31.12.05

Ipanema




Tudo pronto




Comilanças




Ai, será que vai chover?




No cabelereiro




31.12.2005






Feliz Ano Novo!!!

Amigos queridos,

O ano acaba e eu, que não tenho fé em quase nada, acredito piamente em agradecer o que a vida nos oferece de bom -- sempre, o tempo todo, a cada instante, mas, especialmente, no fim do ano, quando se está com um pé no passado e outro no futuro.

2005 foi um ano de finanças complicadas, política catastrófica e emoções misturadas; mas do ponto de vista humano e afetivo -- que é, ao fim e ao cabo, o que realmente importa -- foi, pelo menos para este blog e esta blogueira, um ano maravilhoso, que vai deixar saudades.

Muito obrigada a todos vocês, que me ajudaram a tocar este botequim virtual com comentários tão divertidos, simpáticos e inteligentes, e que souberam movimentar a área discutindo idéias conflitantes sem perder a linha.

Num ano tão cheio de polêmicas, algumas garrafas voaram aqui e ali, mas isso é normal e, afinal, faz parte da vida de um botequim.

O importante é que nas áreas de comentários o que prevaleceu, ao longo dos últimos 365 dias, foi a amizade.

Devo agradecimentos especiais a alguns amigos muito, muito queridos que ajudaram com o blog nos bastidores: Eduardo Stuart, que resolveu todos os pepinos técnicos; Fábio Sampaio, o "caryorker", cujo excelente sistema de comentários é a espinha dorsal do botequim; e Tom Taborda e Lucas França, co-síndicos na capinagem de ervas daninhas nos comentários.

Obrigada também ao Savarin do meu coração, um anjo de chapéu branco que tudo sabe e que de tudo cuida.

Um beijo grande para todo mundo, e que 2006 seja um ano de paz e alegria para nós!

29.12.05

André N., help!

Minha amiga Mariana, que é esportista até debaixo d´água (é dive master) está louca para escalar. Não é principiante de todo, já fez terceiro grau, seja lá o que signifique isso, mas está precisando de amigos de confiança para subir morro acima.

Você pode ajudá-la?

Vejam que camiseta poderosa!




Scofield, nosso homem na China




Para quem não esteve lá...

O primeiro Pré-Réveillon do internETC. & Cia. foi um grande sucesso! Teve pequenas falhas organizacionais, mas nada que comprometesse o astral e animação da festa.

Adorei ver todo mundo que foi e senti falta de vários que não apareceram, mas foram lembrados com carinho; adorei os presentes lindos que ganhei; e adorei a quantidade de máquinas fotográficas em ação, que me permitiram deixar os telefones quietos na bolsa e curtir o papo com os amigos.

Ganhamos um cantinho tipo Palaphita-off, ligeiramente fora dos limites do quiosque e das suas caixas de som; o que nos fez improvisarmos a nossa própria música, tão animada, mas tão animada, que acho que ano que vem eles vão nos pôr lá no campo de beisebol... ;-)

Para quem ainda não viu as fotos, da Ju (organizadíssimas!), da Monica L, da VanOr e do Lucas (agota também arrumadinhas!), basta clicar nos nomes deles, aí em cima, para ir aos respectivos flickrs e blogs: ficaram ótimas!

Com uma festa dessas, é lógico que 2006 tem tudo para ser um grande ano; mas, como lembrou a VanOr, não podemos ser ingratos com 2005, que nos deu tantos bons momentos.

E agora vou voltar aqui pro meu rock pauleira, porque, festa ou não festa, o jornal tem que sair.

Beijos!

Em tempo: Rose, muito obrigada pelo livro lindo! A outra sortuda foi a VanOr, sorteada entre os presentes.

Av. Niemeyer




Av. Niemeyer




Chico faz de conta que pinta um retrato do Millôr... feito pelo Bianco




Os ouriços das castanhas

Minha família e outros animais

Rabiscos de uns dias no sítio


Vocês sabem como nascem as castanhas portuguesas? Em ouriços verdes, que crescem numas árvores lindas, frondosas e esparramadas. Quando esses ouriços ficam maduros, caem no chão e são colhidos. Às vezes já estão abertos, o que torna relativamente fácil soltar as castanhas; quando fechados, só com expedientes variados -- luvas de couro, instrumentos de jardinagem, pedras. Vale tudo para libertar as castanhas da sua competente armadura.

Imagino que numa plantação profissional existam ferramentas apropriadas e precisas ara a tarefa, mas no sítio temos apenas dois castanheiros, plantados há 40 anos pelos meus pais, e que, mais ou menos por esta época do ano, gentilmente produzem as castanhas de que precisamos.

Os castanheiros foram presente do Mr. Smith, o vizinho inglês, único habitante da região quando o sítio foi construído, em princípio dos anos 60. São árvores voluntariosas, que não crescem como ou onde a gente quer, mas como lhes dá na telha. Não adianta plantar as sementes. Nada acontece. Mas por baixo dos castanheiros crescidos aparecem, volta e meia, umas mudinhas que, eventualmente, podem ser transplantadas. Assim chegaram as plantinhas pequenas nas latas do Mr. Smith, e assim já saíram daqui tantas outras.

Mr. Smith morreu há anos, seu terreno foi vendido e um novo loteamento cresce ao lado do sítio; o morro em frente, antes deserto, hoje é um mar de luzes. Apesar disso o céu continua cheio de estrelas e os castanheiros seguem, ano após ano, seu destino de árvores bem amadas, enchendo o gramado de ouriços.

