31.12.01




O palíndromo e os paradoxos

Sexta-feira, 28 de dezembro de 2001: escrevo a última coluna de 2001, primeiro ano do resto de nossas vidas. Como todo mundo, eu também fiquei imaginando a minha retrospectiva do ano, mas por mais onda que a M$ tenha feito em torno do XP, por mais que a Apple tenha badalado o iPod, por mais spam que eu tenha recebido e por mais que me tenha entusiasmado com os blogs, 2001 foi o ano da imagem única.

O mundo nunca viu nada sequer remotamente parecido com o choque dos Boeings contra as torres do WTC; e quando digo viu, estou usando o verbo na sua mais precisa acepção. As bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki foram filmadas de longe, cogumelos sem grande força visual; os filmes e fotos das duas cidades destruídas foram feitos depois, em meio aos escombros, assim como foram feitos quase todos os filmes de desastres, calamidades, estupidez humana.

Nunca, numa paisagem conhecida como aquela, num dia claro como aquele, câmera alguma captou, com tal riqueza de detalhes, o momento exato de uma destruição em tal escala. A horripilante bola de fogo da explosão foi coisa de segundos; depois, o cinza compacto da poeira e da fumaça, seguido da queda dos edifícios. Mas a imagem gravada nas nossas retinas é a do avião que se aproxima e explode, que se aproximou e explodiu centenas, milhares de vezes em todos os canais de televisão. Apenas alguns segundos, e 2002, e todo o milênio em que ele se insere, começaram com quatro meses de antecedência. Diante desta imagem que nenhum de nós jamais será capaz de esquecer, é difícil lembrar que outras coisas aconteceram em 2001. Mas aconteceram, por incrível que pareça.

Sim, o Windows XP chegou finalmente ao mercado, embora ainda não com o ímpeto que a M$ teria desejado. E sim, ele é aparentemente um bom sistema operacional, mas está longe de ter sido o acontecimento do ano — terrorismo ou não terrorismo.

O acontecimento do ano foi, para mim, a retomada da internet pelas pessoas físicas. Entenda-se: elas nunca saíram da rede, e em momento algum deixaram de tecer as teias da usenet, das listas, dos grupos de discussão, dos chats, dos blogs. Estavam, porém, sendo ignoradas por um mundo tão atento às pessoas jurídicas da rede, que nem se dava conta de que havia gente por lá. Só se falava nos grandes portais, nas ponto.com que nasceram e morreram às centenas (só em 2001 foram mais de 500 ponto.com falidas, e isso apenas nos EUA) e nas sopas de letrinhas que resolveriam todos os problemas da humanidade: B2C, B2B, M2M.

Quando setembro chegou, no entanto, descobriu-se o que as pessoas mais antenadas sempre souberam: gente quer ouvir gente, gente precisa de gente. Simples assim.

2001 foi marcado pelas ponto.com falidas, por vírus e worms, por uma quantidade de spam sem precedentes (inferior apenas àquela da qual estarei me queixando na última coluna de 2002) e, de modo geral, por um grande desânimo na área, acentuado pelas constantes derrotas que as grandes corporações vêm obtendo na justiça (?) americana contra os direitos dos indivíduos.

Em 2002, o último palíndromo das nossas vidas (o outro foi 1991), preparem-se para ouvir falar em segurança, em peer-to-peer (a paradoxal herança do Napster, que sequer era 100% peer-to-peer) e em blogs. Contrariando todo o bom senso, que recomenda que não se façam essas coisas por escrito, vaticino: quem não entender plena e perfeitamente o sentido da palavra interatividade, dança.

(O Globo, 31.12.01)
Foto: cortesia involuntária do NYT (Steve Ludlum)

30.12.01




Felicidade

Eu amo a minha casa, mas um páreo duro para ela é este estudiozinho do Millôr, um casulo delicioso de quadros e silêncio, livros e ótimas luzes e sombras onde passei as últimas ... hm, quantas? ... horas descascando uns pepinos da máquina. Homem realmente up-to-date, Millôrzinho já tinha até o W32.Zoher@mm, um worm descoberto agora, no dia de Natal...

Nada a estranhar. Aqui, afinal, passei as melhores horas dos últimos 21 anos, ou seja, da minha vida. Tudo o que posso dizer sem escorregar nas cascas de banana sentimentais que esta época de fim de ano cisma em pôr na frente da gente é que algumas pessoas até têm sorte, mas, olha, eu tenho MUITA sorte.




Adote um não-judeu!


Achei esta idéia na Meg, que a encontrou lá no blog do Marcelo Sved (você tem mesmo dois metros de altura, garoto?!)

Como assim? Simples: pergunto aos meus companheiros judeus, quem nunca foi adotado para o jantar de Natal?
Como todo ano eu lanço a campanha adote o Celon para o Natal, este Ano Novo, tendo em vista a crise religiosa do Oriente Médio, lanço a campanha "Adote um não-judeu". A idéia é levar uma pessoa não judia a qualquer evento judaico, como shabbat, chanuká, pessach e outros. Por que?
Vou dizer, a única forma de acabar com essa ignorância é através da cultura. Então a minha sugestão é: vamos nos mostrar.
Vamos mostrar o que somos, quem somos e como agimos.
Vamos mostrar porque nossa cultura é uma das mais antigas e porque, apesar de todos os massacres, continuamos ai.
Junte-se a mim nessa cruzada (no bom sentido). (Marcelo Sved)

Muito legal essa idéia! Só não vale quando os "judeus adotantes", digamos assim, forem assim feito a minha família, que não abre mão de uma boa árvore de Natal, rodeada de presentes, mais aquela mesa com tudo a que a gente tem direito: presunto, lombinho, por aí vai... ;-)

Agora, falando sério, tenho que dizer que, de fato, a festa mais bonita a que eu já fui na vida (e olha que não levo uma vida propriamente monástica) foi o casamento da Andrea, filha do Jaime e da Fanny Lerner, lá em Curitiba. Um casamento judeu, comemorado como manda a tradição, é o que pode haver de mais emocionante e divertido.

Ah, sim: aqui estão os comentes que o Tom e a Laura postaram no blog da Meg em relação à idéia do Marcelo:


"Eu fui adotado por uma boa familia judaica brasileira, as Ronais, com quem festejei um bom natal judaico brasileiro, com arvore de natal, ceia de natal, presentes, e muito carinho.... o Arnaldo Bloch estava reclamando que na casa inteira nao havia nem um simbolo judaico, etc & tal, mas uma mulherada simpatica demais de boas judias...
(eu nasci gringo goy)...." (Tom Moore)

"Ah, não dá pra resistir: melhor gringo goy do que gringo gay, não é não? (Uai, sei não, depende do ponto de vista... C.R.)
Quanto a um símbolo judaico na nossa festa Natalina: sugeri para a Cora unzinho, pelo menos, para o próximo Natal, e ela já resolveu -- a próxima árvore de Natal vai ter uma estrela de Davi na ponta!" (Laura Rónai)

29.12.01






























Outra descoberta
da Nancy:
uma galeria de
cartões de Natal
mucho locos...







Aviso aos naveg@ntes

Graças ao Fala Sério, os comentes do blog da Laura e do Tom (Mostly Music) já estão funcionando de novo. Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas vamos ouvir a Meg, que tem toda a razão em relação ao Blogger e aos inúmeros sistemas de comentes: a coisa está precária, e quem não quiser dançar deve ir pondo as barbas de molho. A primeira providência deste blog para o palíndromo que vem, aliás, é mudar de endereço -- mas pode deixar, vocês serão todos avisados...

28.12.01




Aqui está uma forma direta e eficiente de ajudar a quem está precisando, gato inclusive: Renata Esperança. Se você tiver algum sobrando, colabore! A causa é clara, criativa e justa, e com certeza a grana não fica na mão do atravessador... ;-)



Retratos da vida

Pois é, enquanto vocês se divertem por aí aproveitando os últimos dias deste ano que, no geral, não deixará lá muitas saudades, cá estou eu na redação, fechando o último Info etc. de 2001.

