23.2.09

eBay e PayPal: tirando dúvidas




Semana passada, como ainda se lembrarão alguns de vocês menos ligados no carnaval que come solto lá fora, falei do eBay e do PayPal, duas instituições reverenciadas por quem gosta de tirar suas casquinhas da globalização. Restaram, porém, certas dúvidas. Um bom resumo está no que escreveu o Sergio Neves:
“A isenção de até U$ 50,00 é só para o preço do produto, ou inclui o valor do frete? Ex.: produto = U$ 47,00 + frete = U$ 5,00 = U$ 52,00. Estou isento de impostos nesse caso? É realmente seguro dar o número do cartão de crédito ao PayPal? Só serve cartão internacional? Ao me cadastrar no eBay, como preencher os campos do endereço? Como eles, que colocam tudo ao contrário (904 ap, 220, Uranos, Rua), ou devo colocar do nosso jeito mesmo? Você sabe qual valor do dólar será cobrado, se comercial ou paralelo?”
A isenção é para valor do produto mais frete, aquilo que em linguagem aduaneira responde pelo nome de preço FOB. A maioria dos vendedores do eBay, contudo, não se importa em fazer declarações de valor menor para compensar o custo do frete, mas aviso aos navegantes: a aduana é esperta, tem acesso à internet e sabe das coisas. Comprar aquele tênis de US$ 150 e pedir ao vendedor uma nota de US$ 40, além de não ser legal, é uma baita roubada.

Dar o número do cartão ao PayPal é absolutamente seguro. Além disso, quando você usa o PayPal para pagar online, fornece ao vendedor apenas o endereço de email do PayPal, e não o endereço da sua conta de email habitual. Os vendedores recebem o pagamento direto do PayPal, sem qualquer espécie de acesso às suas informações financeiras. O PayPal aceita cartões de crédito e débito Visa, Mastercard e American Express.

O endereço para inscrição tanto no eBay quanto em qualquer outro site de vendas internacional deve ser escrito exatamente como se usa no Brasil, embora seja melhor escrever Brazil com Z. A explicação é simples: aos correios do exterior não interessam detalhes como rua ou número de edifício. O que eles precisam saber é o país de destino. E em inglês, a língua franca da globalização, Brazil é com z. O resto é com o correio brasileiro. De modo geral, a maioria dos vendedores e das lojas online sequer se dá ao trabalho de reescrever nome e endereço; o mais comum é que imprimam as informações recebidas numa etiqueta.

O valor do dólar é o do dia do pagamento do produto, pela taxa bancária corrente. A conversão é feita no ato de pagamento e, pelo menos na conta dos cartões Visa, sequer entra como despesa em dólar, e sim como despesa em real.


(O Globo, Revista Digital, 23.2.2009)

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