O olho maior que a barriga,
o passo maior que a perna,
a dívida maior que o bolso
O Fotolog está na bacia das almas: tem dívidas superiores a U$ 70 mil, está sendo ameaçado de fechamento pelo provedor e pede, desesperadamente, a ajuda dos usuários.
Fiz uma contribuição de U$ 50 em memória dos velhos tempos e, pela primeira vez em mais de um mes, postei uma nova foto.
Isso não quer dizer que esteja voltando para lá. Eu adorava o Fotolog quando ele era, realmente, uma comunidade; quando, mal ou bem, havia um entrosamento entre os usuários e os administradores; quando postar era rápido, e tudo funcionava direitinho.
As coisas desandaram no momento em que a administração resolveu reunir o maior número de usuários no menor tempo possível. Resultado: aquele sistema veloz e bem azeitado, que conquistou todo mundo justamente pela eficiência, tornou-se uma máquina lenta e emperrada, em que a cada segundo dia algo enguiça.
A prova do seu extraordinário poder de sedução, porém, está no fato de que, apesar de tudo, os tais primeiros usuários continuam por lá. Mesmo desestimulados e sentindo-se desprestigiados pela administração, todos continuaram gravitando em torno da sua órbita.
Torço para que a empresa que surgiu no lugar da comunidade dê um jeito de sair dessa. Com todos os poréns, o ciberespaço vai ficar um lugar mais sem graça no dia em que o Fotolog for pro beleléu.
A verdade é que nunca houve um sistema como ele.
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