Eu preferia estar em casa, com a Família Gato, ou no Arlecchinno, onde jantamos ontem numa mesa que acabou ficando maior do que de hábito mas, ainda assim, muito divertida -- se me lembro de todo mundo, Millôr, Casé, Geraldinho Carneiro, Mário Sérgio Conti, Diogo Mainardi, Wagner Tiso e Gisele (que não só tem o mesmo signo e ascendente da Bia, como ainda por cima nasceu no mesmo dia -- não é à toa que eu gosto tanto dela!), as Byington -- Olivinha (que anda me matando de inveja com os papos sobre maratona, mas eu perdôo porque o CD ficou LINDO), Bianca e Fábio, Elisa e Claudio... quem mais? eu com certeza estou esquecendo alguém, quero uma placa de expansão de memória para o ano que vem!

Ah, sim: o desenho não tem nada com isso, mas além de ser lindo, faz parte de um projeto de que eu gosto muito, o do site do Amador Perez, feito pelo Lula, irmão dele. Detalhe: o Amador desenha, sempre. Quer dizer, não usa tinta, apenas grafite e, muito de leve, lápis de cor. E não é o máximo?



Um blog para quem ainda consegue raciocinar (ou ler outros que o fazem) no fim deste ano totalmente buleversado: Evasão de Privacidade.



Atenção: Este é um post fotográfico. Compactei as fotos como pude, mas não quis diminuí-las muito, portanto, claro, está demorando muito a carregar. A minha sugestão é: ou diminua a tela e vá em frente vendo outros blogs, como o da Meg, o da Claudia ou o da Rossana, por exemplo, que são deliciosos e sempre têm o que dizer, e volte para cá daqui a pouquinho, ou deixe o servidor carregando e vá fazer um cafezinho e/ou dar um telefonema rápido para um amigo (ou um inimigo: afinal, esta é a época de fazer as pazes, né não, Sharon? Claro, claro, Arafat!).

Garanto que, quando você tiver acabado, as fotos estarão todas aqui, bonitinhas, esperando...

Cenas de Natal





Mami, a árvore e uns arranjos



Tia Eva, Laura, Miriam e uma cadeira enguiçada



Laura, Manoela e Julia



As roupas novas das meninas



À mesa, como convém



Laura e Tom, música ao vivo: chique, né?



Rodrigo dando um help (como sempre!)



Fim de festa



Mami, Laura e a árvore da lagoa, na foto clássica (inda que fora de foco)




"Mas isso não acaba nunca?!"



Enquanto isso, em Austin...




A estrela da casa: Emilia, é claro...!



Kelyndra supervisiona a Emilia abrindo um presente













Paulinho
com Joseph:
gente,
cá entre nós,
não é porque
eu sou a vó não,
mas este bebê
não está a coisa
mais lindinha?!

FOFO!










Pai é pra isso: depois de pagar os presentes, paga o mico também...

27.12.01



YO!!! VOLTAMOS!!!

Ufa! Depois de um dia completamente doido, o Blogger volta a funcionar. Esta nota está sendo postada por mim mesma, aliás: Cora Rónai, a verdadeira, às suas ordens. Decidi deixar os dois posts clandestinos porque, afinal, a essa altura eles fazem parte da história deste blog, e foram, além disso, dois posts simpáticos e do bem.

Mas muita confusão foi causada pela crackeada sofrida pelo Blogger. A minha vontade era ter passado o dia pulando de blog em blog, para conferir os estragos, mas tive que voltar ao trabalho, e ainda havia pontas de festa a arrumar aqui em casa. Conhecendo a comunidade, contudo, acredito que, em breve, teremos ótimos relatos do que andou acontecendo por aí durante este dia de limbo.

Ah, sim -- se vocês ainda não sabem, a Jackie Miller pediu pra avisar que não foi ela quem andou postando as últimas msgs do seu (dela) blog. Mas a essa altura imagino que, como todos nós, ela também já tenha conseguido entrar em casa para fazer uma boa faxina...

25.12.01











Dando uma escapada das minhas obrigações e diversões natalinas, aproveitei para subir estas duas fotos LINDAS que o Maurício me mandou.

Jingle Miaus para todos...!!!

23.12.01



FELIZ NATAL!




(Na foto, o Mosca ajuda com a decoração da árvore. Como a maioria das fotos deste blog, esta também foi feita com uma Kodak 4800, em 3.1 megapixels, depois reduzida para publicação na web.)

PessoALL, não sei se será possível atualizar este blog nos próximos dias. Por isso, desde já, ficam aqui os meus melhores votos de Feliz Natal para todos, acompanhados das saudações felinas da Família Gato. Sejam muito felizes e aproveitem a data com tudo a que têm direito: muitos presentes, muito carinho e muitas calorias sem culpa. BEIJOS!



Santa ingenuidade!

Pois é, e eu aqui achando que ia conseguir manter o blog no ar, sem perder o pique, nesses dias de festas... Pois sim! Mal e mal estou conseguindo me manter a mim mesma no ar, quem dirá o blog! As coisas andam muito, mas muito movimentadas por aqui: basta dizer que a tradicional festa de amigo oculto do Info etc. aconteceu aqui em casa, apesar de ainda estarem faltando uns retoques para o pleno funcionamento do estabelecimento. O ponto nevrálgico continua sendo o escritório, onde os livros ainda não estão nos devidos lugares, e onde as máquinas continuam desconectadas; ainda assim, ele foi palco de animados papos noite adentro.

(Foto by Cat)

A primeira pessoa a chegar à festa foi o Mário Jorge, que veio com 24 horas de antecedência, na quinta-feira; e a última a ir embora foi o Nehemias Gueiros, que chegou com 24 horas de atraso, no sábado. Entre esses dois extremos, houve gente chegando e saindo entre 20h30 e 4h45, para desconfiança total da Família Gato -- que, no entanto, soube se portar muito bem: ninguém subiu em cima da mesa, ninguém atacou os frios e ninguém vomitou bolas de pelo na frente das visitas. O Lucas e o Mosca até deram umas voltinhas pela sala, para conferir a confusão. O resto recebeu os convidados condignamente nos quartos e no escritório, com exceção da Netcat, que passou a noite inteira corajosamente escondida embaixo da cama da Bia.

Na foto, da esquerda para a direita, Laura, Bia e a locutora que vos tecla.



Inventário

Agora que mais um maluco quase detona outro avião da American Airlines com explosivos escondidos no sapato, vale a pergunta: o que é que tanto trabalho anda dando à lenta e inútil revista pela qual passam hoje, obrigatoriamente, todos os passageiros de vôos nos, e com destino aos, Estados Unidos? Em Tampa, Flórida, graças ao esforço de reportagem do Tampa Tribune, já se sabe. No aeroporto de lá, desde o dia 11 de setembro, foram apreendidos exatos 8.626 itens. Entre eles, 42 latas de Mace (aquele spray contra supostos assaltantes), mais de 600 facas de diversos tipos e tamanhos, um bisturi, mais de 260 saca-rolhas, sete pentes de munição, duas colheres, três velas (!), seis pilhas, 993 pinças (!!) e 2.147 tesourinhas (!!!).

Explosivo que é bom, neca.

Aliás, eu mesma fui testemunha do confisco de uma faca, um garfo e uma colher que estavam entre os pertences de um mochileiro que ia à minha frente num embarque qualquer. Fiquei muito impressionada com o gesto decidido da segurança, e feliz em saber que não corria mais riscos.

O destino de todos estes objetos de alta periculosidade é o mesmo: lixo. Algumas autoridades ecologicamente conscientizadas dizem que tudo é "reciclado", mas ninguém foi capaz de descobrir se esta reciclagem se faz através da distribuição da muamba aos funcionários do aeroporto ou da venda a um ferro-velho, ou seja lá que nome tenha um receptador de alicates de unha.

