13.1.04



Inventário do caos

A questão das máquinas aqui em casa está tão escalafobética que, a essa altura, até eu já me perdi e não sei mais o que há de errado com quem.

Recapitulando:

  • Eu tinha duas máquinas, um Pentium IV e um Pentium III, da Bia; no Pentium IV havia um HD novinho de 120Gb e um mais antigo com 40Gb; no Pentium III, um de 34Gb e outro de 12Gb.

  • O Pentium IV estava OK mas, depois da instalação do XP, lento demais com apenas 256Mb de RAM. O Pentium III estava com um problema de fonte que volta e meia se manifestava não permitindo a ligação da máquina; a gente tinha que tentar várias vezes até ela pegar no tranco.

  • Resolvi instalar mais memória no Pentium IV. O Abel olhou a máquina, disse que a placa não estava lá aquelas maravilhas e que a memória era um daqueles tipos que aparecem de vez em quando para sumir em seguida. Mais jogo seria mudar logo a placa mãe, indo para um processador mais rápido e memórias novas; e passar este Pentium IV para a máquina da Bia, no lugar do Pentium III. Com o Pentium III, eu poderia montar um computador básico para a mamãe acessar a internet, ver o blog e o fotolog, trocar email com os netos, etc.

  • Até a semana passada, as coisas estavam assim: o Pentium IV funcionava. O Pentium III, na sua nova encarnação de computador básico, estava no chão, num gabinete menor, em tese OK, esperando apenas ser configurado; a seu lado, um gabinete com a nova placa, novo processador e novas memórias, esperando apenas que passasse aqui em casa o Carlos Eduardo, amigo do Abel, para transferir para ela o HD, a placa gráfica e o drive de DVD do Pentium IV. Os meus dados seriam reunidos no HD de 120Gb, e o de 40Gb ficaria sozinho no Pentium IV, compondo a máquina da Bia.

  • Na segunda-feira passada, o disco de 120Gb começou a fazer barulhos estranhos. Na quarta, antes que o Carlos Eduardo chegasse, ele subiu no telhado: deu uma travada geral e não foi mais reconhecido.

  • O Carlos Eduardo retirou o disco. Eu poderia ter continuado a trabalhar com o Pentium IV e seu HD de 40Gb se, nessa de abre máquina, fecha máquina, a fonte (e/ou placa) do Pentium IV também não tivesse ido pro espaço. Essa era a tal placa a respeito da qual o Abel já havia me alertado.

  • Tentamos pôr o micro básico -- o velho Pentium III, que era a máquina da Bia e seria a máquina da mamãe -- no ar. Nada feito. Lá voltou ela para o estaleiro de novo.

  • Tudo estaria mais ou menos OK e eu poderia estar trabalhando mais ou menos feliz, se o HD de 120Gb estivesse bem, e finalmente instalado na nova máquina. Mas a loja que o vendeu recusa-se a trocá-lo, alegando que, pelos testes lá deles, este HD está funcionando. Não está, mas vão ficar afirmando isso por mais um mês, suponho, até que vença a garantia dessa bomba.

  • Hoje, segunda, o Carlos Eduardo trouxe a máquina básica, o velho Pentium III, para quebrar um galho. Por algum motivo misterioso, a máquina não topou instalar o XP (que já rodava nela antes) e, assim, o Carlos teve que instalar um Windows 98 (temporário). O problema com ela havia sido, aparentemente, de memória. Com dois módulos de 128 dele, de teste, tudo estava OK -- até ele sair daqui.

  • Fui jantar, voltei e vim trabalhar um pouco; e nisso estava quando a máquina desligou, de livre e espontânea vontade, e não mais voltou ao ar.

  • Neste momento, escrevo do ThinkPad 560Z, que ora liga, ora não liga; que está sofrendo dos nervos e só aceita ser carregado quando está desligado. Temo que a qualquer momento dê seu último suspiro e saia do ar de vez.

    Em suma:

  • Pentium IV = Placa (e/ou fonte) ferrada.

  • Pentium III = Tudo ferrado.

  • Notebook = Tudo prestes a se ferrar.

    Como criatura tranqüila e fatalista que sou, estou aceitando tudo isso como uma prova de paciência.

    Só espero que o banco tenha a mesma visão das coisas quando essa brincadeira chegar ao fim.
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