From Tchernobil with love
O Gravatá foi, como eu disse aqui outro dia, a Tchernobil. O que deu na cabeça dele não sei, mas também não sei o que deu na cabeça dele pra ir a Kiev, na Ucrânia, nessa época deliciosa do ano, em que a temperatura, afinal, ainda é suportável: não chega sequer a 20 graus negativos!(Está no website oficial do país: The climate of the country is moderate. Na frase seguinte eles dizem que no inverno a temperatura fica em torno dos - 20; para vocês verem como variam as interpretações do termo moderado ao redor do mundo...)
Ainda que eu tivesse ido a Kiev, não sei se teria feito esta viagem. As reais dimensões do acidente em Tchernobil nunca ficaram devidamente esclarecidas, e só Deus sabe o tipo de perigo que ainda pode haver por lá. Mas cada um recarrega as suas baterias como bem entende...
No pior dos casos, resta ao Lula uma extraordinária carreira como abajur. Durante o próximo apagão, ele pode oferecer os seus serviços a preços módicos para iluminar festinhas e reuniões de estudo.
Aqui estão trechos do email que ele me mandou:
Acabo de chegar da Usina de Tchernobil. Consegui autorização especial e visitei não somente a Usina como duas cidades-fantasmas, uma das quais muito grande: tinha 47 mil habitantes! Absolutamente incrível.
Também conversei com uma camponesa sobrevivente do desastre e almocei batatas na casa dela. Somente 37 pessoas moram hoje na zona de exclusão. Elas voltaram há cerca de dois meses. Em suma, fiz mais uma amiga. Viu como tudo tem seu lado positivo?
(....) As fotos que tirei dentro da cidade-fantasma estão impressionantes. Há de uma escola, Cora, que até máscaras há jogadas no chão junto com cadernos de crianças, lápis, tudo abandonado às pressas em 1986.
Beijinhos radioativos do mano
Gravatá
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