Emergência felina!

Escreve a Ana Yates:

"Me chamam Chaninha. Moro no campus de uma universidade há cerca de 3 anos. Fui trazida para cá quando ainda era filhote. Eu tinha uma protetora que garantia meu alimento e convencia as pessoas a me tratarem bem. Ela foi dispensada do trabalho e nunca mais a vi! E, as pessoas que me paparicavam na frente dela, não me dão mais muita bola. Tenho uma nova amiga que me traz ração e até me doou uma casinha (que fica num pequeno jardim ao lado do estacionamento) e um comedouro, mas ela não vai ficar por aqui por muito tempo. Ela sempre enche o vasilhame de ração, mas não adianta, como um pouco e os pombos devoram tudo. Passo fome em finais de semana e feriados. Antigamente, meus potinhos de água e ração e até uma caixinha para eu relaxar ficavam na cabine dos vigilantes ? alguns até gostam de mim, mas um supervisor deles os proibiu de cuidar de mim e me expulsou do conforto. Na verdade, a direção da Unidade não acha conveniente a minha presença no campus. Alguns alunos até brincam comigo e me chamam de "gracinha", mas ninguém ainda quis me levar pra casa. Sou tranqüila, meiga, toda tigrada numa coloração caramelo-alaranjada, de olhos verdes. Sou esterilizada, vacinada e vermifugada. Preciso de um lar verdadeiro onde eu seja muito querida e me sinta segura. Vivo embaixo dos carros e correndo riscos. Com certeza me adaptarei ao aconchego de um colo ou almofada e farei muito carinho em quem me quiser pra companheira."