4.1.06



Gatos ao telefone

Entre ontem e hoje, os gatos fizeram duas ligações telefônicas... de celular!

Estão ficando espertos demais pro meu bolso.

Foi assim: normalmente ponho os telefones em cima da escrivaninha com o teclado voltado para cima, para não arranhar o display. Mas o 6681 tem um defeito, não trava as teclas sozinho.

O Aylons até me mandou a dica de um programeto que faz isso, mas ainda não consegui baixá-lo.

Bom. A escrivaninha está meio cheia de coisas, porque tive uma pequena sobrecarga de trabalho nos últimos dias. De modo que, ontem de madrugada, quando as espaçosas subiram para me ajudar, pisaram, como quem não quer nada, na tecla 2 -- que é a minha discagem rápida para o celular da Mamãe.

Não reparei, mas daí a pouco ela retornou.

-- Você ligou?

-- Eu? Não.

-- Ué, mas o telefone tocou aqui e está marcando você.

-- Eu? Quando?

-- Agora, há dois minutos.

-- E eu disse alguma coisa?

-- Não. Eu é que fiquei dizendo alô, alô, alô e só ouvia o barulho das teclas do computador.

Ficamos pensando as duas no que poderia ter sido até que demos com a solução óbvia.

Agora, há dez minutos, vi o display iluminado logo depois do Lucas subir na mesa; lá do fundo do aparelho vinha uma vozinha dizendo "Alô!", "Alô!", "Alô!".

Olhei o display: era a Van Or, última pessoa para quem eu tinha ligado. A capivara felina pisou tranqüilamente na tecla verde, redial.

Depois do gato americano que discou para o 911 para salvar o dono, não duvido de mais nada. Mas com isso a Van pode botar um feito inédito no currículo: deve ser a única veterinária do mundo que recebeu uma ligação feita diretamente por um quadrupe.

Não é pouca porqueira não.

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