Terminei de ler "No país dos homens", de Hisham Matar. É um livro fascinante e terrível: Suleiman, o protagonista, é um menino que cresce na Líbia de Kadhafi. É através de seus olhos inocentes e de seus sentimentos confusos que aprendemos a realidade à sua volta, e nos afligimos, adultos que somos, com gestos e sinais que, sabemos, prenunciam o horror.
E, na Veja dessa semana, páginas amarelas com Robert Hughes: sensacional! Amo Robert Hughes, o mais lúcido e divertido crítico de arte que conheço, e escritor poderoso -- há pouco tempo li, com atraso, "The Fatal Shore", extraordinária história da Austrália, seu país de origem.
Diz ele, entre outras coisas:
"Hoje se podem encontrar bons escultores e pintores, mas a idéia de que a arte atual possa um dia se igualar às enormes realizações do passado é um disparate. Nenhuma pessoa séria, por mais que se empolgue com a arte contemporânea, pode acreditar que ela um dia será comparada àquilo que foi feito entre os séculos XVI e XIX."Nada a acrescentar.
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