20.12.01





E, por falar em gatos, mais um achado da Nancy: 51 lindos desenhos.



Eu, hein...

Caramba, como tem gente neurótica por aí! O teste dos gatos, aquele em que você descobre que tipo de gato seria, deu tanta confusão que Ellen Stafford, a autora, resolveu tirá-lo do ar. Diz que não tem tempo para perder com malucos à solta no ciberespaço, e tem toda a razão: gente que leva teste de internet a sério precisa ser internada, e rapidinho. Para acalmar os ânimos, ela sugere dois outros testes, até melhores, já que o resultado não é randômico, mas tem relação com as respostas dadas.

Um é o do Natal, para que você possa se situar direitinho no evento, e o outro é o das frutas, para que você possa, finalmente, ter a resposta que faltava para completar a sua vida: que fruta seria você? Eu fiz os dois, é claro, e soube o seguinte: no Natal, eu sou uma... rena, ha!... isto é, mais uma na multidão; e se eu fosse uma fruta, seria um morango. Hmm... um morango? Not bad.

Ufa! Agora já posso ir dormir sossegada.



Há outras formas de matar mosquitos com o micro além do programinha tailandês...




Tudo tem um limite

Gente, esse cara é muito gozzzzzzzzzado...! Eu estava conferindo o (ótimo) blog do Paulo Lima, quando encontrei este recado que ele deixou :

Tudo tem um limite. Até a repetição. Eu digo: tudo tem um limite. Um limite, e chega. Não dá pra ficar repetindo, repetindo, repetindo. Pelas varejeiras do lixão de Gramacho! O que estou fazendo? Paulo, me desculpe! Houve um problema aqui e o texto não aparecia, daí eu fui clicando, clicando, e o resultado foram esses três recados iguais. Será que você pode apagar o excesso? Eu não queria ficar me repetindo. Quero dizer: tudo tem um limite. Você sabe, repetir as coisas é um saco! Abraçozzzzzzzzz repetidos! Posted by Repórter Mosca

19.12.01




Já que a gente estava falando nisso: pra ver o que é foto digital, visite o Mario AV. Muito UAU!



ZEN




100 dias

Há cem dias o mundo acordou com o colapso das torres do World Trade Center, e nunca mais foi o mesmo. Embora todos nós estejamos (compreensivelmente) cansados de saber o que aconteceu de lá para cá, um site que merece ser visitado por ocasião da data é o The Atlanta Journal-Constitution, que fez um sensacional índice interativo dessa última e conturbada centena de dias. A visão do projeto não podia ser mais americana, mas ele é uma ótima demonstração de uso inteligente dos recursos da web.



โปรแกรม ไล่ยุง ou:

Use o computador para afastar mosquitos

Mais uma nota descaradamente roubada lá da GloboNews.com... Dada a quantidade de mosquitos que se tem visto pelo Rio, esta pode ser considerada uma autêntica Nota de Utilidade Pública.
Grande Nelson!


Muito boa, essa. Um esperto programador tailandês garante que inventou um programa para afastar mosquitos. A coisa é simples: o tal programa emite um ruído de alta freqüência, entre 15khz e 20khz, através das caixas de som da sua máquina. Com isso, os bichos insuportáveis não conseguem voar. É mais ou menos o que fazem algumas tomadas já disponíveis no mercado. Quem reporta a descoberta da Nationmultimedia.com é o Ananova, citando o criativo Saranyou Punyaratabunbhu:

-- Nós normalmente não vemos o que está perto da gente. Você pode usar seu computador para mais propósitos que os habituais.

Ele está certo. E avisa que a eficiência do seu invento depende do sexo do mosquito, assim como de sua espécie. Alguns são capazes de se adaptar à zoeira digital. Por isso, está trabalhando em novas versões.

Em tempo: o programa está disponível em thaiware.com e, pelo que se diz, mais de 15 mil pessoas já baixaram o anti-mosquito. (Nelson Vasconcelos)

Logo mais, 15.001... Aliás, este thaiware.com, que eu não conhecia, é um site sensacional! Se você gosta de joguinhos diferentes e de coisas legais (lato sensu), há muito o que ver por lá. Quanto ao programa para mosquitos, é pequeno (256K), roda em Windows 95, 98 e ME -- o que deixa muita gente boa de fora -- está na versão 1.09 e tem até um movimentado forum de discussões... em tailandês, obviamente. Se você acha que isso é problema, aproveite a viagem e baixe um tradutor: há vários.

18.12.01




Uma carta antiga

Estava limpando a minha mailbox no jornal (nesse momento 1266 itens, 246 não lidos na caixa de entrada) quando, mudando uma msg de gaveta, encontrei esta carta aqui, que mandei para um leitor há vários meses. Não encontrei a carta que deu início à série, mas pelas minhas respostas dá pra adivinhar mais ou menos o conteúdo da dele. Tudo continua valendo, inclusive a máquina, que ainda não troquei, e que divide as honras da casa com uma Kodak 4800:

Em primeiro lugar, muito obrigada pela msg, que levanta alguns pontos de fato importantes.

Em segundo, deixe-me falar-lhe um pouco de uma das minhas, digamos, "encarnações anteriores": comecei a vida profissional como fotógrafa (e não repórter) há (triste, mas verdadeiro) uns 30 anos [mas comecei cedo às pampas! era menor de idade...], com uma velha Nikon de redação, muito maltratada. Mas com fotografia mesmo comecei antes ainda, criancinha, já que meu avô materno era fotógrafo, apaixonado por Rolleis. Aprendi a fotografar numa Planar 2.8 que mora lá em casa até hoje (junto com centenas de negativos preciosos do meu avô, boa parte deles -- feitos durante a Primeira Guerra -- ainda em vidro). Não tenho mais idéia de quantos filmes revelei, quantas cópias fiz e, coisa mais rara, quantos negativos cheguei a retocar -- meu avô era mestre nisso, e aprendi muito com ele. Tive uma boa escola, pode acreditar.

(....)

Fiquei sem laboratório em casa; a qualidade das cópias cor de 90% dos laboratórios é indigente (para ser boazinha) e P&B é coisa dificílima de achar quem faça bem. E aí acabei deixando tudo de lado.

Até que apareceu a fotografia digital. No começo, a situação era triste. Minha primeira câmera, uma Olympus D320L, tinha, se não me engano, 640 x 480, ou seja, nada, em termos de cópia em papel; mas no monitor o resultado já era mais que bom, e aí é que está, na verdade, o grande barato da foto digital. Seu objetivo primordial não é virar cópia em papel (isso qualquer xereta ainda faz melhor, e a um preço infinitamente mais barato) mas sim arquivo digital, que se transfere de cá para lá instantaneamente, sem problemas. Este arquivo pode, sim, virar cópia. Mas isso é "também", e não "necessariamente"... Hoje, a minha máquina mais nova, uma Sony P1, tem uma resolução de 3.3 megapixels, o que dá belas cópias de 13 x 18 (mas dificilmente uso essa resolução toda e/ou faço cópias; faço álbuns digitais, cujos endereços distribuo entre os amigos espalhados pelo mundo).

Finalmente, a sensação do "foi feito por mim" -- desculpe, mas aí está, justamente, um dos aspectos mais divertidos da foto digital! Nunca se pôde brincar tanto, e tão facilmente, com uma imagem. A maioria das pessoas só está fazendo barbaridades? Só -- mas, antes, essas mesmas pessoas não faziam nada com as suas fotos! Mesmo quem detesta computador está aproveitando a tecnologia. Mamãe, por exemplo, se diverte com aqueles quiosques da Kodak, em que se podem fazer ampliações, pôr molduras nas fotos e assim por diante; vira e mexe descobre alguma coisa no fundo do baú e traz pra mim e pra minha irmã.

