21.1.04



Este flog é só porque...

O Rio é uma cidade tão bonita, tão provocante e irresistível para quem gosta de imagens que, a rigor, todo carioca já deveria nascer com uma câmera na mão. Os fotologgers cariocas são só a ponta mais visível de um iceberg tão antigo quanto a própria invenção da fotografia. Ainda no Século XIX, de posse da sua pioneiríssima máquina de daguerreótipos, D. Pedro II olhou a paisagem em torno, clicou e viu que aquilo era bom. Desde então, o número de fotógrafos do Rio só fez crescer.

É praticamente impossível listar todo mundo que mantém, hoje, algum “projeto carioca” na internet; mas a grande vantagem do Fotolog sobre os demais sistemas é, justamente, a visibilidade que oferece. Como todos os flogs convivem no mesmo “ambiente”, freqüentemente há lindas fotos cariocas nas listas de favoritos dos usuários, nas listas de fotos mais vistas e na coluna de fotos recentemente postadas.

Além de mostrar o Rio aos estrangeiros, e de apresentar aos próprios cariocas várias faces diferentes da sua cidade, o Fotolog tem dado aos fotógrafos uma ótima chance de entrar em contato uns com os outros.

A turma de “floggers” cariocas é animadíssima. Além dos “meetups” — encontros regulares que acontecem ao redor do mundo sempre nas segundas quartas-feiras do mês — há freqüentes passeios fotográficos e encontros especiais para receber fotologgers de outros estados e países. Há até uma “camiseta oficial” da tribo, que fez estréia muito festejada no último meetup.

Para se juntar a essa galera, basta ir ao Fotolog, criar o seu flog, dar seu recado e ficar de olho nos avisos da “comunidade”. A forma mais simples de se entrosar numa comunidade virtual é visitando as pessoas com as quais se sente alguma afinidade. No caso do Fotolog, passeie pelas imagens, deixe comentários, troque idéias: você vai acabar fazendo bons amigos.

Três vizinhos da Rua Gastão Bahiana, por exemplo, que nunca tinham se visto, se encontraram graças a fotos de um mesmo gatinho, que freqüenta a rua, e que foi personagem dos três. Na aldeia global, a teia que cobre o mundo é, muitas vezes, o caminho mais rápido para a porta ao lado...

(O Globo, Info etc., 19.1.2004)

PS -- Vale a pena dar uma olhada nas fotos que o pessoal postou ontem em homenagem à cidade! Para quem precisa de um ponto de partida, a Ana Pinta fez uma listinha básica, AQUI.

Nenhum comentário: