Onde está Wally, ou:
Agora sim...
Estou espichada no quarto do hotel, com as costas apoiadas contra o espaldar da cama. A luz do entardecer filtra-se suavemente através das cortinas, e os únicos ruídos são o zumbido afável do ar refrigerado e os pios da passarada lá fora.Nem preciso dizer que troquei de hotel, não?
Ainda mais porque, logo de manhã, el acceso inalámbrico se murrió -- e, com ele, uma das poucas vantagens do Majestic.
Passei a manhã fotografando a manifestação lá do alto e, depois, acompanhando os companheiros, por puro saudosismo: há tanto tempo eu não gritava "El pueblo unido jamás será vencido!".
Senti muitas saudades do tempo em que eu ainda acreditava que havia um mundo politica e humanamente viável.
Não mais.
Hoje só acredito em silêncio e em ar refrigerado.
De modo que, depois de muito andar pelo centro e de espiar meus pecados na Catedral, que é deslumbrante, catei meus trens, chamei um taxi e vim para o outro lado da cidade, para o La Casona, um hotel simpático, acolhedor, com acceso inalámbrico e sem vista.
Caro, sim, mas nada exorbitante: o silêncio é de ouro.
Mais fotos depois, aguardem!
Agora que já dei esta descansadinha básica vou pra rua de novo, explorar minha nova vizinhança.
PS: É espiar mesmo, com S. Expiação com x é contra os meus princípios.
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