Concordo 100% com o que vc diz a respeito da qualidade das lentes "de verdade"; mas veja que fotografia não é isso *ou* aquilo, e sim isso *e* aquilo. Assim podemos todos, felizes, nos divertir com as nossas respectivas visões e/ou ambições fotográficas. Hoje em dia me realizo fazendo instantâneos da minha família, dos meus amigos, dos meus gatos. Adoro clicar as coisinhas básicas do dia-a-dia: a vista da janela, a gente da fila do ônibus, a praia. Não é Grande Arte, mas é muito bom, e acho legal dividir essa alegria digital com os leitores.

Bom, não se pode acusá-lo de falta de senso de humor; vejam o que respondeu:

Quando é que a competição de ensinar padre nosso ao vigário vai estar nas Olimpíadas? Sou mestre nisso.



Ritmo de festa

Como já deve ter dado para perceber, estou ligeiramente fora do ar. Mas é que -- não sei se já disse pra vocês -- a Bia chegou!, e isso altera um bocado o ritmo da casa...

Ainda assim, entre uma compra e um jantar, uma visita e um almoço, descobri dois ótimos blogs, bem-feitos e originais: o Anamnesia e o Maggid. Muito bons!




Falha gravíssima no Internet Explorer

Esta nota escrita pelo Cat (Carlos Alberto Teixeira) foi despudoradamente cut&pastada lá da GloboNews.com:

No dia 13 de dezembro a Microsoft lançou um remendo (patch) de segurança para sanar problemas do Internet Explorer versões 5.5 e 6. Não fez muito barulho sobre a falha que estava sendo corrigida, mas foi só para não dar na vista, pois provavelmente foi o defeito mais grave já encontrado em todas as versões deste consagrado browser.

A partir do texto explicativo do patch no site da Microsoft, o especialista Guilherme Rudnitzki, da empresa Rumo Informática, elaborou um script ASP que demonstra a terrível falha no IE 5.5 SP2, que nem é a versão mais recente do Explorer, mas ainda é a mais utilizada.

Clicando no link mais abaixo, surgirá uma página com um outro link que aparentemente apontará para um arquivo texto comum, de nome LEIAME.TXT. Clicando neste outro, abrir-se-á uma janela perguntando se deve abrir-se ou salvar-se o documento. Como supostamente se trata de um arquivo do tipo texto, a atitude normal do IE seria abrir o dito cujo numa boa, sem desconfiar de nada. Porém, o LEIAME.TXT é na verdade o script ASP escrito pelo Guilherme. Se você selecionar "abrir", o script enviará ao software um executável que será ativado sem pedir nova confirmação. No caso deste exemplo ilustrativo, pode mandar abrir à vontade, pois o executável escondido é simplesmente o CALC.EXE, a inofensiva calculadora padrão que vem junto com o Windows.

No entanto, um hacker mal intencionado poderia acionar qualquer executável escrito por ele em sua máquina, causando os mais variados estragos possíveis ou mesmo afanando informações preciosas de seu sistema. Bem, chega de papo e clique aqui para ver a vulnerabilidade em pleno funcionamento.

- c.a.t.


17.12.01




Sexy


"Dia desses estava lendo na internet uma pesquisa sobre o que as pessoas consideravam o mais sexy dos objetos... E o resultado foi este:

1º- Uma banheira iluminada com velas
2º- Um jantar japonês
3º- Lingerie preta
4º- Lençóis de seda
5º- Sandálias de salto alto

Tudo isso pode ser muito interessante, mas continuo achando que o objeto mais sexy do mundo é um cartão de crédito sem limite..."

Não, eu não escrevi isso, mas assino embaixo... A autora está aqui.




Mundo Gato


Este gatinho está lá no Mundo da Gataria, o delicioso blog felino da Lu3, que decididamente entende de gatos, de internet e de gatos na internet: um dos destaques dela vai para O Livro dos Gatos, da minha amiga Leila, que é um dos mais lindos sites (de gato ou não) que conheço. Não deixem de ir lá, vocês vão gostar muito: a Leila ama os quadrupinhos e é uma artista da pesada.



Compras.com

Ainda não fiz minhas compras de Natal, mas vou bater muito dedo pelo teclado nos próximos dias, percorrendo o e-commerce local. Se tiver sorte e encontrar tudo o que quero, este ano nenhuma loja “de verdade” vai me ver... Sou fã de carteirinha do comércio on-line desde que ele engatinhava na books.com (que a gente acessava via telnet). Compro na Amazon.com desde que ela nasceu, comprei muito na defunta CDNow e em dezenas de diferentes sites, muitos deles já falecidos, vítimas do estouro da bolha.

Fiz minha primeira compra na internet brasileira quando o Ponto Frio criou o seu website. Eu estava precisando de um novo ar refrigerado (bons tempos, aqueles!) e a simples idéia de ir até a loja “real”, com seu sistema arcaico de pedidos e notas fiscais em quinze vias e fila enroladíssima no caixa me dava arrepios.

Dois dias depois o aparelho chegou e, desde então, já comprei lá fogão e geladeira. Nunca tive problema algum, pelo contrário: em relação ao Ponto Frio, especificamente, a nítida sensação que eu tenho é que a loja dispensa ao seu usuário on-line uma atenção e um cuidado que não existem no seu mundo “real”.

No mais, venho usando a internet para me abastecer de quase tudo, de feiras e supermercados a equipamentos e suprimentos de informática, passando por ingressos de cinema, remédios e quinquilharias diversas. Só não compro roupa por causa da inexplicável falta de um padrão confiável na nossa numeração (mas já comprei muito na Gap, na Land's End e na Neiman Marcus, todas nos Estados Unidos) e... livros, em português, porque não abro mão de ir às livrarias de Ipanema e do Leblon, onde, além de comprar livros, posso tomar café com os amigos, ver gente e saber das novidades.

Fico impressionada, sinceramente, quando as pesquisas revelam que a maioria das pessoas que não faz compras pela internet tem medo que grandes tragédias venham a se abater sobre seus cartões de crédito. Estou convencida de que eles correm muito mais riscos no mundo real do que no virtual: há alguns dias, no Bar Lagoa, o garçon que estava nos atendendo se enrolou e deixou os cartões do pessoal de uma outra mesa na nossa, enquanto ia buscar uma Coca-Cola pra mamãe. Os garçons do Bar Lagoa não são famosos pela velocidade, de modo que entre ele ir e voltar poderíamos ter copiado todos os dados daqueles cartões.

Fiquei com uma vontade louca de me levantar, ir até a outra mesa e perguntar para aquela galera qual era a sua opinião a respeito de compras pela internet. Mas era domingo, e mamãe e a Laura me mandaram ficar quieta e parar de pensar nessas coisas de vez em quando, e eu obedeci.





COMENTES OK!!!

PessoALL, este blog tem a gratíssima satisfação de informar que, finalmente, comentários podem ser tecidos (e bordados) à vontade logo após os seus posts. Esta ainda não é a solução definitiva (que será termos o blog em casa própria) mas é, pelo menos, uma solução menos provisória do que a do Reblogger ou a do Snorland: o Fala sério! é um sistema autênticamente brasileiro, e aqui, como todos sabemos, sempre se pode dar um jeitinho quando o mar não está pra peixe.

Quem descobriu por que o sistema não estava funcionando foi a Paula Foschia, que enfrentou o mesmo problema: lá no Epinion tudo estava aparentemente OK, o link pros comentários apareciam direitinho, mas as janelas não se abriam.

Pois o mistério estava, justamente, nas ditas janelas (como estão, aliás, todos os problemas da nossa vida micreira: em Windows! Para usuários de Mac, como o Rafael Fischmann, o sistema não apresentava problema algum...): foi só tirar do template o comando para que os links se abrissem em novas janelas, e logo tudo entrava nos eixos.

