Datas, preços, abobrinhas
S. FCO. -- Eu comecei escrevendo isso como resposta aos comentários do post daí de baixo, mas depois preferi passar para cá, já que recebi uns e-mails com as mesmas perguntas: quando? quanto? e, como uma coisa puxa a outra...Enfim, é o seguinte: o iMac2 chega ao mercado americano até o fim do mês, primeiro na versão mais poderosa (U$ 1.800); em fevereiro, chega o modelo intermediário (U$ 1.500); e, finalmente, em março, o entry-level (U$ 1.300). Ao Brasil, tipicamente, essas coisas levam dois ou três meses para chegar após aportarem nas lojas daqui; portanto, se tudo der certinho, iMac2 in Rio só lá para março. Gente da AppleBR com quem conversei calcula o preço local, no chutômetro declarado, em torno dos R$ 5/6 mil. É que eles dependem de taxa cambial, impostos de importação y otras cositas más para chegar a uma conclusão de custos concreta.
Mesmo levando em consideração apenas o que a máquina oferece -- aquele monitor flat fora de série, a capacidade de armazenagem, memória, velocidade, etc. -- já seria um bom preço; o NetVista da IBM, por exemplo, com metade do espaço de HD e sem queimador de CDs custa U$ 400 a mais do que o iMac2 básico, enquanto o Gateway Profile 3S, outro PC que vem sendo exaustivamente usado nas comparações dos analistas de mercado, oferece a mesma memória e o mesmo espaço de disco, mas sem Ethernet ou queimador de CD.
A questão, porém, é que o iMac2 é toda uma outra história. Não dá para se compará-lo com qualquer outra máquina existente. Eu sei que é difícil imaginar isso apenas pelas fotos, mas a forma como aquele monitor está conectado à base, a suavidade com que desliza, a elegância e o silêncio do conjunto, são intangíveis incalculáveis. Beleza não põe mesa até certo ponto: quando a essa beleza se aliam poder e inteligência, a combinação fica irresistível.
Claro, sempre vai haver gente achando que computador de verdade é a boa e velha caixa baunilha, e este é, aliás, um ponto de vista perfeitamente defensável. Sinto dizer mas, hoje, há pouca coisa mais antiga e datada do que um iMac 1.0 colorido. Havia meia dúzia deles na sala de imprensa da MacWorld, e a meu ver eles ficaram... bem, patéticos, sobretudo os que ainda tinham aquele insuportável mouse redondo. Nada envelhece mais rápido do que a penúltima moda. Vide, a esse respeito, os iBooks coloridos de 1999, mesmo ano de lançamento do IBM ThinkPad 560Z em que digito essas mal tecladas -- eles parecem muito mais velhos do que este micrinho, que continua sendo um perfeito exemplo de máquina elegante e bem projetada.
Enfim, considerações filosófico-tecnológicas à parte, acho muito interessante ver como o novo iMac está mexendo com a cabeça das pessoas, e despertando reações extremadas. Isso, naturalmente, fora da MacWorld, porque, lá, o iMac já foi rebatizado: chama-se iWant.
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