12.2.05



Shrek

Estava vendo o Príncipe Charles com a sua Camila, anunciando o casamento. Taí, acho bonita essa história, e fico feliz por eles.

Imaginem o que é a vida deste pobre coitado, que nasceu e foi criado para ser rei, mas que tem uma mãe que não larga o trono por nada -- e que, a julgar pelo histórico familiar, ainda vai passar muitos e muitos anos como rainha?!

No fundo, tudo o que ele queria é que o deixassem em paz com seus cavalos, tocando violoncelo e conversando com as plantas; em vez disso, teve que abrir mão da namorada de juventude e casar com uma garota histérica e bulímica, que adorava vida social e era a queridinha das massas.

Basta olhar para ele e para Camila para ver -- sem maldade, please! -- que foram feitos um para o outro.

Não sei se Diana casou sem saber da existência de Camila. Acho quase impossível, porque num mundinho daquele tamanho, mesmo sem contar com os holofotes da mídia, todos sabem de tudo.

Também acho muito difícil acreditar que ela casou sem saber no que estava se metendo. Naquela época, mais do que hoje, um casamento real ainda era um assunto de estado, cheio de contratos e cláusulas, definido por juristas e conselheiros de toda a espécie.

Imagino que o que a tenha deixado tão infeliz tenha sido a total impossibilidade de conquistá-lo, muito frustrante para qualquer pessoa um pouquinho mais romântica, mas certamente intolerável para uma mulher que tinha o mundo a seus pés.

A infelicidade de Diana foi exaustivamente discutida pelo mundo inteiro; mas sempre achei muito mais interessante, do ponto de vista dramático, a infelicidade do príncipe, obrigado a conviver com aquela criatura celestial que lhe dava nos nervos.

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