Dito e feito: tirei o tal comando e, num passe de Java, os comentários passaram a valer. Como nada é perfeito, porém, agora, infelizmente, vocês vão ter que usar a setinha do browser pra voltar pra cá depois de cada linkada. É chato, eu sei, mas acho que vale o incomôdo para ter o bate-papo no ar novamente.

De qualquer forma, esta semana vou estudar a forma mais simples de ter o internETC. ancorado numa URL estável, para não passar mais por sustos e desgostos deste tipo. Pode não parecer, mas sou muito sentimental e não sei se suporto perder, mais uma vez, tantos comentários engraçados, simpáticos, provocantes, inteligentes, criativos, polêmicos e carinhosos.

16.12.01




Fala sério!

Adendo, horas depois: Acho que comemorei cedo demais... ou o servidor deles está fora do ar, ou eu fiz alguma coisa errado, porque não consigo abrir a janela para escrever comentários... Parece ser um erro no script, mas o estranho é que alguém já conseguiu fazer um comentário neste post (que eu, no entanto, não consigo ler). Posso pedir um favor? Se alguém tiver alguma idéia do que está acontecendo, pode deixar um recado no livro de visitas? Ou me mandar um e-mail pra ? Please?



Ufa! Temos um novo sistema de comentes, que até segunda ordem vai ficando por aqui até eu transferir o blog de servidor. Não estou tendo muito tempo pra nada, nem blog nem servidores nem e-mail porque...


A BIA CHEGOU!!!!



*Y*E*S*!*!*!*




Agora (mais precisamente, 1h32 -- e chove no Rio) vamos dar um pulinho rápido no supermercado, mas logo mais este blog volta ao ar.

Em tempo: muito obrigada pela dica do Fala Sério!, meninos. Não sei que seria de mim sem vocês... :-)

14.12.01




Aviso aos navegantes

Pessoal:

Depois de passar boa parte da noite lamentando a perda dos meus amados comentes com os gatos -- que foram, aliás, muito compreensivos, e ouviram as minhas lamúrias com a maior atenção -- e quebrando a cabeça a respeito do assunto, resolvi provisoriamente a questão dos comentários adicionando um livro de visitas ao blog.

O link para ele está aí ao lado, naquele PARTICIPE! grandão que, espero, vocês já notaram -- e, se não notaram, avisem, pelamordedeus, que eu vou imediatamente chorar as mágoas no gentil ombro virtual do Mario AV para que ele encontre algo que não passe desapercebido.

No mais, gALLera, um super obrigado aos e-mails, sugestões, manifestações de carinho e sentidos pêsames que o blog recebeu. Separei um trechinho de uma das msgs, a do Márcio Borges, que foi na mosca em relação à importância da interatividade na vida deste internETC.:

Corinha,

Sensibilizado com seu desabafo. Principalmente porque o "feedback" é tão importante no seu blog quanto os próprios "posts". O InternETC tem seu charme centrado em várias frentes: você mesma, seus maravilhosos artigos e a larga interação dos seus leitores.


Eu sei que fica meio cabotino a gente sair postando elogios por aí, mas espero que, desta vez, ninguém me leve a mal: a causa é justa.

13.12.01




#$%^&*@*&!!!

A (o?) Snorland subiu no telhado... e todos os comentes foram pro espaço...!!! Estou em estado de choque. O pior é que estou em pleno fechamento e, agora agora, nem posso fazer nada. Mais tarde (leia-se ao longo do fim-de-semana) vou subir o blog pro servidor do ism, vou arranjar um script que more por lá mesmo e vou dar adeus definitivo a scripts de terceiros, que só Allah sabe em que caverna se escondem.

Estou TRISTE DEMAIS com o falecimento dos meus comentes...

:-(((




Rio 40 Graus





Acontece de tudo no verão carioca. Ontem à tarde apareceu um zepelim dando voltinhas sem compromisso. Veio de Copacabana, rodeou o Cristo, passou aqui em frente de casa e depois foi embora, silenciosamente, lá pros lados de Ipanema.



Pipoca


Lucas





Os Comentes não estão funcionando desde ontem... preciso tomar coragem e transferir este blog, de uma vez, pro ismnet.

12.12.01



Don't Believe The Hype -- mas chequem este blog.




De Mosca para Ruth, com carinho



Cesta básica

A Forbes constata que até mesmo a indústria dos bens essenciais à vida supérflua está tendo que se ajustar aos novos (e bicudos) tempos. O conjunto de 42 itens cujos preços verifica regularmente no fim do ano apresentou um aumento de apenas 2,3%, contra os 5,2% do ano passado, e algumas coisas, pasmem! estão até mais baratinhas. É o caso do jantar para quatro pessoas no La Tour D'Argent, em Paris, que está 1% mais barato e custa agora U$ 804 (calma, não gritem: aí estão incluídos os vinhos e a gorjeta). O caviar e o champagne continuam com os mesmos preços do ano 2000, respectivamente U$ 2.700 o quilo e U$ 1.500 a caixa (Dom Pérignon: podia ser pior, eles podiam ter posto a Cristal na lista).

A maior alta do ano foi verificada nos preços de cavalos de corrida de primeira linha, que subiram 14%, ou seja, estão na média de U$ 710.247 -- o que vai, certamente, atrapalhar os planos de muita gente, mas que fazer? assim é o mundo. Que essa gente, porém, nem pense em chorar as mágoas na terapia. Os psicanalistas, obedecendo às leis da oferta e procura, subiram o custo da hora em 9%, e agora cobram, em Nova York, U$ 240 pela sessão.

A longo prazo, uma ida ao spa talvez seja uma saída mais em conta: o Golden Door, da California, está cobrando U$ 5.725 pela semana -- um razoável aumento de apenas 6.5 anuais.

11.12.01




Depois dos afegãos...

O Meirelles mandou esta nota para a GloboNews.com:

WASHINGTON - Uma lei recém-aprovada no Texas está causando polêmica feroz: os donos de animais selvagens não podem mais mantê-los em casa. Têm agora que encontrar uma vaga para os bichos em zoológicos ou entregá-los para uma eutanásia. A perspectiva é de que haverá uma matança em massa, já que os zoológicos texanos dizem não ter como receber tantas feras. Pouco mais de cinco mil tigres vêm sendo criados no Texas como animais domésticos. Sem contar milhares de leões, ursos e jacarés. (J. Meirelles Passos)

Não vou nem comentar.



Uma boa

No que não funciona como deve, a gente mete o pau; é justo, portanto, que elogie o que funciona bem. Entrei nas LojasAmericanas.com para comprar a caixa de DVDs do Poderoso Chefão, acabei, é lógico, comprando outras coisas e, dois dias depois, estava tudo aqui em casa, bonitinho. O povo lá de Kandahar chama a isso de very good shopping experience, e só não repito a dose porque, se eu tivesse um pingo de responsabilidade financeira, nem teria assunto para esta nota aqui...

(YIKES!!! Acabo de entrar lá para conferir a URL e... tem uma caixa de 6 DVDs do Eisenstein!!! Mas serei firme. Eu sou mulher, não sou barata, certo? e mulheres de verdade sabem resistir à tentação. Eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein, eu NÃO vou comprar o Eisenstein...)



Golpe de me$tre

Ao que parece, a Microsoft não vai conseguir encerrar as suas muitas pendengas judiciais antes do fim do ano... que vem! Na semana retrasada, a empresa se dispôs a entrar em acordo com as mais de cem pessoas físicas e jurídicas que a estão processando por monopólio (paralelamente ao DoJ), fazendo uma doação equivalente a um bilhão de dólares em software, treinamento e suporte para as escolas mais pobres dos Estados Unidos. Alguns dos litigantes aceitaram a proposta, mas a Apple, junto com as demais empresas californianas, bateu o pé: tem graça! Com isso, em vez de estar fazendo caridade, a M$ estaria apenas abocanhando mais uma considerável fatia do mercado. Fatia essa, aliás, muito cobiçada pela Apple, que há tempos atua de forma intensa na área educacional.

Ontem à tarde, durante a segunda audiência deste processo, o juiz federal J. Frederick Motz concordou com as objeções, sugerindo que a M$ crie uma fundação educacional e faça a sua doação em dinheiro. Assim, as escolas terão liberdade de escolher a plataforma e o software que bem entenderem. Uma boa sugestão, certo?

Errado: Tom Burt, chefe do time de defesa da Microsoft, já avisou que a empresa está disposta a fazer acordo e ajudar às escolas sim, mas não a fazer a doação em dinheiro. Ele diz que, embora o valor do software seja alto para as escolas, é relativamente barato para a M$... como se a gente não soubesse disso!

Aliás, fazer doações em software é um velho golpe da M$ que, sob o manto de uma suposta generosidade, cria mais e mais escravos do seu sistema operacional ao estender os tentáculos também para as comunidades carentes.

O nosso próprio Comitê de Democratização da Informática que o diga.



Até este exato momento, eu já vivi 17.665 dias e 20 horas. E você?




Este é o Otto,
da Claudia e do Paulo:
não é LINDO?!







Lar, doce lar

Este blog tem andado um pouco relapso nas suas postagens, mas é que, nos últimos dias, o meu lado não-blog está tendo que funcionar quase non-stop: chegamos àquele ponto das obras em que, finalmente, é comigo -- arrumar livros e pendurar quadros, duas tarefas assaz complicadas quando a gente tem mais livros do que estantes, mais quadros do que paredes e uma forte tendência a guardar tudo...

Na foto, praticamente o único pedaço da casa que já está OK, com o Mosca em primeiro plano fazendo a inspeção dos trabalhos.



Q.E.D.

LONDRES -- A estrela da música pop Madonna apresentou o Turner Prize, o mais prestigioso prêmio de arte contemporânea na Grã-Bretanha, que neste ano foi atribuído ao artista Martin Creed por uma criação "minimalista" - uma sala vazia. Creed recebeu um cheque de 31.500 dólares pela obra, intitulada "227: As Luzes Se Acendem E Se Apagam". Os jurados, liderados por Nicholas Serota, o diretor da galeria Tate Britain, de Londres, elogiaram a "força, o rigor e a sensibilidade" da obra, além da "audácia" de Creed em concorrer com um trabalho tão original. Na fase final, a obra de Creed concorreu com outras três peças, incluindo um vídeo amador de um homem deitado numa cama; um filme mostrando dois caubóis homossexuais; e um corredor empoeirado e repleto de objetos. Continua aqui.

Texto e foto: cortesia involuntária da CNN
(Valeu a dica, Augusto!)


Gente, que calor é esse?!





Uma noite maravilhosa na cidade idem

Receita:

Peguem-se quatro blogs e um quase-blog de larga experiência na rede; acrescentem-se uma Lagoa perfeita e uma árvore de Natal iluminada, servidas num ótimo quiosque; salpique-se muita conversa divertida, risos e links para amigos comuns. Misture-se tudo, adicionando aos poucos chopp, salada, picanha e batatinhas à portuguesa, e curta-se noite adentro.

Bom, no domingo à noite, a Zel, o Marcelo, a Cláudia, o Paulo (o quase-blog necessário para a liga) e eu resolvemos testar esta receita para ver se dava certo... e não é que deu?! Foi muito, muito bom, como um encontro entre queridos amigos de toda a vida -- sensação que podemos agradecer à internet e aos nossos respectivos blogs, através dos quais já sabíamos bastante bem uns dos outros. Eu adorei, e fiquei muito feliz em encontrar, ao vivo, uns blogs tão gracinhas.

(Única nota dissonante: a Laura, o Rodrigo e a Carol, que passaram aqui em casa, quase vieram com a gente, mas a Laura estava se sentindo tão fora de esquadro que preferiu voltar pra cama, e o Rodrigo e a Carol foram embora com ela. Mas tudo bem, da próxima eles não escapam.)

Ah, sim: a Claudia já postou as suas (dela) impressões do encontro. Mas não esperem material propriamente crítico -- como eu disse, foi um encontro entre velhos e queridos amigos...

9.12.01




Evasão de privacidade: confiram!



Arte?!

Ontem, voltando para casa da festa de aniversário do Chico e do Paulo Caruso, passamos por uma pilha de lixo cheia de papéis velhos, caixas e caixotes vazios. Millôr me perguntou se aquilo não podia ser uma metáfora para os tempos modernos. Muito mais que isso, respondi: expõe essa porcariada toda numa Bienal, assim como está, e no dia seguinte críticos seríssimos vão estar escrevendo artigos profundos e obscuros sobre o angustiante significado da obra... Aí o sinal abriu e fomos em frente.

Mais tarde, pensando sobre o assunto, me lembrei que, há alguns anos, estávamos no lançamento de um livro do Lucio Costa (era isso?) no Paço Imperial. Havia uma quantidade de gente, não havia, naturalmente, onde sentar e, a certa altura, nos encostamos numa barreira de madeira que estava dando sopa no pátio. Mas nosso bem-bom durou pouco: logo havia um segurança nos cutucando, pedindo para desencostarmos: a barreira era uma "obra de arte".

Como é patético um mundo que aceita este tipo de empulhação! Ninguém tem mais coragem de dizer nada, de olhar para um monte de lixo exposto numa galeria de arte e chamar aquilo pelo que é, um monte de lixo. Para mim, arte que, para ser compreendida, precisa de explicação e de manual maior do que um manual de video-cassete ou de relógio da Seiko não é arte, sinto muito. Pode estar onde estiver, custar o que for, ter os elogios de quem quer que seja -- eu sou um ser primitivo a quem o sublime significado do insignificante escapa por completo.

E o pior é que esse tipo de arte pode ser muito perigoso! Agora mesmo três coleguinhas do USA Today foram demitidos por causa de uma dessas "obras de arte" entre aspas. Eles estavam no andar da presidência, viram uma coisa extremamente empoeirada e não resistiram: escreveram "Kilroy was here" na poeira. Que não era poeira, mas sim uma escultura mais cara do que o fundo de garantia de uma editoria inteira... Resultado: rua. A redação está protestando como pode, usando fitinhas enfeitadas com bolas azuis (o que nós aqui chamamos, eufemisticamente, de "receber bilhetinho azul", eles lá chamam de "receber bola azul"). Alguns colegas mais organizados criaram até um Blue Journalists Fund, para levantar a grana que os três vão precisar para os custos legais.

Pena que, até o momento, todas as dicussões em torno do caso estejam girando em torno da injustiça das demissões e da pronta solidariedade demonstrada pela classe. O episódio podia ser consideravelmente ampliado se alguém fizesse as perguntas fundamentais dessa história: arte que pode tão facilmente ser confundida com poeira é arte? E que formadores de opinião são esses que não só caem num conto desses como, ainda por cima, prezam mais essa poeira pretensiosa do que os seus funcionários?

Não é à toa que o USA Today é aquela droga ilegível...



Estava demorando...!

Desde o dia 11 de setembro, todo o mundo editorial e mais os curiosos de sempre, este blog inclusive, vinha se perguntando quem abocanharia o primeiro contrato milionário para escrever um livro sobre os atentados terroristas aos Estados Unidos. Pois na sexta-feira, finalmente, começaram a circular notícias concretas a respeito do assunto: Steve Brill, editor da polêmica, porém falecida, revista Brill's Content, assinou um contrato poderoso com a Simon & Schuster para entregar, dentro de 14 meses, um livro cujo título provisório é Homefronts. A idéia é, no fundo, fazer uma grande reportagem, cobrindo do dia D a um ano depois, e ouvindo do prefeito Giuliani a bombeiros, testemunhas e sobreviventes do ataque. Segundo o Newsweek, a partir do ano que vem.

