A vida como ela é
Alexandre Ribondi, que é das pessoas que eu amo e admiro há mais tempo no mundo, escreveu este comentário. Puxei para cá, porque não queria correr o risco de que vocês deixassem de ler coisa tão bonita:
Uma vez, no meio de uma súbita e esquista onda de violência aqui em Brasília, os jornais deram destaque ao nascimento de um leãozinho no zoológico. Aquilo foi com se outra onda, mais alta, e de ternura, houvesse lambido a cidade inteira.
Eu abri o jornal e sorri. Deu alívio. Deu vontade de ir lá no zoológico abraçar a mãe, só pra ter a sensação de que vivíamos em paz, com tempo para essas delicadezas.
Assim também é que vejo a preocupação e a consternação da Cora e dos seus amigos -- e leitores -- com a gatinha branca. Enquanto a gente achar que é definitivamente importante correr atrás de bicho sumido, essas coisas admiráveis como o carinho, o amor, o companheirismo, a amizade profunda ainda farão sentido, mesmo que o resto do mundo esteja desabando em nossa volta.
Pipoca, então, é a vontade inabalável de que tudo isso para sempre exista.
Viva Pipoca.
Onde quer que você esteja, minha menina branca e linda, estarei, eu também, pensando em você. Ribondi
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