No outro dia, prontificou-se a ficar com o DVD paquistanês sem legendas que recebi, e aí, finalmente, me lembrei de perguntar se ela falava essas línguas todas, e como tinha aprendido.
Adorei a resposta, porque acho que com cada nova língua se abre um mundo completamente novo, e eu admiro demais quem tem tantos mundos:
"Tudo começou com uma paixão pela vasta literatura do Subcontinente Indiano e Ásia Central: Tagore, Rumi, Mirza Ghalib, Ahmed Faiz, Hafez, Saadi, etc... Lia o que podia em inglês, mas queria mesmo era entender os originais.
Eu aprendi urdu aqui no Brasil -- embora já tenha visitado o Paquistão -- estudando muito por meio de livros, dicionários e internet. Também contei com a ajuda de uma amiga paquistanesa e de um ex-namorado paquistanês, agora morando em Londres. Ajudou o fato de já conhecer o alfabeto árabe, que é o mesmo do urdu.
Consigo entender o hindi falado, pois é basicamente a mesma coisa. As diferenças gramaticais são míninas. Os alfabetos porém diferem, há também variações linguísticas devido às diferenças culturais e religiosas.
Com a mesma curiosidade e interesse, aprendi um pouco de persa e pashto (mas não sou fluente nessas línguas, ainda). Estudei árabe e inglês, sou formada em letras / tradução. Daí a paixão por línguas.
Ah, esqueci de mencionar o maravilhoso Omar Khayyam e seu Rubaiyat -- obra que me impulsionou a estudar todas aquelas línguas quase que de uma só vez. As versões em urdu e hindi (traduzidas do original em persa), dizia o tal namorado, também amante da literatura, eram muito, muito melhores que a versão em inglês do Fitzgerald."
Nossa. Foi tanta informação que preciso pensar melhor para decodificar tudo. Vamos lá. Lilian, diga se entendi certo ou não:
Ufa. Acho que (por enquanto!) é só... :-)
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