O fim da Brill's Content, uma revista sobre mídia de ótimo potencial, mas que nunca conseguiu realizar totalmente o que prometia, encerrou, há coisa de um mês, um ano definitivamente negro na vida do seu editor. Não só a revista vinha sendo vítima da crise que afeta o mercado editorial americano como um todo, mas também os dois websites fundados por ele -- Inside e Contentville iam de mal em pior. Em abril, o Inside acabou nas mãos da Primedia; e, em setembro, o Contentville, lançado com grande estardalhaço em princípios de 2000, simplesmente naufragou e fechou as janelas.

Obviamente, Steve Brill, figurinha carimbada da mídia americana, deixa a desejar como administrador. Como jornalista, porém, é ótimo, e certamente fará um livro e tanto. Material é o que menos lhe falta.

A grande pergunta passa a ser, agora, quem comprará os direitos do livro para fazer o filme...

6.12.01




A Meg, que é indiscutivelmente o ser mais carinhoso e gentil do blogverso, mudou radicalmente o visual do Sub Rosa, agora em versão natalina. Confiram!



Quem sou eu?

Há uma nova mania no ar: testes totalmente imbecis -- e, claro, irresistíveis. Por exemplo: se eu fosse um quadro, seria... O Grito, de Edward Munch! E eu crente que seria uma marinha do Pancetti, ou um desenho do Millôr... Seja lá como for, aqui está a explicação oficial de quem sou eu, a nível de arte, enquanto quadro, para que todos saibam, direitinho, com quem estão lidando:

Eu expresso os problemas do subconsciente e as angústias do mundo. Seguro a cabeça e solto o terror primal dos meus medos mais recônditos, rodeada por uma paisagem bizarra que reflete a minha parca percepção da realidade.

Depois não digam que não avisei!

Para descobrir que quadro você seria, faça o The Art Test. Outras opções igualmente reveladoras: Quem seria você como Vilão do James Bond? E como Personagem do Senhor dos Anéis? Ou, ainda, que Espécie de Sapo? Levando a coisa aos seus mais completos extremos, se você fosse um Teste de Personalidade Online, qual deles você seria?

Ah, sim, antes que eu me esqueça: para completar, não deixe de fazer o teste para saber se você é ou não Viciado em Internet.



Volta ao lar


Acabo de voltar do blog da Ca Mam Wong que, por sua vez, acaba de voltar da sua viagem ao Oriente -- ou, melhor dizendo, acaba de postar o resto das fotos, e boa parte das histórias de Macau e Hong Kong. Muito legal!

O desenho ao lado é o selo com o seu nome, que significa Sereno Precioso, na forma tradicional de assinatura dos artistas chineses.

O detalhe fica por conta da ocidentalização que lhe foi dada pela Ca Mam.

5.12.01




Tire a gravata

Pergunta básica: porque é que um país que importa cretinices como o Raloím (apud Ivan Lessa) e o Big Brother sem qualquer constrangimento está demorando tanto a adotar os calendários de Natal? Resposta possível: porque os leitores do Nuevo Herald que tanto amam as bruxas (witches) e abóboras (pumpkins) não têm paciência suficiente para abrir apenas uma janelinha por dia para ver a surpresa escondida.

Eu AMO esses calendários que, naturalmente, já migraram para a web, e hoje podem ser encontrados às dúzias no ciberespaço. O mais tradicional -- já existe há quatro anos -- é o feito por Susan Preston, da qCreative, e que você encontra aqui. Por acaso, ele é também o mais lindo de todos os que conheço. Ou nem tão por acaso: Susan (vulgo Q: por causa de Susie Q) é designer da pesada, uma das pouquíssimas pessoas que consegue usar som na web sem torturar os nervos do visitante.

Ponha o calendário entre os seus favoritos e brinque à vontade (já podem ser vistas as animações para os dias de hoje e todos os anteriores) mas, por favor, não deixe de aproveitar o ensejo (é, às vezes eu tiro umas palavras esquisitas da algibeira) para ir fundo no resto do site, que é de babar na gravata.




Achei aqui.

4.12.01




O Xexéo voltou de férias, e está SENSACIONAL!




120 anos de barulho com tomada


Antes de Thomas A. Edison inventar a lâmpada, a luz elétrica já era usada em diversas capitais européias. Ela era produzida por lâmpadas como essa, através de uma centelha gerada entre dois pólos de carbono. A claridade resultante não chegava propriamente a cegar ninguém e, com o tempo, as engenhocas foram aposentadas sem deixar saudades -- mas não sem antes dar ao físico inglês William Duddell a oportunidade de inventar o primeiro instrumento eletrônico do mundo. É que, entre os diversos inconvenientes da proto-lâmpada, estava um incômodo zumbido que ele foi chamado a resolver. Ao estudar o problema, Duddell descobriu que, mudando a intensidade da voltagem, mudava também a freqüência sonora; e, em vez de consertar a lâmpada, preferiu espetar um teclado ao arco que vibrava com a eletricidade, e que era a origem do som. O resto é História, lindamente registrada aqui.



Globlogueira 10

A Joana Ribeiro diz que criou o seu excelente blog só para ser citada na minha coluna, eu posso com isso?! Mas não acreditem nela. Ela criou o Joanar por um motivo muito simples: tem o que dizer, e diz bem. Confiram o post a respeito do efeito do stress na escrita, e vejam se a garota não é ótima...



Nós na rede: os nós da rede

A meu ver, uma das grandes vantagens da explosão da bolha assassina da “Nova Economia” foi acabar com a idéia de corrida do ouro que se havia formado em torno da rede — uma espécie de fundamentalismo tão malsão quanto o dos tempos em que apenas mencionar assuntos comerciais era o suficiente para queimar o filme de um usuário para o que parecia ser, então, o todo sempre.

Entre uma ponta e outra podemos, agora, começar a ver a rede como ela de fato é, o que significa acompanhar o seu desenvolvimento sem ilusões descabidas, mas também sem preconceitos ingênuos.

Uma das características da rede que sumiu de vista durante o frenesi da bolha foi a sua imensa base de sustentação artesanal — as páginas pessoais, os fóruns de discussão da Usenet, os pontos de encontro e de idéias. Era como se, subitamente, tudo estivesse vinculado aos grandes portais, herdeiros de serviços como o Genie, o Compuserve ou a AOL, antigas redinhas domesticadas e subservientes aos valores familiares do American Way of Life. De repente, tudo — chats, fóruns, websites pessoais — passou a ostentar um logo corporativo qualquer, para grande desgosto, diga-se, de quem conhecia a rede idealista dos velhos tempos.

Para a turma que travou contato com a rede através de portais e de super-produções online, contudo, era difícil imaginar que o sangue da internet corria pelas veias de pessoas físicas, e não de pessoas jurídicas; conseqüentemente, o grande sonho de todas as pessoas físicas recém-conectadas era tornarem-se pessoas jurídicas, regiamente remuneradas. Era como se nunca houvesse existido aquela rede artesanal, excêntrica, sem fins lucrativos — aquela em que, em tese, a voz solitária do indivíduo teria a mesma ressonância da voz das grandes corporações.

Curiosamente, quem está abrindo as cortinas e revelando o que, afinal, sempre esteve lá, são os blogs. Práticos, fáceis de usar e, neste momento, mania desvairada, eles estão ensinando aos novos internautas que a rede é, afinal, o que nós somos e, em última instância, o que queremos que ela seja. Quem ainda confunde ferramenta com mensagem, e acha que os blogs são apenas um modismo como outro qualquer, está dormindo no ponto, e faria bem em acordar. Os blogs são um fenômeno extremamente importante, o primeiro passo da retomada de um espaço fundamental da internet por quem de direito: todos nós.

Isso significa que os portais estão condenados? Que os grandes jornais online vão perder a parada para os nossos modestos veículos? É claro que não! O que muda é justamente a outra face da moeda, a chamada "opinião pública" — publicada, pela primeira vez, por quem tem opinião.

