3.10.09

Notícias da Famiglia

 

 

Essas fotinhas, feitas de manhã, mostram o ponto alto do dia do Irineu: assim que abriu um solzinho, nós o levamos para a janela, onde a Lolita lhe fez companhia. Depois cansou, voltou pra cozinha e não saiu mais do seu canto.

Passou a maior parte do tempo em cima da caixa do fogão novo (que até hoje não foi pro lixo); agora eu o trouxe para o escritório e ele está dormindo em cima da escrivaninha, ao meu lado.

Não foi um dia bom.

Ele continua caído e, apesar de tomar remédio para abrir o apetite, tem comido muito pouco. Vanessa e eu nos revezamos, eu durante a noite e ela durante o dia, tentando dar bocadinhos de tudo o que possa interessá-lo: frango, atum, Whiskas, AD... Preparamos a receita que nos deram aqui (coração, músculo e fígado, misturados com beterraba, cenoura e inhame), cozinhamos frango com arroz, oferecemos carne moída, e nada.

Não quero forçar alimentação, porque, de todos os gatos da famiglia, Irineu é o que fica mais estressado quando tem que tomar remédio -- e, paradoxalmente, temos de poupá-lo de qualquer estresse. Cada dose de antibiótico ou do Cobavital correspondem a uma luta tão feroz, que ele fica inteiramente prostrado depois.

A notícia boa é que, graças a essas batalhas, a infecção respiratória foi controlada.

Minha esperança agora é que o interferon, que começou a tomar na segunda-feira, faça efeito e dê uma reforçada na sua resistência.

Os outros estão bem, mas sorumbáticos, porque percebem que algo está muito fora da ordem. Lolita é a que mais se ressente, porque os dois passavam o dia brincando e, agora, o amor da sua vida faz fzzzzzzzz quando ela chega perto.

A FeLV é uma doença contagiosa, de modo que todos, em tese, correm risco. Os manuais de veterinária recomendam tirar o gato doente do ambiente em que vivem os demais, mas essa é uma solução teórica que não funciona na prática, ou não, pelo menos, na prática aqui de casa. O Irineu veio com FeLV da rua, convive há dois anos com os demais e não faria qualquer sentido tirá-lo daqui justo agora, que está tão mal.

Lolita, que corre o risco maior por viver colada com ele, foi vacinada no começo do ano, antes de vir para cá; as vacinas dos outros, que têm mais tempo, serão reforçadas.
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