* * *


Nossos outros ouriços são animais, mas não muito diferentes em potencial catastrófico dos das castanhas. Os cachorros que o digam. Xarope, um jovem pastor alemão ainda inexperiente, teve seu primeiro encontro com um deles há alguns meses. Apareceu em casa ganindo, desesperado, com mais de 60 espinhos espetados na boca e no focinho. Teve que ser anestesiado para que o veterinário pudesse dar jeito na situação. Ignoramos o que aconteceu com o ouriço; e o pior é que não temos certeza de que o Xarope tenha aprendido a lição. A Mala, apesar de mais velha e versada nos descaminhos da vida, já caiu em tentação com ouriços em três diferentes ocasiões, embora nunca tenha se dado tão mal quanto o pobrezinho do Xarope.

* * *

Nega, a gata da Mamãe, apareceu no sítio bebezinha, abandonada por sabe-se lá quem, e cresceu junto com o Baú, maior e mais feroz de todos os cães que tivemos. Os dois se adoravam mas, inevitavelmente, ele começou a crescer mais, e mais depressa. Um dia, inocente da própria força, acabou sendo mais bruto do que deveria, machucou-a, e ela, cabreira, nunca mais se aproximou dele. Ficava na segurança da varanda, olhando-o através das grades. Baú respondia ao olhar sentidíssimo e chorava de tristeza, mas a Nega permaneceu irredutível. Tenho muita dó dele, que morreu sem ter conseguido reatar a velha amizade.

* * *

Nega continua levando sua vidinha de gato. Despreza os outros cachorros, às vezes pega ratos e passarinhos e gosta de bípedes, especialmente da Mamãe. Gosta de brincar de animal selvagem, mordendo e arranhando incautos que ousam coçar a barriguinha irresistível que sorrateiramente oferece. Depois olha com os olhos mais cândidos do mundo a pele em frangalhos, se esfrega na perna da vítima e mia baixinho, como se pedisse desculpas. Eu mesma já caí nessa várias vezes. Ainda agora teclo estas mal traçadas cheia de arranhões. E o pior é que depois chamo a Mala de boba porque não resiste a um ouriço.

* * *

Os pássaros estão quase todos com filhotes. Saíras, sanhaços, bem-te-vis, sabiás, sebinhos, tiés e outros, que não conheço, vêm alimentar-se das frutas que Mamãe lhes oferece. Além do almoço, levam quentinhas para o ninho, na forma de pedacinhos de mamão ou banana, para as crias. Os filhotes dos bem-te-vis já estão grandinhos e vêm comer com os pais, dos quais se distinguem apenas pela cor um pouco mais pálida e por um ar meio desajeitado.

* * *

Antigamente havia peixes num laguinho do pátio. Eram carpas grandes, vermelhas e cinzas, sempre problemáticas. Às vezes comiam demais, às vezes de menos. Às vezes tinham doenças que desafiavam os veterinários da região, habituados a quadrúpedes. Apesar de tudo, sobreviviam bravamente, ajudadas sobretudo pela minha Mãe, que tem um olho clínico espantoso para gente e bichos.

Hoje o laguinho está vazio. As carpas morreram lá pelo terceiro assalto, junto com os planos da Mamãe de ter um pátio impecável, cheio de plantas. Foi quando o Baú veio para o sítio como cão de guarda. Acho que nunca lhe passou pela cabeça que aquelas coisas molhadas e coloridas pudessem ser comida, mas em compensação não havia como convencê-lo de que as flores do pátio não estavam lá para sua única e exclusiva diversão. Pior: deu de beber a água do laguinho, e ficar intoxicado. Resultado: adeus pátio impecável, adeus plantas raras, adeus carpas.

A violência faz vítimas insuspeitas.

(O Globo, Segundo Caderno, 29.12.2005)

28.12.05

Os portugueses vão direto ao ponto...




Fui!




Minha Vó paterna, pro Lucas




Instrumentos




João e Thiago




Boa noite...




Os outros bichos

Tobi

Este é o Tobi.

Ele passa a maior parte do tempo encafurnado nessa casinha porque cada vez que sai, entra alguém lá dentro e ele simplesmente detesta dividir o espaço; assim, para não facilitar, fica zelosamente cuidando do que é seu.

Um bobo, ele, mas muito gostosinho.

Magrela

Magrela foi abandonada no portão do sítio quando filhote e fiapo de cachorro; daí o nome.

É boazinha mas meio invocada, e morre de ciúmes da Isaltina, mulher do Dirceu, nosso caseiro.

Kita

Kita é a gatinha do Dirceu e da Isaltina.

Não gosta de cachorros e vive na casa deles, sempre na janela ou suficientemente perto para voar para dentro quando não sente firmeza no ar.

Adora colo e tem mania de roubar as caças que a Nega ou o Johnny pegam.

Pronto! Agora vocês já conhecem todos os quadrupes do sítio.

24.12.05



Tudo de bom, pessoal!

Aproveito a ocasião para repetir o convite, feito lá embaixo, para o pré-réveillon do blog, organizado pelo nosso diretor social Lucas: Palaphita Kitsch, no dia 28, quarta-feira, à partir das 21hs.

Todos que quiserem aparecer serão muito bem-vindos!

O Palaphita fica na Lagoa, exatamente em frente ao Corte de Cantagalo; e pode ser reconhecido pelos telhados de sapé e pelas capivarinhas coloridas do Pojucan espalhadas em frente, no gramado.

No mais: muita festa, muita alegria e tudo de bom para vocês!

Mel