que cuidou como um anjinho da Pobre, Velha, Doente e agora Manquitolante Tia Doente.
Enfim, queridos, muito obrigada a todos que se preocuparam, deixaram palavras de carinho, votos de reestabelecimento. Eu acompanhei o dia-a-dia do blog porque o Lucas, outro amigo que não tem tamanho, fez a gentileza de imprimir todas as páginas de comentários e trazê-las para mim para o hospital.
Não vou dizer que quebrar o joelho assim até dá gosto, porque estaria exagerando um tantinho; mas que os amigos adoçam a vida, lá isso é absolutamente verdade.
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