26.9.08



E assim, depois de 15 deliciosos dias de férias, voltei para casa. A viagem foi ótima do começo ao fim: se melhorasse estragava.

Só que, depois de mais de duas semanas semanas de tempo bom e calor, fiquei muito chocada com o tempo londrino do Rio, do qual me queixei amargamente pro Millôrzinho.

-- É a primavera de Praga, -- esclareceu ele.

Faz sentido. Faz, aliás, vários sentidos.

Os gatos, que ontem me receberam assim assim, já consideram, hoje, que não está mais abaixo da sua dignidade vir para o meu colo. O frio há de ter sua parcela de responsabilidade: tenho certeza de que, se estivesse calor, a Keaton ainda levava uns três dias para falar comigo.

Eu planejava fazer um diário um pouco mais detalhado da viagem, com mais posts escritos e considerações sobre o que vi, mas acho que descobri, afinal, porque dizem que escrever é um ato solitário. Sempre achei uma frescura esta descrição -- como, de resto, qualquer outra que tente pintar o cotidiano do escritor como um ato de bravura ou de sacrifício -- e, no entanto, é tão simples: quando a gente viaja com amigos, não consegue escrever.

Há farra demais, papo demais, e não sobra tempo.

Aqui em casa a obra está quase pronta, e me criou um problemão. Quando se pinta uma parede, as outras ficam tão feias... De modo que estou pensando se encaro logo uma pintura geral ou deixo estar.

A decisão final quem vai dar é o meu extrato do banco, que ainda não tive coragem de consultar.

Também ainda não tive coragem de me pesar.

Muito obrigada a todos que acompanharam a viagem!

Apesar de ter ficado um tanto ausente dos comentários, li todos, todos os dias, religiosamente: esse é um papo que eu não perco por nada.

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