Além de incompetentes, covardes.
Todos, sem exceção!
Com a ineficiência das autoridades nós já contávamos; estamos, infelizmente, acostumados. Afinal, para uma cidade chegar ao ponto a que chegamos, as autoridades precisam ser muito, mas muito incompetentes.
O show de omissão e covardia a que estamos assistindo, porém, é inédito -- e de virar o estômago.
Há uma guerra comendo solta na cidade, e não se tem sinal da "governadora"; o secretário de "segurança", que no outro dia estava todo pimpão na tevê interrogando o maluco da vez, engoliu a língua e agora está mudo; em Brasília, ninguém -- ninguém! -- tem nada -- nada! -- a declarar.
O que é isso?!
Em qualquer lugar mais ou menos civilizado do mundo, quando uma cidade explode, as autoridades, ou pretensas autoridades, tentam, pelo menos, fazer de conta que estão a postos, atentas, "tomando providências".
Governadores, secretários e ministros fazem ares graves e vêm a público dizer bobagens: faz parte do ofício dar as caras nos maus momentos.
Presidentes se manifestam.
É de praxe.
Tentam todos -- ao menos! -- fingir que fazem jus aos cargos que ocupam.
Aqui, no entanto, tudo o que temos é a declaração esdrúxula do vice-governador propondo a construção de um muro em volta das favelas.
O resto é silêncio.
Como diz o Ivan Lessa, com licença, que eu vou lá dentro vomitar.
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