26.4.04



Orkutando

Sim, eu também estou no Orkut. Depois de receber insistentes emails de amigos que já estavam lá, acabei me inscrevendo e ampliando a minha rede de conhecidos. Fiz até lista de filmes favoritos e subi retratinho e mais umas fotos.

Estou encantada com a capacidade de tessitura de redes do sistema, muito superior — ou, pelo menos, muito mais fácil de usar — do que a de sistemas semelhantes que andei vendo ao longo do tempo; reencontrei amigos meio perdidos, como o Peter Moon, e ídolos como Julf Helsingius, que mantinha o remailer anônimo penet.fi nos tempos da internet a vapor e é, até hoje, um dos heróis de quem viveu aqueles tempos: perguntem só ao Cat. Que, aliás, também já está lá. Como estão Phil Zimmerman (que inventou o PGP), Steve Wozniak (o outro Steve da Apple), Mitch Kapor (o homem da Lotus e, depois, da Electronic Frontier Foundation) e dezenas de outros luminares da área.

Apesar disso, sinceramente, ainda não descobri para que serve todo este potencial. Mandei um bilhetinho pro Julf relembrando os velhos tempos, dei um alô pro John Perry Barlow (imaginem se ele não estaria lá!) e me declarei fã do Cesar Valente, autor de um dos melhores blogs brasileiros, o Carta Aberta.

Participo de algumas comunidades, e é por aí que vejo a maior utilidade do sistema; mas, por enquanto, acho que o Orkut só faria mesmo sentido para mim se, em vez (ou ao lado) do perfil estático de apresentação de cada um, se pudesse publicar lá um blog ou fotolog.


(O Globo, Info etc., 26.4.2004)

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