Direto ao consumidor, sem intermediários.

3.12.01




Darwin

Quando a gente se dá ao trabalho de observar as atitudes dos humanos, não demora a perceber que a sobrevivência da espécie até os nossos dias é, mais do que um milagre, uma demonstração de absoluta -- e irresponsável -- teimosia do universo. E já nem falo da estupidez assassina que anda dominando o noticiário. Nada disso. Pequenas coisas do cotidiano, como o envio de e-mails, por exemplo, provam que somos de fato incapazes de aprender com a experiência, a miséria e o ridículo alheios.

Neste momento, diz o Register, onze funcionários da Jaguar inglesa estão para ser demitidos por terem mandado e-mails com imagens pornô para quem não deviam. O pior é que este é apenas o caso mais recente de uma série de histórias escabrosas envolvendo e-mails -- todas com o mesmo triste fim para os incautos remetentes.

E nem se pode dizer que esses funcionários não soubessem do risco que representa uma mailbox mal administrada na vida profissional moderna. Afinal, há alguns meses, a Inglaterra inteira parou para debater o estranho paladar de Claire Swire, jovem RP que mandou uma msg romântica para o namorado elogiando o, uh... ahn... digamos... ahn... como direi... o... sabor do seu entusiasmo? Pois tão empolgado ficou o tolinho com o elogio, que mandou a msg para os seus três (então) melhores amigos. Que a mandaram, respectivamente, para os seus (deles) três melhores amigos; e assim por diante até que, em menos de duas semanas, a discussão comia (oops) solta pela rede: o gosto varia de homem para homem? Varia no mesmo homem, em ocasiões diferentes? Alguém é capaz de reconhecer o parceiro só por este peculiar detalhe? (Taí, Delícias, bom tema para debate...!)

Enfim: uma baixaria só, que no fundo nem teria maior importância... se não estivesse circulando com o endereço de um respeitável escritório de advocacia. A lista de histórias de horror é gigantesca. Não há ninguém que não conheça pelo menos dois ou três casos de mensagens que causaram, no mínimo, grandes constrangimentos para todos os envolvidos. Mas o povo pensa antes de mandar o dedão no ENVIA?

Não, obviamente não. Nem nos servidores de e-mail, nem nos bombardeiros.



Diga-me o que lês e te direi quem és...

Os não anglo-parlantes e o deputado Aldo Rabelo de saudosa memória que me desculpem, mas isso aqui estava bom demais para resistir...

Who Reads What and Why

1. The Wall Street Journal is read by people who run the country.

2. The New York Times is read by people who think they run the country.

3. The Washington Post is read by people who think they should run the country.

4. USA Today is read by people who think they ought to run the country but don't really understand the Washington Post. They do, however, like their smog statistics shown in pie charts.

5. The Los Angeles Times is read by people who wouldn't mind running the country, if they could spare the time, and if they didn't have to leave L.A. to do it.

6. The Boston Globe is read by people whose parents used to run the country, and they did a far superior job of it, thank you veddy much.

7. The New York Daily News is read by people who aren't too sure who's running the country, and don't really care, as long as they can get a seat on the train.

8. The New York Post is read by people who don't care who's running the country either, as long as they do something really scandalous, preferably while intoxicated.

9. The San Francisco Chronicle is read by people who aren't sure there is a country, or that anyone is running it; but whoever it is, they oppose all that they stand for. There are occasional exceptions if the leaders are handicapped, minority, feminist, atheist dwarfs, who also happen to be illegal aliens from any country or galaxy as long as they are democrats.

10. The Miami Herald is read by people who are running another country but need the baseball scores.

2.12.01




"Daytime Israel makes a tremendous effort to create the impression of the determined, tough, simple, uncomplicated society ready to fight back, ready to hit back twice as hard, courageous, and so on. Nocturnal Israel is a refugee camp with more nightmares per square mile I guess than any other place in the world. Almost everyone has seen the devil."

Amos Oz, pescado aqui.





Tirei daqui.





Promessa é dívida: para quem quiser ver como foi a festa de inauguração da árvore da Lagoa, acabo de subir um álbum para o Photo Island (meu site de armazenagem de fotos favorito). Este link dá direto lá; aí é só digitar a senha árvore. Devo informar que as fotos, no entanto, não dão sequer uma pálida idéia do que foi o espetáculo: MARAVILHOSO! Mamãe e eu, sozinhas em casa com os gatos, assistimos feito duas princesas, da janela: este ano, eles não podiam ter armado a festa melhor, do nosso ponto de vista. A árvore não só é a maior já feita até agora como, ainda por cima, a mais bonita, especialmente no efeito neve, em que apenas umas luzinhas brancas piscam, de alto a baixo. Mamãe e eu adoramos o show, e estamos encantadas com a árvore. Já não podemos dizer o mesmo dos gatos, que, ao primeiro pipôco dos fogos, correram para o quarto, onde se esconderam, corajosamente, embaixo da cama. Meus heróis!

P.S. -- Detalhe: Mamãe saiu cedo porque hoje, domingo, toma parte em mais algumas provas do Campeonato Estadual de Natação Masters. Ontem já faturou todas as medalhas a que tinha direito, inclusive, com certa contrariedade, uma de prata. Ela é uma fera, Top Ten da FINA e tudo o mais; mas eu puxei pelo meu pai que, ao que conste, jamais chegou perto de uma piscina de livre e espontânea vontade... *sigh*




Nizan, corre lá!

Estou eu aqui calmamente editando as fotos da inauguração da Árvore da Lagoa com a televisão ligada na BBC, quando entra no ar uma interessantíssima reportagem sobre mais um grave problema animal na Austrália: o tipo mais peçonhento de cobra da face da Terra, que naturalmente vive lá, está sendo atacado por um vírus desconhecido e fatal. Aparentemente, as cobras perdem o controle motor e/ou páram de se alimentar. Sinceramente? Com todo o amor que tenho aos bichos, e com tudo o que sei a respeito da interação entre as espécies, já vi tragédias maiores.

Não é este, obviamente, o caso dos herpetologistas do zoológico de Sydney, que amam as cobras e estão todos à beira de um ataque de nervos. A hipótese mais provável até o momento é que o vírus tenha chegado à Austrália num contrabando de animais exóticos, vindo, possivelmente, da América do Sul. Ninguém sabe o que fazer -- até porque, a primeira reação de qualquer humano razoavelmente normal ao topar com uma das ditas cobras não é perguntar se ela vai bem de saúde, mas acabar com ela antes que ela acabe com ele.

Um dos zoólogos mais sensatos, usando uma cobra enorme como adereço de pescoço interativo, reconheceu que todos, herpetologistas e cobras, tem mais a enfrentar do que um simples vírus desconhecido:

-- A questão é que elas têm um sério problema de imagem -- constatou ele, desolado. -- Há uma carga cultural negativa muito grande em relação a elas...

Problema de imagem?! A cobra mais venenosa do mundo?! Problema de imagem?!

Então tá, ficamos todos combinados assim.

1.12.01




Hit Parade

Na GloboNews.com e na CNN rola a mesma pesquisa: qual é a sua música de George Harrison favorita? As opções são While my Guitar Gently Weeps, Something, My Sweet Lord e Here Comes the Sun. Na GloboNews.com, Something está ganhando disparado, com 35,6% dos votos, e Here comes the sun fica em segundo, com 27,4%. Na CNN, Something ganha de Here Comes the Sun de 41% a 40% -- mas a minha favorita, While my Guitar Gently Weeps, que está em último na GloboNews.com, com apenas 15,4% dos votos, nem está no páreo. Hoje à tarde, na redação, Xexéo e eu ficamos muito impressionados com isso. Para nós, é tão óbvio que não há nada que se compare a While my Guitar Gently Weeps...

Por falar em GloboNews.com, cliquem aqui e leiam que linda lembrança de George o Sílio Boccanera guardou.